A atenção básica é um conjunto de ações de saúde prestadas ao indivíduo e coletividade, possibilitando a prevenção de algumas doenças como a Hipertensão arterial sistêmica (HAS). A HAS é uma condição multifatorial onde consiste na elevação sustentada dos níveis pressóricos, evoluindo silenciosamente, causando ou aumentando o risco de doenças cardíacas. Na aferição da Pressão Arterial (PA), é imprescindível uma técnica correta para uma avaliação de alguma alteração em seus níveis pressóricos. Utilizando-se de condutas apropriadas é possível um aprimorado acompanhamento da doença. Objetivo: Qualificar os profissionais responsáveis pela aferição da PA em uma unidade de saúde mediante embasamento técnico científico. Métodos: Trata-se de um relato de experiência, quanto o acolhimento com triagem capacitada da aferição da PA dos clientes acolhidos por demanda espontânea, onde funciona uma equipe de saúde da Família em um município do RN. Foi realizada a capacitação e orientação sobre os seguintes critérios: realização da aferição preferencialmente no braço direito, usar o manguito adequado conforme o porte físico do paciente. Solicitar antes da aferição, para que o cliente permaneça sentado por alguns minutos, questionar o paciente se está com a bexiga cheia, se praticou exercício físico há menos de 60 minutos, ingeriu bebidas alcoólicas ou alguma bebida com cafeína. Orientar a posicionar-se sentado com as pernas descruzadas, pés apoiados no chão e apoiando-se no encosto da cadeira. A palma da mão do cliente devera está voltada para cima e o braço apoiado a altura do coração. Centralizar o manguito sobre a artéria braquial com a seta orientadora. Aferir duas vezes em cada avaliação, com intervalo de 2 minutos. Insuflar o manguito até 20 mmhg, acima do ponto em que desaparece o pulso radial. Na segunda medida, insuflar até 30 mmhg acima da pressão sistólica encontrada na primeira medida. A desinsuflação deve ser lenta. Para confirmar a HAS elevada, recomenda-se medir nos dois braços e considerar a maior pressão aferida. Resultados: Foi realizada a aferição da PA em todos os pacientes acolhidos por demanda espontânea, incluindo homens e mulheres com a faixa etária de 16 a 89 anos, de segunda a sexta, nos turnos da manhã e da tarde. Por um período de 3 meses foram observados os mapeamentos dos clientes em tratamento, sendo possível uma identificação da elevação dos níveis pressóricos em cerca de 20 a 30mmhg em clientes já em tratamento, sendo necessária a reavaliação clínica medicamentosa. Houve a detecção de clientes também em tratamento, onde observou-se a redução dos níveis pressóricos em média de 10 mmhg, permanecendo apenas com dieta hipossódica e prática de exercícios físicos. Assim como a detecção de novos pacientes diagnosticados com HAS, estes com histórico de antecedentes familiares, sedentários e com péssimos hábitos alimentares, iniciando assim o tratamento medicamentoso e acompanhamento posterior. Conclusão: Após a realização da capacitação técnica, foi possível identificar uma eficiência nos resultados, mostrando a eficácia da continuidade da educação permanente na atenção básica, visando a qualificação da assistência para realização de procedimentos baseados com propriedade científica na análise e acompanhamento da verificação da PA.
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Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
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Publicação Anual
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