INTRODUÇÃO: Os pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em sua maioria, apresentam maior vulnerabilidade a infecções devido ao sistema imunológico fragilizado por longos períodos de internação e procedimentos invasivos aos quais são submetidos. As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde caracterizam altos índices de mortalidade. Estudos descrevem que as principais fontes de infecção são as superfícies de equipamentos e fômites. OBJETIVO: identificar os microrganismos patógenos em equipamentos utilizados pela equipe de enfermagem em unidades de terapia intensiva. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em março/2019 nas bases de dados LILACS, MEDLINE, PUBMED, BDEFN; utilizando-se os descritores “contaminação de equipamentos”, “unidades de terapia intensiva” e “enfermagem”, sendo triados 110 documentos. Foram selecionados 06 artigos completos publicados nos últimos 5 anos, correlatos ao objeto. Para coleta de dados utilizou-se protocolo adaptado de instrumento validado, contemplando: identificação, metodologia, intervenções e resultados; processo este guiado pela questão norteadora: Quais os microrganismos responsáveis pela contaminação de equipamentos utilizados pela enfermagem em unidades de terapia intensiva? RESULTADOS: A maioria dos estudos fez uso do mesmo método de coleta e avaliação, utilizando swabs umedecidos em soro fisiológico, realizando uma coleta antes e uma logo após a limpeza/desinfecção de instrumentos/fômites. Após análise de alguns equipamentos e objetos usados diariamente na UTI, os principais microrganismos encontrados antes da limpeza/desinfecção foram Staphylococcus coagulase negativo, Staphylococcus epidermides e Staphylococcus aureus. Sendo mais prevalente o primeiro, S. coagulase negativo, que tem apresentado alta resistência a antimicrobianos e é responsável por várias infecções, como da corrente sanguínea, do sítio cirúrgico e outras bacteremias, como também tem alto potencial formador de biofilme. Outros estudos descrevem a presença do Sthaphylococcus haemolyticus, que pode trazer complicações como endocardites, sepse, peritonite, infecção do trato urinário e feridas cirúrgicas. Após a desinfecção, existiu quase unanimidade na eliminação desses microrganismos, exceto um estudo que traz uma bancada de preparo de medicação que apresentou S. hominis antes da limpeza. Realizado limpeza com Lauril Éter Sulfato de Sódio e solvente, após coleta e análise foi encontrado Pseudomonas aeruginosa, que tem alto poder de infecção em pacientes imunodeprimidos e se espalha por contato direto. Logo, infere-se que essa bactéria poderia estar presente no pano ou nas luvas utilizadas. Diante do contexto, pode-se enxergar a importância da higienização correta das mãos, limpeza/desinfecção correta e minuciosa em todos os equipamentos em uma UTI, mesmo os que são restritos ao posto de enfermagem e atentar para os equipamentos de uso coletivo que devem ser limpos com maior frequência.
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Equipe Editorial
Enfermeiro - Prof. Augusto Catarino (RN)
Enfermeiro - Prof. Gustavo Bezerra da Silva (RN)
Enfermeira - Isabela Marcelino Correia (RN)
Periodicidade
Publicação Anual
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