INTRODUÇÃO: Os adornos abrigam agentes patogênicos e sua utilização por parte do trabalhador do serviço de saúde dificulta a eficácia das medidas de biossegurança para o controle de infecções, assim, seu uso é responsável por transferir esses agentes entre profissionais, pacientes, superfícies e objetos, aumentando o risco das Infecções Relacionadas à Assistência de Saúde (IRAS) de uma forma completamente evitável. Diante disso, a Norma Reguladora n° 32 da Portaria n° 485 de 2005 do Ministério do Trabalho e Emprego, proíbe o uso de adornos para todo trabalhador do serviço de saúde, inclusive daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde exposto ao agente biológico, independente da sua função. Apesar dessa regulamentação que desaprova o uso de adornos, parte da equipe ainda a desrespeita e coloca em risco a sua saúde e a dos usuários atendidos. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) as consequências dessa transgressão são ainda mais perigosas, podendo ocorrer contaminação cruzada com usuários criticamente enfermos e vulneráveis aos patógenos veiculados através desses adornos e, com isso, a conduta do profissional pode relacionar-se ao agravamento dos quadros clínicos. OBJETIVO: Demonstrar a importância da consolidação da NR32 para que se obtenha uma cadeia asséptica maximamente preservada a fim de proteger a saúde dos pacientes e dos trabalhadores. MATERIAL E MÉTODO: Relato de experiência vivenciado durante visitas técnicas da Liga Acadêmica de Cuidados Críticos de Enfermagem (LACCEN) realizadas à UTI de um hospital público do estado de Alagoas. RESULTADOS: Diante da vivência foi possível identificar que apesar da fiscalização e conscientização que é feita com os profissionais de saúde, ainda há uma quantidade considerável de trabalhadores que não seguem essas orientações e utilizam adornos durante a jornada de trabalho, por falta de conhecimento sobre as consequências desse uso ou imprudência, com ressalva sobre a equipe de enfermagem, seja esta por uma maior cobrança ou por consciência própria. A UTI recebe variados profissionais, entre eles estão os psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, agentes sociais e médicos, e para manter a cadeia asséptica do setor é necessário que todos sigam as normas estabelecidas, pois os mesmos possuem contato, de forma direta ou indireta, com o paciente favorecendo a contaminação cruzada. Apesar da equipe de enfermagem durante a assistência prestada estar mais propínqua ao paciente, ela não é a única que, obrigatoriamente, deve seguir a política de adorno zero no setor, uma vez que a NR32 estabelece critérios iguais para toda equipe multiprofissional. CONCLUSÃO: O uso de adornos na UTI favorece para que haja a quebra da cadeia asséptica e, consequentemente, a exposição a riscos biológicos. A política de Adorno Zero precisa desenvolver e reforçar estratégias que garantam maior comprometimento com a prevenção de infecções causadas por uso de adornos por toda equipe multiprofissional, independente da formação, uma vez que todo indivíduo ali presente é um veículo para microrganismos. Ademais, a atuação das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) faz-se necessária para minimizar os problemas originados por imprudência ou deficiências na formação de alguns profissionais, através da ferramenta do Programa de Educação Continuada.
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Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
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Publicação Anual
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