Introdução: A atividade da prostituição é tão antiga quanto a história da humanidade. Pesquisas apontam que desde o Período Primitivo (ROBERTS, 1992), essa atividade já era realizada, porém, sem a negatividade que hoje carrega. Nos primórdios, o papel da prostituta era sagrado e visto como um tradicional ritual de passagem, já na atualidade, com a influência religiosa, quando falamos ou imaginamos sobre prostituição, a figura que vem à mente é de uma mulher vulgar, com roupas provocantes, pobre e que está sempre em lugares conhecidos como pontos de prostituição. Estes estigmas, entretanto, não se prendem apenas à construção dessa imagem, eles ultrapassam o campo imaginativo e atingem a realidade, produzindo efeitos muitas vezes irreparáveis aos que sofrem o julgamento (SAWAIA, 2001). Objetivos: O presente trabalho apresenta uma análise sobre a prostituta feminina e os efeitos psicossociais ocasionados pela exclusão e preconceitos sofridos por quem atua nessa atividade. Métodos: Foi realizada uma pesquisa exploratória de cunho bibliográfico de artigos extraídos da base de dados Scielo e EBSCO Host que abordam sobre o assunto estudado neste trabalho, utilizando as seguintes palavras-chaves: prostituição, estigmas, efeitos psicossociais. Resultados: Os modos de pensar a prostituição muitas vezes criam uma relação entre a falta de dinheiro como justificativa para o desenvolvimento da prática, o que acaba por coloca-las ora em um lugar de vítima, retirando muitas vezes sua autonomia e sexualidade, ora no lugar de “puta”, culpabilizando-a por possíveis violações que possam surgir. Há um processo de invisibilidade e deslegitimação inclusive na participação desta nos espaços representativos, à exemplo dos movimentos sociais, o que fragiliza ainda mais a garantia dos direitos sociais. Até mesmo os movimentos feministas, que seriam uma fonte de apoio para essas mulheres, apresentam divergências quanto a posição diante desta atividade, vê-se perspectivas que ao reconhecer a atividade como uma exploração buscam proibir e criminalizar a prática, bem como as que reconhecem a autonomia da mulher na realização do trabalho sexual e criam uma agenda por direitos trabalhistas, e as vertentes que querem controlar ou higienizar que partem de uma ideia que a prostituição é um mal necessário e que por isso deve ser controlada para diminuir os seus males. Escutar as questões apontadas por elas, sobre suas condições de trabalho, sem colocá-las como vítima, é uma forma de confrontar os conservadorismos e moralismos vigentes e reafirmar a necessidade de avançarmos nos direitos sociais, sexuais e trabalhistas (SILVA; XIMENES, 2017). Conclusão: A leitura dos trabalhos analisados nos mostra que os estigmas sociais podem produzir verdades que trazem consigo, muitas vezes, sentimentos de não pertencimento à sociedade por parte da pessoa julgada, fazendo com que a mesma se exclua do convívio social, deixando, até mesmo, de acessar serviços básicos, como a saúde. Além disso, esse sentimento de exclusão pode provocar problemas emocionais que podem ocasionar sofrimentos psíquicos e intensificar a vulnerabilidade social. Referências: ROBERTS, N. As prostitutas na história (M. Lopes, Trad.) Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos. Obra original publicada em, 1992. SAWAIA, Bader (org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. SILVA, Lorena Brito; XIMENES, Verônica Morais. Notas sobre as implicações psicossociais da violência na baixa prostituição feminina na cidade de Fortaleza/CE. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 176-194, jan. 2017. ISSN 1807-1384 Descritores: Prostituição; Exclusão Social; Problemas Psicossociais.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2019!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VII Encontro de Iniciação à Pesquisa, VII Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e IX Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da Conexão Unifametro 2019 foi “Diversidades tecnológicas e seus impactos sustentáveis”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, reforçando a demanda da sustentabilidade como eixo norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação com uso da tecnologia e seus impactos sustentáveis.
Boa leitura!
Drª. Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2019
As normas para submissão e apresentação de trabalhos foram dispostas neste edital.
Comissão Organizadora
Renata Eugênia de Almeida Duarte (coordenação)
Ailton Pereira da Silva
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
André Macedo de Oliveira
José Jerisvaldo Uchoa Pinto Filho
Maria Nataline da Silva Rocha
Rafael Santana da Silva Azevedo
Rita Maria Lima Rebouças
Sérgio Murilo Costa Ribeiro
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques (Coordenação)
Representações docentes
Ana Carolina de Oliveira e Silva
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Moisés Maia Neto
Patrícia da Silva Taddeo
Pedro Diniz Rebouças
Solange Sousa Pinheiro
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
