Introdução: as infecções relacionadas à assistência em saúde (IrAS) representam atualmente uma preocupação de ordem internacional, pois envolvem a atuação dos profissionais de saúde, a qualidade das instalações físicas e dos materiaisde uso diário. Cerca de 234 milhões de pacientes são hospitalizados por ano em todo o mundo, destes, um milhão morre em decorrência de infecções hospitalares. No Brasil, apesar de não haver números concretos, estima-se que aproximadamente 5 a 15% dos pacientes hospitalizados e 25 a 35% dos pacientes admitidos em Unidades de Terapia Intensiva adquiram algum tipo de IRAS totalizando, no geral, a quarta causa de mortalidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece IrAS como um problema de saúde pública e preconiza que as autoridades em âmbito nacional e regional desenvolvam ações com vistas à redução do risco de aquisição. Na perspectiva da saúde do trabalhador, essas infecções submetem o trabalhador da área da saúde a risco ocupacional, já que, especialmente o da Enfermagem, está envolvido no cuidado direto aos pacientes. O contato com secrecões e fluídos corporais, como sangue e fluidos de drenos e sondagens, cateteres venosos centrais, ventilação mecânica, imunossupressores, colonização por microrganismos resistentes, uso indiscriminado de antimicrobianos e o próprio ambiente da UTI, constituem constantes riscos de infecção pessoal. Considerando a complexidade do processo de patogenicidade, é importante conhecer também os fatores contextuais e pessoais relacionados ao risco de infecção no profissional de enfermagem.
Objetivo: conhecer os elementos que predispõem o profissional de enfermagem aos riscos de infecção no ambiente da Unidade de Terapia Intensiva.
Metodologia: revisão integrativa de literatura nas bases de dados do Lilacs e Scielo, através dos descritores: infecção; saúde do trabalhador; riscos ocupacionais; enfermagem. Os critérios de inclusão utilizados foram: trabalhos completos, em português, publicados entre 2006 e março 2019, e que apresentassem aspecto causais ou possivelmente relacionados aos riscos de infecção no profissional. Das 40 publicações encontradas, seis foram excluidas por não atenderem os critérios na sua plenitude resultando em 34 analisadas.
Resultados: são adversidade relevantes para o controle da IRAS: aumento dos custos em saúde, recursos limitados (número insuficiente de trabalhadores) e falta de profissionais especializados(desgaste fisico e mental). Vale ressaltar, que na formação dos profissionais de saúde, são raros os cursos de graduação que capacitam nessa área. A educação permanente em serviço é um desafio enfrentado no âmbito das instituiçoes de saúde, dos governos e principalmente do próprio profissional, que deve ser antecipatório na busca da sua atualização.
Conclusão: as IRAS constituem problema multifatorial para a saúde do profissional de enfermagem; isso indica que as medidas de proteção e prevenção não podem focar apenas os acidentes relacionados ao ato que representa o risco. É preciso abordar formas preventivas e políticas para melhorar a forma de trabalho.
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Equipe Editorial
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Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
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