Introdução: A modalidade de estágio extracurricular permite o acompanhamento do que é ser enfermeiro no cotidiano da assistência e sua relação com a equipe de saúde, ampliando o olhar do acadêmico, que participa de forma ativa da dinâmica do processo de trabalho e não como coadjuvante alienado do contexto no qual irá atuar, sensação essa sentida em grande parte dos estágios curriculares. Objetivo: Relatar a experiência de uma acadêmica de enfermagem sobre a importância do estágio extracurricular para a formação acadêmica e para a prática profissional. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre as atividades desenvolvidas durante o estágio extracurricular bem como sobre a sua importância para a formação acadêmica e para a prática profissional. O estágio ocorreu em um hospital particular de nível terciário no município de Fortaleza-CE, no turno da manhã, com carga horária de seis horas diárias de segunda a sexta-feira, entre os meses de agosto de 2016 a setembro de 2017. Resultados e discussão: Durante o período de estágio, passei por quatro setores. Fiquei quatro meses em uma Unidade Semi-intensiva, onde aprendi a realização da técnica correta de curativos, bem como os materiais necessários para cada tipo de lesão, classificação da ferida, avaliação de pele e educação continuada para família e cuidadores; aprendi a fazer o aprazamento das medicações; fiz visita nas enfermarias e evolução de pacientes no prontuário eletrônico; realizei cateterismo vesical de alívio e demora; aprendi a técnica da coleta de sangue pelo acesso venoso central e retirar pontos. Fiquei seis meses na Sala de Observação e, às vezes, dava um suporte na triagem e acolhimento, onde aprendi a classificação de risco de acordo com o protocolo de Manchester, abordagem inicial ao paciente traumatizado, realização de monitorização cardíaca, checagem do carro de parada cardiorrespiratória, anamnese, eletrocardiograma, sondagem nasoenteral e nasogástrica, diluição de medicamentos, punção de acesso venoso periférico, reanimação cardiopulmonar, diluição e mecanismo de ação das drogas vasoativas, oxigenoterapia, gasometria arterial, auxiliei em intubação, aprendi a interpretar exames laboratoriais bem como em quais momentos solicitá-los. Destaco aqui a primeira importância do estágio extracurricular na vida acadêmica, pois foi na emergência que obtive a predisposição para a minha atuação profissional e fui instigada a desenvolver senso crítico e olhar clínico, além de uma postura profissional de enfermagem, pois precisava lidar com o medo, aflição, estresse e correria. Estive dois meses em um Posto Cirúrgico, neste setor exercitei mais sobre as terminologias cirúrgicas, cuidados com o curativo e a cicatrização das feridas, sobre os drenos e seus respectivos cuidados, admissão cirúrgica e outros. E, há dois meses, estou atuando em uma Unidade de Terapia Intensiva com foco na saúde do adulto, idoso e cuidados paliativos. Neste setor aprendi primeiramente a controlar o emocional, isto porque é notório o sofrimento de alguns pacientes intubados, paciente com anasarca e infiltração entre outros diversos fatores. Além disso, estou obtendo um olhar mais crítico e clínico, aprendi a manipular o ventilador mecânico bem como os devidos cuidados com o manuseio e as complicações relacionadas ao seu uso, faço estudos de casos de pacientes, aprendi a manipular as Bombas de Infusão Contínua (BIC), fechamento de Balanço Hídrico rigoroso, auxiliei em traqueostomia, punção de acesso venoso central e intubação, cuidados com a Pressão Arterial Invasiva (PAI), Pressão Intracraniana (PIC) e Pressão Intra-Abdominal (PIA), além da técnica correta do banho corporal. Em concomitância ao aprendizado da assistência, fiz vínculos profissionais de suma importância, troquei conhecimento com outros profissionais e outras acadêmicas, realizei educação continuada intra e extra-hospitalar, e a remuneração da bolsa me permitiu investir ainda mais na minha formação, com cursos, eventos e palestras. Considerações Finais: Durante esse período, entendi que a inserção do acadêmico de enfermagem no estágio extracurricular é primordial, visto que o discente tem a oportunidade de aprimorar suas habilidades técnicas, amadurecer pessoal e profissionalmente, de desenvolver senso crítico e olhar clínico além de adquirir novos conhecimentos, uma vez que, no estágio curricular, não se tem tantas oportunidades, devido ao pouco tempo disponibilizado, o que favorece as lacunas na formação acadêmica.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2017!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do V Encontro de Iniciação à Pesquisa, V Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2017 foi “Arte e Conhecimento”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
Comissão Organizadora
Caroliny Uchôa Sales
Ailton Pereira da Silva
Yohrranna Kelly
Nathália Távora Holanda Lira
Fernanda Rocha Dantas
Felipe de Freitas Magno
Lia Teixeira de Castro Mesquita
Maria Marcilene da Silva
Comissão Científica
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
Andréa Bessa Teixeira
Solange Sousa Pinheiro
Aline Mota Albuquerque
Anne Caroline Moraes de Assis