INTRODUÇÃO: Para que o atendimento a pacientes críticos fosse garantido de forma que promovesse sua recuperação de forma especializada, nos anos 70, criou-se no Brasil as chamadas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Juntamente ao surgimento das UTI, as tecnologias utilizadas na assistência à saúde nessas unidades, foram se tornando cada vez mais modernas e complexas, o que pode estar associado aos elevados índices de Infecções Hospitalares (IH). Por IH entende-se como sendo aquelas adquiridas em instituições de saúde, que não se faziam presentes durante a admissão do paciente, manifestando-se no decorrer da internação ou após a alta. OBJETIVO: Analisar a produção científica referente à prevalência das IH em UTI, bem como os tipos mais comuns e as medidas realizadas para prevenção desses agravos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, a qual foi elaborada a partir de buscas nas bases de dados LILALCS e SciELO, utilizando-se os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “controle de infeções”, “terapia intensiva”, e “prevenção e controle”, a fim de responder à pergunta norteadora: quais as principais IH presentes em UTI do Brasil, e quais medidas realizadas para a prevenção desses agravos? Nesse sentido, para a seleção dos estudos, adotou-se os critérios de inclusão: serem artigos originais, estarem escritos em língua portuguesa e terem sido realizados nos últimos cinco anos para identificar o que a atualidade apresenta sobre essa temática. Como critérios de exclusão adotou-se: estudos que não abordavam o eixo temático da presente pesquisa, estarem em língua estrangeira e terem sido publicados há mais de cinco anos. A partir dos critérios estabelecidos, as pesquisas resultaram em 28 artigos a serem analisados. Destes, foram utilizados 14, publicados entre os anos de 2015 e 2019. RESULTADOS: Notou-se que aquelas apontadas como sendo as que se apresentam com maior frequência foram: pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM), infecções do trato urinário (ITU) relacionadas ao cateterismo vesical de demora, e infecções de corrente sanguínea devido ao uso prolongado de cateteres tanto centrais quanto periféricos. Sendo assim, a literatura apresenta as principais causas que resultam nessas e outras diversas infecções relacionadas a assistência dentro de uma UTI, como o uso prolongado de antimicrobianos, a fragilidade do sistema imune dos indivíduos acometidos e falhas em medidas comuns de prevenção. Nesse sentido, cuidados simples e que geram custo mínimo as instituições, como a lavagem correta das mãos durante toda a assistência e a elevação da cabeceira em 30-45° para evitar broncoaspiração, se fazem essenciais na prevenção de IH. Para que isso possa ser empregado de forma eficaz, a capacitação dos profissionais envolvidos no cuidado prestado a esses pacientes, também é apontado como fator primordial. CONCLUSÃO: A análise dos materiais científicos, evidenciou que continua desafiador a interferência na prevalência de infecções relacionadas a assistência em unidades de terapia intensiva. Isso gera preocupação para a saúde pública brasileira, fazendo-se necessário ações de incentivo voltadas essencialmente para os profissionais da saúde que ficam à frente dos cuidados, para que adotem práticas responsáveis para a prevenção desses agravos, alcançando assim, a qualidade da assistência.
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Equipe Editorial
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Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
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Publicação Anual
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