Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que representa um grande problema de saúde pública. Os principais sinais e sintomas manifestados pela hanseníase estão relacionados ao acometimento dermato-neurológicos, como: lesões de pele, diminuição ou ausência de sensibilidade em decorrência do acometimento dos ramos periféricos cutâneos ou ao comprometimento neurológico periférico, resultando em grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem evoluir para deformidades. A transmissão ocorre através de uma pessoa infectada, sem tratamento, que pelas vias aéreas superiores eliminam o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis. Somente uma parte da população que entra em contato com as bactérias, manifesta a doença, que acomete, principalmente, pele e nervos, mas também podendo se manifestar de forma sistêmica, atingindo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. Ocorre em ambos os gêneros, sendo o masculino mais susceptível. No Brasil, no ano de 2015, foi apresentado 1 caso de hanseníase para cada 10.000 habitantes. Assim, como forma de contribuir para o conhecimento da população sobre essa doença, foi pensado na produção de uma tecnologia educativa. O público-alvo do jogo são crianças acima de 12 anos e adultos leigos ou não sobre esse assunto. Objetivos: Desenvolver uma tecnologia educacional, com propósito de alertar a população e orientar de maneira dinâmica e interativa sobre a doença hanseníase. O material foi elaborado com assuntos que envolviam os riscos de exposição ao bacilo Mycobacterium leprae, orientações quanto a identificação das manchas, bem como onde e como procurar ajuda para esclarecimento da doença, dos sintomas e procedimentos a serem feitos diante do problema ocorrido. Metodologia: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência vivenciado por discentes da disciplina de Microbiologia Clínica do Curso de Farmácia da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza - FAMETRO. O jogo foi desenvolvido durante o semestre 2017.1, em prol da Atividade Prática Supervisionada (APS), com o intuito de sensibilizar os acadêmicos para que os mesmos pudessem disseminar essas informações no decorrer da sua vida acadêmica e profissional. O jogo, então chamado de Roleta HANSEN, é composto por uma roleta de perguntas e respostas, direcionada a dois grupos em times distintos, que a partir do acionamento da mesma os participantes ganham a vez na pergunta que for sorteada. Essa, por sua vez, sendo validada, terá na própria pergunta o número de pontuação e assim por diante. Quando respondida errada, a vez é passada para o grupo seguinte, que terá vantagem no acerto e na vez. Ganha o jogo o participante que obtiver o maior número de pontos. Resultados e discussão: A tecnologia educativa foi construída através de uma roleta com perguntas e respostas oriundas de livros e artigos, com informações que descrevem características da doença, podendo assim levar conhecimento à população, bem como aos acadêmicos e profissionais da saúde sobre a doença hanseníase. Durante a apresentação, os alunos já se manifestaram positivamente, relatando que a tecnologia educativa era uma forma dinâmica e lúdica de aprender e aprimorar os seus conhecimentos sobre a doença. Considerações finais: A hanseníase é classificada como uma doença negligenciada, além das dificuldades conhecidas que envolvem esse tipo de doença e seus agravos. Os jogos educativos são elaborados a partir da literatura científica, o que os tornam uma ferramenta de alto valor informativo e importante fonte de conhecimento para a população, acadêmicos e profissionais da saúde. Essa tecnologia pode e deve ser aplicada em escolas, ações sociais, feiras e eventos científicos. O trabalho tem sua relevância pois contribui para que as pessoas possam adquirir conhecimento de forma lúdica e descontraída, conhecendo a doença e, principalmente, minimizando o preconceito e a crença que ainda existem em relação à mesma, ao tratamento dos sintomas, identificação do programa de acompanhamento ao paciente hansenico e acima de tudo: que a hanseníase tem cura!
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2017!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do V Encontro de Iniciação à Pesquisa, V Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2017 foi “Arte e Conhecimento”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
Comissão Organizadora
Caroliny Uchôa Sales
Ailton Pereira da Silva
Yohrranna Kelly
Nathália Távora Holanda Lira
Fernanda Rocha Dantas
Felipe de Freitas Magno
Lia Teixeira de Castro Mesquita
Maria Marcilene da Silva
Comissão Científica
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
Andréa Bessa Teixeira
Solange Sousa Pinheiro
Aline Mota Albuquerque
Anne Caroline Moraes de Assis