Introdução: A expansão do acesso à informação através da popularização do uso da Internet, proporcionou um salto na produção de conteúdos publicados na Web, principalmente na área da saúde. Contudo, embora a internet tenha alto potencial para divulgação de notícias verídicas também acaba sendo um canal de propagação de notícias falsas ou fabricadas, conhecidas popularmente como fake news. Informações equivocadas podem levar a diversos comportamentos e atitudes geradores de risco, seja pela indução ao uso de tecnologias inadequadas, como medicamentos e vacinas, ou pela recusa a tecnologias e medidas de proteção necessárias, ou ainda pela desorganização que provocam nos serviços de saúde. A combinação mais perigosa acontece quando informações e orientações que contrariam o conhecimento científico são difundidas numa situação em que existe algum fato real, como uma epidemia ou uma campanha de saúde pública. Frente ao desafio de ter que lidar com a disseminação de notícias falsas na área da saúde torna-se necessário o desenvolvimento de instrumentos educativos que possam ensinar as pessoas a reconhecer essas notícias sensibilizando-as a não compartilhá-las. Objetivos: Elaborar um jogo educativo que auxilie no reconhecimento de notícias falsas e na identificação dos riscos associados a sua disseminação. Métodos: Trata-se de um relato de experiência da elaboração e aplicação de um jogo educativo. O interesse pela temática surgiu à partir das notícias falsas veiculadas no início do ano de 2019 em grupos de whatsapp sobre a vacina da febre amarela e um áudio-paródia que circulou no período do carnaval como suposta peça publicitária para divulgação de um medicamento para dor do Laboratório Eurofarma. A paródia em questão além de ferir a regulamentação vigente sobre publicidade de medicamentos trazia informações erradas acerca do suposto produto e suas indicações. Dessa forma, os alunos do projeto de extensão Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM-Unifametro), idealizaram a criação do Bloco de Carnaval “Aí CIM: Juntos pelo Uso Racional de Medicamentos” que trabalharia com os alunos do centro universitário sobre “Fake News”. Para elaboração do jogo realizou-se um levantamento de sítios eletrônicos e blogs que trabalham na desconstrução de boatos e notícias falsas na internet. Para ajudar na simulação do jogo foram impressas uma imagem de celular e notícias em cartões que simulavam as mensagens de whatsaap. Os participantes eram então convidados a ler a notícia, classificá-la como verdadeira ou falsa e em seguida eram perguntados se compartilhariam ou não aquela notícia e o porquê. Resultados e Discussão: Foram escolhidas vinte notícias, sendo cinco verdadeiras e quinze falsas. As notícias foram retiradas do sítio eletrônico do Ministério da Saúde “Saúde sem fake news”, que atua nas redes sociais para identificação da origem de supostas notícias que contenham dados falsos e incompletos ou ainda aquelas que não tenham evidências comprovadas ou científicas. Também foram retiradas notícias do sítio eletrônico boatos.org. Ambas fontes de informação foram escolhidas por fazerem análises sobre a veracidade das notícias apresentadas, podendo serem citadas como referências para esclarecimento de dúvidas em relação a veracidade dos fatos apresentados. As notícias escolhidas versavam sobre doenças, medicamentos e vacinas. Foi montado um point do bloco “Aí CIM” em uma das áreas de convivência do Campus Guilherme Rocha, onde os alunos podiam cantar e ouvir paródias de marchinhas de carnaval sobre “Fake News”, tiravam fotos com fantasias e apetrechos carnavalescos e eram convidados para participar do jogo. Para jogar eram convidadas duas pessoas para as quais era apresentada uma notícia que elas tinham que classificar como verdadeira ou falsa. Caso a notícia fosse verdadeira o participante levantaria uma plaquinha com a informação: “Esta notícia é verdadeira, compartilhe!”. Caso a notícia fosse falsa levantaria a plaquinha: “Isto é fake News. Não divulgue!”. Após a classificação da notícia os participantes eram perguntados por que achavam que a notícia era verdadeira ou falsa, se compartilhariam ou não, e em seguida eram orientados com oito passos para identificação de “fake news”: avaliar a fonte, o site, o autor do conteúdo; avaliar a estrutura do texto; prestar atenção na data da publicação; ler mais que só o título e o subtítulo da notícia; pesquisar a notícia em outros sites de conteúdo; verificar se não se trata de site de piadas; só compartilhar a notícia após checar se a informação é correta; e na dúvida, consultar o site Saúde Sem Fake News. Participaram do jogo alunos de graduação dos cursos de farmácia, educação física e alunos do ensino médio. Durante a realização do jogo pode-se perceber a dificuldade dos participantes em reconhecer as notícias falsas, e a maioria confessou que compartilharia aquela notícia por achar ser uma informação verdadeira. Após a apresentação dos passos para identificação das “fake news” os participantes relataram que teriam mais cuidado no momento de compartilhar uma informação em grupos de amigos e parentes. Considerações Finais: A elaboração de materiais educativos e o desenvolvimento de técnicas de educação em saúde que sejam facilitadoras do processo de aprendizagem influencia para o reconhecimento de notícias falsas e contribui positivamente para sensibilizar as pessoas para o risco relacionado com o compartilhamento dessas informações, principalmente as relacionadas à saúde.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2019!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VII Encontro de Iniciação à Pesquisa, VII Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e IX Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da Conexão Unifametro 2019 foi “Diversidades tecnológicas e seus impactos sustentáveis”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, reforçando a demanda da sustentabilidade como eixo norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação com uso da tecnologia e seus impactos sustentáveis.
Boa leitura!
Drª. Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2019
As normas para submissão e apresentação de trabalhos foram dispostas neste edital.
Comissão Organizadora
Renata Eugênia de Almeida Duarte (coordenação)
Ailton Pereira da Silva
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
André Macedo de Oliveira
José Jerisvaldo Uchoa Pinto Filho
Maria Nataline da Silva Rocha
Rafael Santana da Silva Azevedo
Rita Maria Lima Rebouças
Sérgio Murilo Costa Ribeiro
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques (Coordenação)
Representações docentes
Ana Carolina de Oliveira e Silva
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Moisés Maia Neto
Patrícia da Silva Taddeo
Pedro Diniz Rebouças
Solange Sousa Pinheiro
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
