Pulpite Reversível e Pulpite Irreversível: a importância do correto diagnóstico
Introdução – A polpa dentária é um tecido conjuntivo frouxo localizado na cavidade pulpar contendo vasos sanguíneos, vasos linfáticos, células e fibras nervosas, possuindo assim um intenso metabolismo e boa capacidade de reparo. As alterações da polpa dentária são detectáveis através de anamnese, exame clínico e avaliação radiológica. Os sintomas objetivos e subjetivos relatados pelo paciente e a realização de testes de sensibilidade pulpar, já demonstram uma consideração do estado patológico pulpar do paciente em tratável e não-tratável, indicando assim a escolha de um tratamento conservador ou extirpação da polpa dentária (ANDRADE, 1999). Todavia, como a polpa dentária é circundada por parede dentinária, o que não a torna visível clinicamente, o cirurgião-dentista deve lançar mão do exame amnésico, clínico e radigráfico para obtenção do diagnóstico correto. Objetivos – O presente estudo retrata a importância do cumprimento das etapas de investigação amnésico-clínico-radiológica para detecção de alterações da polpa dentária e execução do correto diagnóstico e tratamento dentário. Materias e Métodos – Revisão literária de 10 artigos publicados entre 2007 e 2017, indexados nas bases de dados Scielo, Bireme e Lilacs, com descritores em saúde: Afecções da Polpa dentária, Pulpite Reversível e Pulpite Irreversível. Resultados – O diagnóstico de qualquer afecção dentária deve ser correto para que seja determinada a conduta de tratamento. Para patologias dentárias que envolvam odontalgias, se estabelece o protocolo amnésico-clínico-radiográfico (LEONARDO E LEAL, 1998). Esse protocolo consiste em realizar semiologia subjetiva para obter do paciente respostas relativas ao histórico de dor, e também realizar semiologia objetiva através de testes de diagnósticos para obtenção de achados clínicos. Os métodos da semiologia objetiva devem envolver inspeção, palpação, teste de mobilidade, teste de percussão, teste de vitalidade e análise radiográfica. Para certificação da vitalidade pulpar em casos mais extremos, pode ser realizado teste de cavidade que consiste no uso broca sem anestesia. Em especial ao teste de percussão, retrata sobre quanto o ligamento periodontal do dente está comprometido e também indica uma transição de pulpite irreversível para necrose (RALDI et al, 2002). Se a resposta for positiva a dor, deve-se observar a intensidade e o tempo de duração após o estímulo da percussão. Se a dor passar logo, o diagnóstico é dado como Pulpite Reversível e seu tratamento será conservador através de remoção do tecido cariado e restauração ou Pulpotomia, mas caso a dor demore a passar, o diagnóstico será Pulpite Irreversível e o tratamento será extirpação total da polpa através de Pulpectomia, neste caso, realização de tratamento endodontico (RETTORE JÚNIOR, 2000). Quanto ao teste de vitalidade, os aspectos de intensidade e tempo de duração da dor também são relevantes, quanto mais intensidade e tempo de dor, é indicativo presença de inflamação e deverão ser levados em consideração o mesmo princípio do Teste de Percussão supracitado. Para a análise radiográfica, além do negatoscópio, é indicado o uso da lupa para poder avaliar o estado periodontal e periapical do elemento dentário examinado, bem como os circunvizinhos. Considerações finais – Com o esquema de diagnóstico amnésico-clínico-radiológico com enfoque clínico, o cirurgião-dentista consegue propor um tratamento de acordo com a sintomatologia dolorosa e testes objetivos realizados, pois se baseia em observar cuidadosamente a história atual e pregressa da dor nos testes clínicos realizados no elemento dentário.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2017!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do V Encontro de Iniciação à Pesquisa, V Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2017 foi “Arte e Conhecimento”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
Comissão Organizadora
Caroliny Uchôa Sales
Ailton Pereira da Silva
Yohrranna Kelly
Nathália Távora Holanda Lira
Fernanda Rocha Dantas
Felipe de Freitas Magno
Lia Teixeira de Castro Mesquita
Maria Marcilene da Silva
Comissão Científica
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
Andréa Bessa Teixeira
Solange Sousa Pinheiro
Aline Mota Albuquerque
Anne Caroline Moraes de Assis