PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA EM RECÉM-NASCIDOS

PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA EM RECÉM-NASCIDOS

• Autor
• Paula Isis Nascimento Silva
• Co-autores
• Ana Paula de Souza Santos , Renata Rilkia Pedrosa Bezerra , Joyce Layse da Silva Ribeiro , Elizabeth Vasconcelos Trigueiro
• Resumo

• INTRODUÇÃO: A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) no recém-nascido (RN) é conceituada como infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) associada ao uso da ventilação mecânica por um período maior que dois dias ou detecção da infecção após 24h da suspensão da terapia. O avanço tecnológico propiciou aumento da sobrevida do RN prematuro, no entanto, esse aparato tecnológico vem associado à ocorrência de evento adverso relacionado à assistência como a PAV. Dentre os desfechos da PAV encontram-se o tempo prolongado na internação, aumento dos custos assistenciais e o óbito. Neste contexto, e considerando a importância do cuidado adequado ao RN para reduzir os índices de mortalidade infantil, é fundamental a prevenção das IRAS e não apenas o seu tratamento ou controle. OBJETIVO: Descrever e analisar as evidências científicas, em estudos nacionais e internacionais, referentes à prevenção de PAV em neonatos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada de janeiro a maio de 2019. Foram encontrados 85 artigos e após refinamento, cinco foram selecionados, por meio de busca na Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases de dados Scientific Electronic Library Online e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde. Utilizaram-se os seguintes descritores: “Pneumonia associada a ventilação mecânica”, “recém-nascido”, “prevenção”. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis em texto completo, de 2014 a 2019. Excluiu-se artigos repetidos, de revisão bibliográfica e que não tivesse aderência a temática neonatal. RESULTADOS: Acredita-se que a PAV esteja associada a menor idade gestacional e menor peso ao nascer, devido a maior probabilidade de intubação após o nascimento, sendo a duração da intubação o fator de risco mais significativo relacionado à PAV. O diagnóstico clínico e radiológico é extremamente difícil, devido aos sinais e sintomas inespecíficos da PAV no paciente neonatal, como distermia, piora do desconforto respiratório e alterações nas características e volume das secreções respiratórias. Bundles foram implementados em alguns estudos, mostrando que são capazes de diminuir a incidência de PAV com as seguintes medidas: elevação da cabeceira, higiene das mãos, sucção esterilizada e manipulação de equipamento respiratório, mudança do circuito do ventilador quando visivelmente sujo ou com mau funcionamento mecânico, limpeza da cavidade oral com solução salina, avaliação diária da prontidão para extubação, uso da pressão nasal contínua nas vias aéreas e avaliação diária da sedação. CONCLUSÃO: Os artigos encontrados nas bases de dados pesquisadas apontam para a importância da implementação de bundles na prática clínica, porém evidencia-se a necessidade de desenvolver outros estudos voltados para a população neonatal, pois existem algumas questões que requerem mais fundamento científico para serem incorporadas com segurança. Investigar evidências que sejam capazes de prevenir a PAV é essencial para desenvolver um cuidado seguro, prevenindo a PAV através da adesão dos profissionais em sua prática.

• Palavras-chave
• Prevenção, Pneumonia associada à ventilação mecânica, recém-nascido
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Enfermagem Neonatal