Introdução: Vitaminas podem ser definidas como compostos orgânicos que o organismo deve obter em pequenas quantidades para manter a saúde. São usadas pelo organismo para ajudar a regular e promover várias reações e processos químicos. No Brasil, as vitaminas e minerais, são Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), pois não requerem a apresentação de prescrição para serem dispensados. Neste contexto as farmácias comerciais comunitárias possuem um importante papel na orientação das pessoas que recorrem às vitaminas do complexo B associadas a Ciproeptadina pois são muito eficazes para o aumento do apetite, porém, carreiam também outros efeitos adversos como sonolência ou irritabilidade. Tendo em vista que o acesso a esta classe terapêutica é livre, e qualquer pessoa pode adquiri-la, o risco se torna acentuado para as crianças que fazem uso indiscriminado. Objetivo: O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil do uso de vitaminas do complexo B com ciproeptadina por crianças na faixa etária de 2 a 11 anos de idade, em uma farmácia comunitária no município de Caucaia. Metodologia: Metodologia: Trata-se de estudo do tipo transversal, observacional, descritivo e prospectivo onde a amostra foi composta pelos responsáveis pelas crianças que procuraram a farmácia comercial, com intuito de adquirir as vitaminas do complexo B com ciproeptadina no período de 19 de setembro a 19 de outubro de 2016. Resultados e discussão: A pesquisa teve como amostra 50 (cinquenta) clientes que procuraram o estabelecimento farmacêutico em que o estudo foi realizado com o intuito de adquirir as vitaminas do complexo B com ciproeptadina (CH) para utilizar em crianças. Observou-se que 23,4% (n=11) utilizaram as vitaminas por 1-2 meses, 74,5% (n=35) fizeram uso entre 3-6 meses e apenas 2,1% (n=1) utilizaram por 6-12 meses. Quanto à quantidade de frascos utilizados pelos responsáveis nas crianças, 36,2% (n=17) utilizaram de 1 a 2 frascos, 61,7% (n=29) de 2 a 4 frascos e 2,1% (n=1) de 4 a 8 frascos. 97,9% (n=46) dos entrevistados relataram a utilização da vitamina por falta de apetite da criança. Estudos que relatam o uso de ciproeptadina para acalmar as crianças ainda são extremamente escassos, visto que é considerado um efeito adverso ao medicamento. A ingestão de vitamina deve ser fornecida por uma dieta saudável, não através de suplementos. O consumo não controlado pode resultar em níveis de consumo acima dos limites toleráveis (BRODA et al., 2014). CHU (2011), mostraram a utilização de ciproeptadina em pacientes que fizeram uso na intenção de provocar uma overdose e em 40,4% dos pacientes desenvolveram sintomas sedativos (tontura e sonolência), enquanto 10 pacientes (17,5%) apresentaram sintomas de delírio anticolinérgico, este apresentado como uma psicose aguda, caracterizada por delírio, agitação, desorientação e alucinação. Madeira et al. (2003) afirma que substâncias anti-histamínicas e inibidoras da serotonina, como a ciproeptadina, agiriam sobre os centros nervosos, possivelmente por causarem hipoglicemia, aumentando o apetite. Considerações finais: Observa-se que a prática da automedicação é comum em sistemas de saúde deficientes e a ida a farmácia representa uma opção prática e rápida, com o intuito de resolver um problema negligenciado, pois a maior parte dos medicamentos é vendida sem receita médica. A preocupação se acentua em crianças, idade tenra, devido aos efeitos adversos e uso abusivo. Torna-se necessário mais estudo em farmácias comunitárias com o intuito de conhecer outras problemáticas relacionadas a medicamentos, sensibilizar os farmacêuticos quanto a prática clínica e assim tentar minimizar os riscos de seus efeitos adversos e promover o uso racional dos medicamentos.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2017!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do V Encontro de Iniciação à Pesquisa, V Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2017 foi “Arte e Conhecimento”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
Comissão Organizadora
Caroliny Uchôa Sales
Ailton Pereira da Silva
Yohrranna Kelly
Nathália Távora Holanda Lira
Fernanda Rocha Dantas
Felipe de Freitas Magno
Lia Teixeira de Castro Mesquita
Maria Marcilene da Silva
Comissão Científica
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
Andréa Bessa Teixeira
Solange Sousa Pinheiro
Aline Mota Albuquerque
Anne Caroline Moraes de Assis