Este trabalho consiste num Projeto de Pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso, cuja elaboração partiu de uma experiência de trabalho voluntário realizado durante 6 (seis) meses na Casa de Apoio Sol Nascente, entidade voltada aos cuidados e acolhimentos de adultos e crianças que vivem ou convivem com HIV/AIDS. Essa vivência associada aos trabalhos desenvolvidos nas disciplinas do Curso de Serviço Social da Unifametro, suscitou a busca por compreender os impactos da questão social no tratamento do HIV, bem como, o trabalho do (a) Assistente Social naquele espaço, na realização da garantia de direitos dos usuários que buscam o serviço na Política Pública de Saúde.
No período que acompanhei o trabalho do (a) profissional, me instigou o fato de não ser apenas a negação de direito como expressão da questão social que impedia esses usuários de aderir ao tratamento, mas existia algo mais, as próprias condições objetivas e subjetivas de vida tinham implicações na relação saúde/doença, e esse algo mais é o que pretendo pesquisa e que se transformou no presente projeto de pesquisa. Portanto, a proposta apresentada visa compreender os impactos das expressões da questão social na vida dos indivíduos sociais que vivem com HIV/Aids acolhidos na Casa Sol Nascente. HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana causador da AIDS, que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.
A Epidemia do HIV/AIDS é um marco na história da humanidade. Teve sua identificação em meados de 1980, representando assim um fenômeno global, dinâmico e instável. Suas taxas de infecção se elevavam em diferentes regiões do mundo no decorrer dos anos, com o comportamento individual e coletivo como determinantes. Ter HIV não é a mesma coisa de ter AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção, para tanto, é importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Existem muitos estigmas e preconceitos na nossa sociedade em relação às pessoas que vivem com HIV/AIDS, denominados de soropositivos, que acabam cooperado para a não adesão ou a desistência do tratamento. Mesmo sabendo que a doença não faz distinção de qualquer natureza, seja sexual, de raça, gênero ou classe social, a mistificação de que o contágio só acontece em um determinado grupo social (homossexuais), ocasiona o aumento da epidemia do HIV/AIDS até os dias atuais. A exposição e o preconceito são duas das grandes barreiras enfrentadas pelo pessoa que vive com HIV/Aids. Muitas dessas pessoas não contam com o apoio da família e/ou dos amigos, tem aqueles que com receio da reação da sociedade escondem sua sorologia, ou na pior das hipóteses, não aderem ao tratamento.
Segundo o boletim epidemiológico HIV/Aids do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das infecções sexualmente transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde publicado anualmente, de 2007 a 2017 foram notificados no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) 194.217 casos de infecção no Brasil, sendo 30.297 (15,6%) na região Nordeste. Em 2016, na Cidade de Fortaleza, foi realizado um levantamento pela SMS (Secretaria Municipal da Saúde), sendo registrados em torno de 997 casos a cada ano. No Brasil, as pessoas vivendo e convivendo com o HIV/AIDS também são amparadas pela legislação. Em 1989 profissionais da Saúde e membros da sociedade civil criaram com apoio do Ministério da Saúde a Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus do HIV/AIDS. Sendo elas: Sigilo no trabalho e sigilo médico, auxílio-doença e aposentadoria por invalidez e garantia de acesso ao tratamento. Em junho de 2014 foi sancionada a Lei n° 12.984 de Não Discriminação a pessoas vivendo com HIV/AIDS. Esse processo de garantia de direitos a pessoas que vivem HIV/AIDS consiste em importantes conquistas que possibilitam combater as desigualdades e os preconceitos, além de assegurar acessos e proteções as esse público.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2019!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VII Encontro de Iniciação à Pesquisa, VII Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e IX Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da Conexão Unifametro 2019 foi “Diversidades tecnológicas e seus impactos sustentáveis”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, reforçando a demanda da sustentabilidade como eixo norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação com uso da tecnologia e seus impactos sustentáveis.
Boa leitura!
Drª. Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2019
As normas para submissão e apresentação de trabalhos foram dispostas neste edital.
Comissão Organizadora
Renata Eugênia de Almeida Duarte (coordenação)
Ailton Pereira da Silva
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
André Macedo de Oliveira
José Jerisvaldo Uchoa Pinto Filho
Maria Nataline da Silva Rocha
Rafael Santana da Silva Azevedo
Rita Maria Lima Rebouças
Sérgio Murilo Costa Ribeiro
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques (Coordenação)
Representações docentes
Ana Carolina de Oliveira e Silva
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Moisés Maia Neto
Patrícia da Silva Taddeo
Pedro Diniz Rebouças
Solange Sousa Pinheiro
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.