Introdução: A prostatite é definida como uma inflamação da próstata, podendo ser de causa infecciosa ou não. A forma aguda é perceptível pelos sinais clínicos, como anorexia, depressão, febre, dor abdominal caudal, corrimento uretral transparente ou hemorrágico, esforço para micção e defecação, andar enrijecido, edema de escroto e prepúcio e polaciúria. (GALVÃO, et.al, 2011). Afecções prostáticas são mais frequentes em cães, quando comparados a felinos ou qualquer outra espécie doméstica. (JERICÓ; NETO; KOGIKA, 2017).
Objetivos: Relatar um caso de prostatite aguda canina. Métodos: Um cão, macho, sem raça definida, vacinado contra raiva, não castrado, com um ano de idade e pesando 20 kg foi encaminhado ao Hospital Veterinário 24 horas pelo seu tutor, pois o mesmo alegava que o animal estava há três dias com um quadro de vômito, não se alimentava, tinha febre, estava agitado, não conseguia sentar ou dormir à noite e sentia dores muito fortes na região inguinal. O tutor também relatou, que o animal defecava com muita dificuldade e havia perdido peso. Durante o exame físico, o médico veterinário constatou que o animal estava com a temperatura retal em 40,0 oC, indicando febre, estava extremamente inquieto, não conseguia sentar e ficava flexionando os membros anteriores e posteriores constantemente. Foi observado durante a palpação, que o cão demonstrava forte dor na região inguinal. O médico veterinário solicitou exames complementares, para auxiliar no diagnóstico. Foi solicitado um hemograma completo e uma ultrassonografia abdominal.
Resultados: O resultado do hemograma mostrou a presença de leucocitose e o restante dos parâmetros mostraram-se dentro dos limites da normalidade. Na ultrassonografia abdominal existia um quadro de discreta esplenomegalia, processo inflamatório na próstata com redução no lúmen da uretra prostática e os demais órgãos estavam preservados. Diante dos resultados, diagnosticou-se prostatite aguda. O tratamento baseou-se no uso de antibiótico Rilexine 600 mg (cefalexina, via oral, bid por 15 dias), antiinflamatório Meticorten 20 mg (prednisona, via oral, bid por 10 dias), antitérmico (dipirona injetável), fluidoterapia com solução fisiológica 0,9%, Plasil (via oral, tid por 5 dias) e suplemento Promun Dog (via oral, sid por 3 dias). O animal recebeu alta médica após dois dias de internação, para continuar o seu tratamento em sua residência. O cão após cinco dias de tratamento, já apresentava uma melhora em seu quadro clínico, não sentia mais febre ou êmese e voltou a se alimentar normalmente. Ao finalizar o tratamento e concluir que o animal estava com um quadro de saúde normal, o médico veterinário realizou a castração para evitar possíveis doenças em seu trato reprodutor.
Discussão: A próstata, assim como as demais glândulas sexuais acessórias, depende do estímulo promovido pela testosterona testicular. A castração é importante para evitar prostatite em cães, pois com a retirada dos testículos ocorre interrupção na produção de testosterona, e com isso, reduz a atividade da glândula, reduzindo assim o risco de desenvolvimento de prostatite e outras patologias prostáticas. (DUKES; REECE, 2017).
Conclusão: Nesse relato, conclui-se que a prostatite aguda canina induziu alterações hematológicas, comprometendo o bem-estar do animal. Nesse contexto, e que a castração é importante para reduzir a atividade prostática e evitar doenças no trato reprodutor.
Referências:
JERICÓ, M.; NETO, J.; KOGIKA, M. Tratado de Medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 1ed., 2017, p.169.
KUMAR, V.; ABBAS, A.; ASTER, J. Patologia Básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 9ed., 2013, p.664.
DUKES, H.; REECE, W. Fisiologia dos animais domésticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 13ed., 2017, p.646-649.
GALVÃO, A. et al. Principais afecções da glândula prostática em cães. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.35, n.4, p.456-466, out./dez. 2011. Disponível em: http://www.cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/v35n4/pag456-466.pdf Acesso em: 18 de maio de 2019.
BRANDÃO, C.V.S. et al. Orquiectomia para a redução do volume prostático. Estudo experimental em cães. Archives of Veterinary Science, v. 11, n. 2, p. 7-9, 2006. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/veterinary/article/view/6751/4834 Acesso em: 20 de maio de 2019.
ALVES, C.E. et al. Abcesso prostático em cães: relato de 15 casos. Semina: Ciências Agrárias, vol. 33, núm. 3, mayo-junio, 2012, pp. 1157-1164. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4457/445744113039.pdf Acesso em: 21 de maio de 2019.
APPARÍCIO, M. et al. Omentalização prostática em cães. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 43, n. 6, p. 754-761, 2006. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/69380 Acesso: 18 de junho de 2019.
VEIGA, C. Cistite e prostatite enfisematosas em cão - relato de caso. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, 34(2):91-95, abr/jun 2012. Disponível em: http://rbmv.org/index.php/BJVM/article/view/695/559 Acesso: 20 de junho de 2019.
SOUZA, F.; TONIOLLO, G.; TRINCA, L. Avaliação do tamanho prostático de cães normais por meio da ultra-sonografia. ARS Veterinária, SP, Vol. 18, nº 3, 204-209, 2002. Disponível em: http://www.arsveterinaria.org.br/arquivo/2002/v.18,%20n.3,%202002/204-209.pdf Acesso: 22 de junho de 2019.
OLIVEIRA, K. et al. Alterações prostáticas de cães adultos necropsiados na escola de veterinária da Universidade Federal de Goiás de maio a julho de 2004. Ciência Animal Brasileira, v. 8, n. 2, p. 267-272, abr./jun. 2007. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/vet/article/view/1351/1407 Acesso em: 25 de junho de 2019.
MUSSEL, C. et al. Métodos de diagnóstico para detecção de prostatopatias caninas.
Ciência Rural, Santa Maria, v.40, n.12 p.2616-2622, dez, 2010 Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/331/33117736022.pdf Acesso em: 10 de julho de 2019.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2019!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VII Encontro de Iniciação à Pesquisa, VII Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e IX Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da Conexão Unifametro 2019 foi “Diversidades tecnológicas e seus impactos sustentáveis”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, reforçando a demanda da sustentabilidade como eixo norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação com uso da tecnologia e seus impactos sustentáveis.
Boa leitura!
Drª. Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2019
As normas para submissão e apresentação de trabalhos foram dispostas neste edital.
Comissão Organizadora
Renata Eugênia de Almeida Duarte (coordenação)
Ailton Pereira da Silva
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
André Macedo de Oliveira
José Jerisvaldo Uchoa Pinto Filho
Maria Nataline da Silva Rocha
Rafael Santana da Silva Azevedo
Rita Maria Lima Rebouças
Sérgio Murilo Costa Ribeiro
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques (Coordenação)
Representações docentes
Ana Carolina de Oliveira e Silva
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Moisés Maia Neto
Patrícia da Silva Taddeo
Pedro Diniz Rebouças
Solange Sousa Pinheiro
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.
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