Introdução: A higienização das mãos é uma medida individual, simples, rápida e eficaz na prevenção e controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor que atende pacientes críticos, o que exige um constante contato da equipe de saúde com os mesmos, aumentando a vulnerabilidade destes a adquirir infecções, visto que as mãos dos profissionais são consideradas os maiores meios de transmissão de microrganismos. Objetivo: Descrever a experiência da avaliação da adesão do protocolo de higienização das mãos pelos profissionais de saúde, em duas unidades de terapia intensiva adulto. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem durante as práticas de Estagio Supervisionado de Gerenciamento em enfermagem, em um hospital de atenção secundária na cidade de Fortaleza-CE, realizado em novembro de 2018. A forma de avaliação se deu pela observação dos profissionais em duas Unidades de Terapia Intensiva, no momento da higienização das mãos abordando a forma como esse profissional a executava, bem como o seguimento correto dos cinco momentos preconizados na Estratégia Multimodal da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ocorreu a elaboração de um formulário onde foram consideradas as seguintes oportunidades para a higienização das mãos: 1- Antes de contato com paciente; 2- Antes da realização de procedimento asséptico; 3- Após exposição aos fluidos corporais; 4- Após contato com paciente e 5- Após o contato com áreas próximas ao paciente. A análise dos dados coletados se deu por estatística descritiva, utilizando porcentagem em números absolutos. Resultados: Foram acompanhados 17 profissionais de saúde, durante 2 dias com duração média de 10 a 20 minutos, onde observou-se 90 oportunidades para higienização das mãos. Ao realizar o primeiro acompanhamento dos profissionais em uma das Unidades de Terapia Intensiva, foram observadas 55 oportunidades para higienização das mãos, com adesão em 31% das oportunidades. Já no segundo acompanhamento, foi observado a segunda unidade onde ocorreu a visualização de 35 oportunidades, com adesão observada em 68% das oportunidades. Na caracterização da prática de higienização das mãos, de acordo com os cinco passos preconizados pelo Ministério da Saúde, o maior percentual de adesão foi visualizado no quarto passo, onde 70% realizaram a ação correta após contato com o paciente, seguida da indicação após contato com as áreas próximas ao paciente, observada em 59%. Diante dos dados, a minoria das observações foi após o risco de exposição a fluidos corporais, percebidas em 41% dos 17 acompanhamentos. Conclusão: O presente estudo apontou elevado índice de inadequação na higienização das mãos, revelando que os profissionais de saúde não estão cumprindo integralmente seu dever enquanto provedores de diagnóstico, tratamento e cuidados.
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Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
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Publicação Anual
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