Contribuição da conciliação medicamentosa para segurança do paciente na visão de uma acadêmica de Farmácia: Relato de experiência

Contribuição da conciliação medicamentosa para segurança do paciente na visão de uma acadêmica de Farmácia: Relato de experiência

• Autor
• Louise Paloma Luz Alves
• Co-autores
• Felipe Macário dos Santos Rodrigues , Maria Cleonice Araujo Silva , Paulo Yuri Milen Firmino
• Resumo

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  Introdução: Os erros de medicação estão entre os principais danos evitáveis à saúde de pacientes hospitalizados, podendo ocorrer em todos os níveis de cuidado, desde a prescrição até o momento da administração do medicamento. Reconhecendo este risco, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou em 2017 o terceiro desafio global de segurança do paciente com o tema “Medicação sem danos”, onde o objetivo principal é reduzir em até 50% os danos associados aos erros de medicação. Uma das ferramentas principais para auxiliar na obtenção desta meta é a conciliação medicamentosa, um serviço pelo qual o farmacêutico com colaboração ou não de outros profissionais de saúde elabora uma relação de todo o histórico da farmacoterapia pregressa, assim prevenindo os erros de medicação, como a não prescrição de medicamentos essenciais (omissão). Objetivos: Destacar a importância da conciliação medicamentosa na segurança do paciente hospitalizado e a contribuição desta experiência para a formação profissional de uma acadêmica de Farmácia. Métodos: Trata-se de um relato de experiência referente aos meses de junho à agosto de 2019 relacionado as atividades exercidas pela estagiária no serviço de conciliação medicamentosa de um hospital privado de Fortaleza que atende pacientes de média e alta complexidade. O fluxo desse serviço se inicia na admissão hospitalar do paciente, onde a enfermagem realiza o histórico medicamentoso do paciente, inserindo esses dados no formulário para conciliação medicamentosa disponibilizado no prontuário eletrônico. Após isso, o sistema gera uma lista desses pacientes para o setor de Farmácia Clínica finalizar o processo em até 48 horas da admissão hospitalar. Os farmacêuticos clínicos e a acadêmica, com base nessas informações, analisam a prescrição atual e verificam se todos os medicamentos necessários estão prescritos, afim de identificar possíveis erros de medicação. Quando é detectado alguma discrepância não-intencional, o farmacêutico clínico entra em contato com o médico para resolução das discrepâncias identificadas. Resultados: Durante a análise do registro obtido pela enfermagem, em alguns casos, foram observados diversos problemas, dentre os principais a obtenção de informação incompleta, como dose, posologia, via de administração e a falta de algum medicamento. Por isso, a acadêmica ou o farmacêutico clínico realizam uma nova entrevista com o paciente e/ou acompanhante afim de coletar todos os dados necessários relacionados à farmacoterapia pregressa. Outro problema verificado no momento da admissão é a declaração de que o paciente não faz uso de medicamentos em sua residência, mesmo que ele utilize. Isso pode acontecer pelo fato do paciente não lembrar no momento, ou pela família não ter trago nenhuma receita que comprovasse o uso da medicação. Nestes casos, a acadêmica pede aos familiares para que tragam os receituários médicos recentes para a farmácia realizar o processo de conciliação. Visando a farmacoterapia segura do paciente, durante o mês de junho, julho e agosto foram realizadas pelo serviço de farmácia clínica 28, 49 e 67, respectivamente, intervenções recomendando prescrever medicamentos referentes a discrepância não-intencional de omissão obtidas a partir da análise do farmacêutico clínico e da acadêmica. As intervenções farmacêuticas tiveram boa aceitabilidade pela equipe médica, contribuindo de forma positiva para a segurança do paciente. Conclusão: A experiência vivenciada pela acadêmica de farmácia com a conciliação medicamentosa reforça a importância do farmacêutico como importante atuante na prevenção de erros relacionados aos medicamentos, garantindo a segurança do paciente hospitalizado e na promoção do uso racional de medicamentos. Referências: Conselho Federal de Farmácia (CFF). Serviços Farmacêuticos diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade: contextualização e arcabouço conceitual. Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2016. 200p.  Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP-BRASIL). Desafio Global de Segurança do Paciente: Medicação sem Danos. Disponível em:https://www.ismpbrasil.org/site/wpcontent/uploads/2018/02/ISMP_Brasil_Desafio_Global.pdf . Acesso em 13 de set. 2019. LOMBARDI, N. F. et al. Analysis of the discrepancies identified during medication reconciliation on patient admission in cardiology units: a descriptive study. Revista Latino-americana de Enfermagem, v. 24, n. 2760, p.1-7, 2016.

   

  Descritores: Reconciliação de medicamentos; Erros de medicação; Serviço de farmácia clínica.

   

• Palavras-chave
• Reconciliação de medicamentos; Erros de medicação; Serviço de farmácia clínica.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Farmácia Hospitalar e Clínica

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