USO DE VITAMINAS DO COMPLEXO B COM CIPROEPTADINA POR CRIANÇAS EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA EM CAUCAIA-CE

  • Autor
  • MARIA PATRICIA BARBOSA GOMES
  • Co-autores
  • GEYNE LIMA DA SILVA , WLADIA ARAUJO DE SOUSA , ARIDYANA CAROLINE DA SILVA , MARIA DE FATIMA BORGES DE BRITO NOGUEIRA , PATRICIA FERNANDES DA SILVEIRA
  • Resumo
  • Introdução: Vitaminas podem ser definidas como compostos orgânicos que o organismo deve obter em pequenas quantidades para manter a saúde. São usadas pelo organismo para ajudar a regular e promover várias reações e processos químicos. No Brasil, as vitaminas e minerais, são Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), pois não requerem a apresentação de prescrição para serem dispensados. Neste contexto as farmácias comerciais comunitárias possuem um importante papel na orientação das pessoas que recorrem às vitaminas do complexo B associadas a Ciproeptadina pois são muito eficazes para o aumento do apetite, porém, carreiam também outros efeitos adversos como sonolência ou irritabilidade. Tendo em vista que o acesso a esta classe terapêutica é livre, e qualquer pessoa pode adquiri-la, o risco se torna acentuado para as crianças que fazem uso indiscriminado. Objetivo: O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil do uso de vitaminas do complexo B com ciproeptadina por crianças na faixa etária de 2 a 11 anos de idade, em uma farmácia comunitária no município de Caucaia. Metodologia: Metodologia: Trata-se de estudo do tipo transversal, observacional, descritivo e prospectivo onde a amostra foi composta pelos responsáveis pelas crianças que procuraram a farmácia comercial, com intuito de adquirir as vitaminas do complexo B com ciproeptadina no período de 19 de setembro a 19 de outubro de 2016. Resultados e discussão: A pesquisa teve como amostra 50 (cinquenta) clientes que procuraram o estabelecimento farmacêutico em que o estudo foi realizado com o intuito de adquirir as vitaminas do complexo B com ciproeptadina (CH) para utilizar em crianças. Observou-se que 23,4% (n=11) utilizaram as vitaminas por 1-2 meses, 74,5% (n=35) fizeram uso entre 3-6 meses e apenas 2,1% (n=1) utilizaram por 6-12 meses. Quanto à quantidade de frascos utilizados pelos responsáveis nas crianças, 36,2% (n=17) utilizaram de 1 a 2 frascos, 61,7% (n=29) de 2 a 4 frascos e 2,1% (n=1) de 4 a 8 frascos. 97,9% (n=46) dos entrevistados relataram a utilização da vitamina por falta de apetite da criança. Estudos que relatam o uso de ciproeptadina para acalmar as crianças ainda são extremamente escassos, visto que é considerado um efeito adverso ao medicamento. A ingestão de vitamina deve ser fornecida por uma dieta saudável, não através de suplementos. O consumo não controlado pode resultar em níveis de consumo acima dos limites toleráveis (BRODA et al., 2014). CHU (2011), mostraram a utilização de ciproeptadina em pacientes que fizeram uso na intenção de provocar uma overdose e em 40,4% dos pacientes desenvolveram sintomas sedativos (tontura e sonolência), enquanto 10 pacientes (17,5%) apresentaram sintomas de delírio anticolinérgico, este apresentado como uma psicose aguda, caracterizada por delírio, agitação, desorientação e alucinação. Madeira et al. (2003) afirma que substâncias anti-histamínicas e inibidoras da serotonina, como a ciproeptadina, agiriam sobre os centros nervosos, possivelmente por causarem hipoglicemia, aumentando o apetite. Considerações finais: Observa-se que a prática da automedicação é comum em sistemas de saúde deficientes e a ida a farmácia representa uma opção prática e rápida, com o intuito de resolver um problema negligenciado, pois a maior parte dos medicamentos é vendida sem receita médica. A preocupação se acentua em crianças, idade tenra, devido aos efeitos adversos e uso abusivo. Torna-se necessário mais estudo em farmácias comunitárias com o intuito de conhecer outras problemáticas relacionadas a medicamentos, sensibilizar os farmacêuticos quanto a prática clínica e assim tentar minimizar os riscos de seus efeitos adversos e promover o uso racional dos medicamentos.

  • Palavras-chave
  • Vitaminas do complexo B. Ciproeptadina. Crianças.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Estudos de Utilização de Medicamentos
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Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2017!

Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do V Encontro de Iniciação à Pesquisa, V Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2017 foi “Arte e Conhecimento”.

Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.

Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.

 

Boa leitura!

 

Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques

PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA

Comissão Organizadora

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