A RELAÇÃO DE FATORES EMOCIONAIS E HÁBITOS PARAFUNCIONAIS COM A PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E SEUS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA

A RELAÇÃO DE FATORES EMOCIONAIS E HÁBITOS PARAFUNCIONAIS COM A PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E SEUS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA

• Autor
• Marina Amaral Crispim
• Co-autores
• Monalisa Simplício Bezerra , Naruthya Estefania SOARES , Kadidja Claudia Maia e Machado
• Resumo

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  Os hábitos parafuncionais associados à fatores emocionais, como ansiedade, estresse, depressão estão  entre os principais fatores etiológicos relacionados às disfunções temporomandibulares (DTM). A disfunção temporomandbular é caracterizada principalmente por presença de dor na região da face, ruídos nas articulações e limitação dos movimentos considerados funcionais da boca. Para Schwartz (1955) e Laskin (1969), a etiologia primária da DTM é psicogênica, e as alterações oclusais são consideradas secundárias. Para eles, a fadiga muscular seria decorrente de hábitos orais nocivos ao sistema mastigatório induzidos pela tensão emocional.  Bell (1970) também afirmou que o mais importante ativador das DTM não é a desarmonia oclusal, mas sim as tensões emocionais que podem manifestar-se de várias maneiras. Uma delas é o aumento do apertar de dentes, o bruxismo, uma vez que induz à fadiga e ao espasmo muscular. Ocorre, então, um aumento da reação de estresse e da ansiedade do paciente, gerando um círculo vicioso , resultando em hábitos parafuncionais noturnos ou diurnos. O impacto na saúde oral e qualidade de vida do paciente é refletida nas atividades diárias, que envolvam funções básicas como mastigar, falar, deglutir e até o convívio social podem ficar prejudicadas pela presença de dor e/ou limitação de movimentos, tornando a investigação do grau de comprometimento da qualidade de vida de suma importância para profissionais da área de dor. O objetivo desse estudo foi avaliar a associação de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) com hábitos parafuncionais, tensões emocionais e, o seu impacto sobre a qualidade de vida relacionada com a saúde oral. Para a elaboração desse trabalho foi realizada uma pesquisa na base de dados eletrônico de referência (PubMed), Scielo, como combinação de descritores foi utilizado disfunção temporomandibular, hábitos parafuncionais, fatores emocionais, impactos na saúde oral. Como critérios de inclusão foram utilizados estudos, teses, revistas universitárias e artigos na língua portuguesa, publicados desde o ano de 2009. Foram encontrados 101 artigos relacionados ao tema, porém, foram selecionados 48 artigos e 10 que foram lidos e avaliados para inclusão na revisão da literatura. Como critérios de exclusão foi considerado artigos que não abordaram o tema de forma objetiva e sucinta, bem como aqueles que não abordavam apenas a DTM e que não tiveram como objetivo relacioná-la com os hábitos parafuncionais. Como resultado da pesquisa e metodologia realizada, foi possível concluir que a etiologia da DTM, na literatura mundial, é fundamentalmente associada ao estresse e à parafunção, além de que uma das principais causas da dor crônica facial está associada ao estresse emocional, sendo importante ser cauteloso na análise da relação desse fator com a disfunção temporomandibular, considerar que os indivíduos podem reagir de diversas maneiras diferentes quando estão sob estresse. O bruxismo durante o dia e a noite foi o hábito mais prevalente e associado à dor articular seguido da muscular( com acometido maior do músculo masseter). Os outros hábitos estudados não tiveram a mesma associação ou prevalência. Como sintomas e sinais mais comuns relatados pela maioria das pessoas estão dor ao acordar, sensação de cansaço ou pressão, dor ao mastigar, desgastes dentários. Além disso, foi possível identificar que pessoas do sexo feminino são mais acometidas e sofrem com dores e disfunções na articulação temporomandibular. Portanto, diante dos estudos realizados, concluiu-se que as disfunções temporomandibulares são consideradas um significativo problema de saúde pública, afetando uma relativa parcela da população. O quadro clínico de DTM apresenta maior predominância em indivíduos na faixa etária entre 20 e 40 anos e as mulheres ,como já mencionado anteriormente, se encontram em maior prevalência frente ao quadro. Frente às pesquisas, é importante ressaltar também que as desordens temporomandibulares estão, intimamente, relacionadas às parafunções noturnas ou diurnas, como o bruxismo, causadas, muitas vezes, por desordens de origem emocional, além de comprometer a qualidade de vida e a saúde oral dos pacientes, devido ao comprometimento de funções básicas, como falar, deglutir e mastigar.

  Referências

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  Descritores: Disfunção temporomandibular, hábitos parafuncionais, fatores emocionais, impactos na saúde oral.

   

• Palavras-chave
• Disfunção temporomandibular, hábitos parafuncionais, fatores emocionais, impactos na saúde oral
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Doenças Crônicas Não-transmissíveis

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