DISBIOSE COMO FATOR INFLUENCIADOR DAS CARACTERÍSTICAS FISIOPATOLÓGICAS DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE

DISBIOSE COMO FATOR INFLUENCIADOR DAS CARACTERÍSTICAS FISIOPATOLÓGICAS DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE

• Autor
• Samara Barroso Silva
• Co-autores
• Alessandra Lima de Vasconcelos , Laryssa Aires de Vasconcelos , Matheus Medeiros da Silveira Soares , Rafaela Ferreira Paiva , Yohranna Sales de Morais
• Resumo

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  DISBIOSE COMO FATOR INFLUENCIADOR DAS CARACTERÍSTICAS FISIOPATOLÓGICAS DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE

   

  Introdução: O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do desenvolvimento neurológico que inicia na infância e pode permanecer até a fase adulta. Sua fisiopatologia envolve, principalmente, anormalidades funcionais no sistema nervoso e alterações na síntese de catecolaminas, especialmente, do neurotransmissor dopamina. A ciência atual já discute o importante papel que a genética tem na etiologia da doença. Porém, a disbiose, ou seja, o desequilíbrio da microbiota intestinal tem ganhado repercussão como um possível fator etiológico ou como um fator que dificulta o prognóstico da doença. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo identificar na literatura atual achados que elucidem a relação que o desequilíbrio da microbiota intestinal tem com as características fisiopatológicas do TDAH. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa feita no portal PubMed, referente à literatura publicada nos últimos cinco anos, utilizando os seguintes descritores: “Disbiose”, “Microbiota” e “Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade”. Inicialmente, foram identificados 30 artigos. Após a realização de uma triagem a fim de selecionar somente os artigos que explicavam de forma coesa a relação entre os três descritores, 6 artigos foram selecionados e usados para a elaboração desse estudo. Resultados: Todos os estudos analisados mostraram que o desequilíbrio da microbiota intestinal pode ter relação com os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no TDAH. Os achados indicaram que a modificação da permeabilidade permite a passagem de várias moléculas para a corrente sanguínea e para a barreira hematoencefálica, e essas moléculas podem causar prejuízos nos processos de neurogênese e neurotransmissão, causando alterações no desenvolvimento neurológico. Além disso, uma microbiota saudável é responsável pela produção de precursores de neuropeptídeos com estrutura análoga à do sistema nervoso do hospedeiro como: fenilalanina, tirosina e triptofano. Quando se tem um desequilíbrio na microbiota, essa produção é prejudicada e os níveis de neurotransmissores são reduzidos, principalmente os da dopamina e serotonina. O quadro de disbiose também prejudica a síntese do GABA, um neurotransmissor inversamente proporcional ao risco de desenvolvimento do TDAH. Por fim, os achados demonstraram também que um número alto de bactérias patogênicas pode desencadear a produção de citocinas inflamatórias, desencadeando distúrbios inflamatórios, o que reduz ainda mais a disponibilidade de neurotransmissores. No entanto, os estudos não entraram em um consenso a respeito de como determinados filos de bactérias impactam em todo esse processo. Conclusão: Os achados elucidados mostraram que a disbiose tem a capacidade de potencializar as características fisiopatológicas do TDAH através de um aumento da permeabilidade intestinal, redução da síntese de neurotransmissores e neuroinflamação. Todavia, faz-se necessário abordagens que possam ajudar a caracterizar o ecossistema microbiano intestinal de pacientes com TDAH, definindo as vias de conexão do eixo intestino-cérebro.

   

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  Descritores: Disbiose; Microbiota; Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

• Palavras-chave
• Disbiose; Microbiota; Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Alimentos, nutrição e saúde

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