INTRODUÇÃO: A Morte Encefálica é compreendida como parada total e irreversível das funções encefálicas, por causa conhecida e constatada de modo garantido. Na unidade de terapia intensiva (UTI) ocorre o suporte às funções básicas do organismo pelo período que se fizer necessário quanto ao paciente como possível doador de órgãos. (ALVES et al, 2018). OBJETIVO: Descrever, qual é o papel do enfermeiro nos cuidados prestados a pacientes na UTI em morte encefálica como possíveis doadores de órgãos. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada em maio de 2019, na biblioteca virtual em saúde (BVS) na base de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo), utilizou-se os descritores em ciências da saúde (DeCs): “Enfermagem” “Doação de órgãos” “Morte encefálica”. Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos completos, em língua portuguesa e com o tema e objetivo proposto, e os critérios de exclusão foram: artigos em língua estrangeira, que não correspondiam ao tema em questão. RESULTADOS: É na unidade de terapia intensiva (UTI) ou nos setores da urgência e emergência que se desenvolve o processo de mudança do potencial doador em doador efetivo, e nestes setores o enfermeiro é o profissional responsável por desenvolver e supervisionar os cuidados realizados pela equipe de enfermagem ao doador. Portanto se faz necessário que os enfermeiros conheçam as alterações fisiológicas que ocorrem após a morte encefálica. (BEDENKO et al, 2016). Os cuidados iniciais são: avaliação das prescrições medicamentosas relacionadas ao quadro neurológico; mudança de decúbito para evitar úlceras por pressão, elevação da cabeceira a 30 graus, avaliar periodicamente os acessos e mensurar os sinais vitais em período de 24 horas. (SILVA et al, 2017). É papel do enfermeiro intensivista ainda, a avaliação e anotação em prontuário de todos os sinais vitais; manter as córneas do doador umedecidas; efetuar higienização corporal para evitar infecções; observar e anotar os valores glicêmicos e de coagulação sanguínea. (COSTA et al, 2016). O cuidado prestado ao potencial doador exige manutenção da ventilação mecânica artificial e realização de aspiração traqueal, objetivando manter as vias aéreas desobstruídas. A temperatura do possível doador deve ser mantida ser mediante infusão de líquidos aquecidos em temperatura de 37 °C a 38 °C, feitas por administração endovenosa e controladas com cobertores aquecidos e por nebulização?. Na função renal, é preciso manter o controle hídrico, avaliando a diurese e promovendo a prevenção da disfunção endócrina. (SILVA; NOGUEIRA; SÁ, 2016). Cabe ao enfermeiro realizar inicialmente a entrevista familiar sobre o diagnóstico de morte encefálica esclarecendo o processo de captação e distribuição dos órgãos e tecidos a serem doados, respeitando as opiniões dos familiares e seu momento de perda e dor. (ALVES et al, 2018). CONCLUSÃO: Como resultado de uma adequada assistência de enfermagem há uma maior chance de efetivação das doações, consequentemente a redução das listas de espera por transplante. O enfermeiro é responsável também por atender às necessidades fisiológicas básicas do potencial doador, o processo de doação e o cuidado após o transplante de órgãos e tecidos, objetivando a cuidado humanizado aos doadores, receptores e familiares.
Os Anais do Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados intensivos - CONECI possuem caráter científico e publica apenas trabalhos sobre o tema Enfermagem, dentro das suas diversas áreas. Contribuindo para o desenvolvimento técnico-científico-acadêmico da Enfermagem no Brasil, especialmente, na região Nordeste do País.
Os Anais do Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados Intensivos se propõem a divulgar e incentivar o desenvolvimento da ciência e pesquisa em diversas áreas da enfermagem. Conta com uma equipe de pesquisadores, de diferentes instituições de ensino superior de nosso país. O CONECI somente aceita submissões online e não cobra dos autores qualquer tipo de taxa ou contribuição financeira para a publicação do trabalho, artigo ou qualquer outro texto publicado. O Congresso Nordestino de Enfermagem em Cuidados Intensivos não se responsabiliza ou endossa as opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos, salientando que as opiniões são de sua exclusiva responsabilidade.
Autor Corporativo
NCS ENSINO EM SAÚDE
Rua Deputado Joaquim Inácio de Carvalho Neto, 346 - Nossa Senhora da Apresentação, Natal/RN
CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
Língua Portuguesa (Português do Brasil)
Contato
E-mail: contato@ncsensino.com.br
Telefone: (84) 98770-2212
Contato
E-mail: contato@ncsensino.com.br
Telefone: (84) 98770-2212
I CONECI (anais clique aqui)