INTRODUÇÃO: De acordo com Oliveira et al. (2017) as síndromes hipertensivas constituem a primeira causa de mortalidade materna no Brasil. Estas são classificadas em toxemia gravídica (pré-eclâmpsia e eclampsia), hipertensão gestacional e hipertensão arterial crônica. A toxemia gravídica é uma doença multissistêmica que costuma ocorrer na segunda metade da gestação, caracterizada classicamente por hipertensão e proteinúria. Nas suas formas graves, instala-se a convulsão, e a doença, antes chamada pré-eclâmpsia, passa a ser denominada eclampsia (MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2018). Diante de um quadro de eclampsia instalado, a paciente acometida pode apresentar alterações como rebaixamento do nível de consciência, distúrbios visuais, convulsões, espasmos musculares, edema generalizado, comprometimento renal, disfunções hepáticas, a elevação da pressão arterial em níveis acima de 160x110mmHg como principal característica, dentre outros. Trata-se de uma doença que não é somente prejudicial à mãe, mas também ao feto, deixando-o em situação de risco por diversas causas, como restrição do crescimento intrauterino, sofrimento fetal, morte intrautero, baixo peso e prematuridade, segundo relata Antunes et al. (2017). O fator primordial que leva ao desenvolvimento da eclampsia e consequentemente a internação em unidade de terapia intensiva (UTI), além dos fatores de risco da própria mulher, é o não acompanhamento adequado durante o pré-natal para diagnosticar precocemente o aumento da pressão arterial, muitas vezes causado pela falta do olhar clínico do profissional de saúde. OBJETIVO: Descrever as atribuições do enfermeiro na assistência às mulheres com eclampsia nas unidades de terapia intensiva. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo de natureza descritiva, tipo revisão integrativa a qual foram utilizados para embasamento científico 04 artigos em língua portuguesa pesquisados nas bases de dados da SCIELO e da BVS, como também a literatura de Montenegro e Rezende Filho 2018, durante o período de março a maio de 2019. RESULTADOS: Cabe ao enfermeiro da UTI acolher e acompanhar a paciente, prestar suporte emocional com dignidade e humanização no intuito de tranquilizá-la diante de sua situação, desenvolver um plano de ação de cuidados de enfermagem que incluem prioritariamente a monitorização da pressão arterial de forma contínua e sistemática, mudança de decúbito para o lateral esquerdo, administração das medicações e intervenções prescritas pelo médico para o tratamento e realização do exame físico criterioso focando na presença e avaliação do edema. Além disso, o enfermeiro não deve esquecer de realizar a avaliação do bem-estar fetal através da ausculta dos batimentos cardiofetais. CONCLUSÃO: Diante das informações coletadas, conclui-se que se faz necessário um bom preparo do enfermeiro para agir corretamente e de forma holística no tratamento de pacientes com toxemia gravídica, visando não somente a mulher e sim o binômio mãe-filho, visto que as complicações da patologia afetam os dois e são grandes causas de mortes maternas e fetais. Se faz necessário também a realização da educação continuada desses profissionais que atuam nesta área, para mantê-los sempre atualizados e preparados para lidar com tal situação e garantir uma assistência mais segura e resultados positivos ao final do tratamento.
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CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
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