SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA A GESTANTE ACOMETIDA POR TRAUMA GRAVÍDICO: Uma revisão bibliográfica.
Bruna Araújo Vale; Edjamarys Suzy da Silva e Silva (e.d.suzy@hotmail.com); Júlio Bernard Silva de Azevedo; Vanessa Karen Silva de Azevedo.
Universidade Potiguar, Departamento de Enfermagem. Caicó, Rio Grande do Norte. Brasil.
Introdução: Em outrora, gestantes acometidas por trauma era um acontecimento incomum, atualmente vem tornando-se frequente trazendo desafios únicos no atendimento à pacientes gestantes. Visto que a gestação é peculiar para a avaliação, diagnóstico, atendimento e tratamento no setor de emergência, sabendo que o foco não está ligado exclusivamente a uma única pessoa e sim no binômio mãe e filho, faz-se necessário por parte da equipe uma estrutura holística, colaborativa e que esteja preparada para uma abordagem bidirecional. (KEOUGH, 2009) Objetivos: Identificar na literatura nacional e internacional a assistência a gestantes vítimas de trauma. Material e Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura. Utilizou-se as seguintes bases de dados: Biblioteca virtual em saúde/BVS, MEDILINE/PubMed, Scientific Electronic Library Online - Scielo, SCOPUS Preview. Foram computados 8 artigos após os critérios de exclusão. A busca foi realizada em pares, de forma não controlada no dia 30 de abril do referido ano. Resultados: Identificou-se que o atendimento a gestantes vítimas de traumas é semelhante ao de pessoas não grávidas, ressaltando as incidências mais prevalentes de traumas para com este público: acidentes automobilísticos, ferimentos por arma de fogo e arma branca, tentativa de suicídios, violência doméstica, e quedas, ocasionando mortalidade materna e/ou fetal. A avaliação inicial deve proceder a partir do “ABCDE” do trauma e oferta de oxigênio (O²), ressaltando a necessidade de descompressão gástrica, exames de imagens com precisão e laboratoriais, profilaxia antibiótica, antitrombótico, antitetânico, monitorização fetal e materna e o posicionamento em decúbito lateral esquerdo uma vez que esta posição proporciona a descompressão da veia cava inferior prevenindo futuros agravos. Conclusão: Ressalta-se a necessidade da sistematização do atendimento direcionado ao trauma gravídico, tornando a assistência mais resolutiva e eficaz, associado a uma triagem fidedigna, em conjunto com uma avaliação clínica minuciosa, assistida por uma equipe multidisciplinar qualificada, prevenindo agravos decorrentes das adversidades ocasionadas pelo trauma.
Referência:
DISTELHORST, John T.; KRISHNAMOORTHY, Vijay; SCHIFF, Melissa A.. Association Between Hospital Trauma Designation and Maternal and Neonatal Outcomes after Injury among Pregnant Women in Washington State. Journal Of The American College Of Surgeons, [s.l.], v. 222, n. 3, p.296-302, mar. 2016. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jamcollsurg.2015.12.010.
KEOUGH, Vicki A.. Emergency Care of the Pregnant Patient. Journal Of Obstetric, Gynecologic & Neonatal Nursing, [s.l.], v. 38, n. 6, p.641-747, nov. 2009. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1111/j.1552-6909.2009.01071.x.
MARTINS-COSTA, Sérgio Hoffmeister; RAMOS, José Geraldo Lopes; SERRANO, Yherar Lavic Guerin. Trauma na gestação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, [s.l.], v. 27, n. 9, p.505-508, set. 2005. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0100-72032005000900001.
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