INTRODUÇÃO A unidade de terapia intensiva (UTI) é o local destinado ao atendimento de pacientes graves ou com risco de morte, que requerem assistência multidisciplinar permanentes e monitorização contínua. A complexidade das ações e dos procedimentos envolvidos nesse ambiente desencadeia situações sofregamente e angustiadamente tanto para o paciente como para sua família e os profissionais envolvidos. Como consequências a morte inesperada vem fazendo parte deste ambiente promovendo desequilíbrio no sistema familiar. Nesse sentido o processo de morte e morrer é visto de formas diferentes, que varia de acordo com o contexto em que o indivíduo está inserido, ficando indispensável que o enfermeiro compreenda a morte como parte da vida de todas as pessoas, assim como dos desafios enfrentados pelos profissionais de saúde nesse processo. OBJETIVO: Descrever o papel do enfermeiro frente ao processo morte/morrer na unidade de terapia intensiva. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de revisão integrativa da literatura, as buscas ocorreram nas bases de dados LILACS, SCIELO e PUBMED, entre novembro de 2018 a fevereiro de 2019. Foram incluídos os artigos disponíveis nos últimos cinco anos, por meio de descritores integrados do DECS e o operador booleano AND: Atitude frente a morte; unidades de Terapia Intensiva; cuidado de Enfermagem. A primeira busca resultou em 71 artigos e, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, artigos completos, em língua portuguesa e publicada no Brasil, 8 artigos resultaram na amostra final. RESULTADOS: Há uma importância significativa para os enfermeiros da UTI reconhecer e compreender as barreiras da prestação de cuidados onde implicam uma forte carga emocional com consequências importantes para a equipe de saúde onde possui níveis mais elevados de ansiedade, sentimento de impotência, raiva, tristeza e negação. Os profissionais só conseguem encarar melhor o processo morte/morrer se entender que essa fase faz parte da existência do ser humano, assim existirá profissionais que atuem de modo holístico e humanizado em todos os âmbitos da vida, nesse sentido a importância do enfermeiro em estudar temas relacionados ao processo morte/morrer, isso pode lhe ajudar a conviver mais com a sua existência além de preparar melhor o profissional com o objetivo de diminuir o estresse e a ansiedade. Existem funções que o enfermeiro deve desempenhar neste setor que trazem a esses pacientes uma morte com dignidade, são: facilitar a visitação, preparação da família quanto o quadro do paciente, prestar uma assistência de qualidade ao paciente mesmo após o óbito. CONCLUSÃO: Diante do exposto os enfermeiros intensivista convivem todo os dias com a morte e praticamente todos acabam se deparando com esse sentimento de desesperança e angústia pois se sentem incapazes para fazer algo que mantenha aquele paciente com prognóstico ruim vivo. A equipe de enfermagem é primordial pois é a classe profissional que permanece um tempo mais prolongado com os pacientes. Essa interação é essencial para a qualidade de vida da pessoa com mal prognóstico, pois essa viabilização do contato oferece ao paciente enfermo um fim de vida mais digno.
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Autor Corporativo
NCS ENSINO EM SAÚDE
Rua Deputado Joaquim Inácio de Carvalho Neto, 346 - Nossa Senhora da Apresentação, Natal/RN
CEP - 59115-695
Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
Idioma
Língua Portuguesa (Português do Brasil)
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