INTRODUÇÃO: O trauma de queimadura é considerado uma das lesões mais devastadoras e críticas, devido à sua fisiopatologia, e suas consequências físicas e psicossociais. Tal injúria compromete a pele, que é vital para a preservação da homeostase corporal, termorregulação e proteção contra a infecção, além de possuir funções imunológicas, neurossensoriais e metabólicas. Esses indivíduos são submetidos a um grande número de procedimentos invasivos e possui maior grau de imunossupressão devido à própria fisiopatologia da doença, fato esse que justifica a susceptibilidade de infecção dos grandes queimados, sendo essa a principal causa de morbimortalidade entre esses pacientes. Atualmente o enfermeiro assume relevância ímpar para o tratamento do grande queimado, devendo possuir pensamento crítico que promova a decisão clínica e ajude a identificar as necessidades do paciente e as melhores medidas a serem tomadas. OBJETIVOS: Revisar as principais condutas de controle de infecção hospitalar relacionada à assistência de enfermagem na unidade de terapia intensiva com foco em grandes queimados. MATERIAL E MÉTODO: Revisão integrativa, descritiva com abordagem qualitativa analisando os artigos publicados nas seguintes bases de dados SCIELO, LILAS e MEDLINE, num recorte temporal dos últimos seis anos, utilizando-se como descritores, ENFERMAGEM, QUEIMADURAS, UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA e INFECÇÃO para o levantamento bibliográfico. Foram encontradas 27 publicações que, após a analise e aplicação dos critérios de inclusão, resultaram em 7. RESULTADOS: A partir da análise das produções científicas foi possível observar que, no paciente queimado, a proliferação de micro-organismos é favorecida pela presença de proteínas degradadas e pelo tecido desvitalizado. Com isso, há obstrução vascular, dificultando a entrada de antimicrobianos. Dessa maneira a frequente multirresistência bacteriana nos mostra a necessidade de adotar medidas profiláticas para restringir a proliferação destes micro-organismos em unidades de terapia intensiva, sendo as principais ações tomadas pela equipe de enfermagem, a cultura de vigilância, com o intuito de diminuir a taxa de infecção, bem como reduzir custos. Pois a coleta sistemática de dados permite à Unidade de Queimados monitorarem mudanças nas taxas de infecção ao longo do tempo, identificar tendências e avaliar os métodos atuais de tratamento. Outra medida é a higienização das mãos e a técnica asséptica na realização de curativos no paciente queimado. Além disso, também é função da equipe de enfermagem a limpeza e a desinfecção de superfícies, bem como instalação de medidas de precaução de isolamento para pacientes colonizados ou infectados e orientação de acompanhantes e visitantes sobre a transmissão cruzada. CONCLUSÃO: A incorporação de uma cultura de segurança por meio da implementação de medidas preventivas de infecção no cuidado de pacientes queimados é essencial. Esforços devem ser direcionados a adoção de técnica asséptica para instalação e manutenção de dispositivos invasivos, para os cuidados tópicos e a infraestrutura do ambiente de cuidado. Através do pensamento crítico e posicionamento ético da equipe de saúde.
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Autor Corporativo
NCS ENSINO EM SAÚDE
Rua Deputado Joaquim Inácio de Carvalho Neto, 346 - Nossa Senhora da Apresentação, Natal/RN
CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
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