Introdução: O uso de resina composta em odontologia tem crescido abruptamente, isso se deve as diversas qualidades estéticas e mecânicas das resinas, porém, para o seu uso adequado, mantendo suas características e para prolongar sua vida útil na cavidade oral do paciente, é necessário um meio limpo, livre de umidade e saliva.
Com o surgimento destes sistemas semi-diretos de restaurações com resina composta (inlay/onlay), tornou-se possível minimizar ainda mais os problemas vinculados à estética e 9 até mesmo eliminar as dificuldades e desvantagens que a técnica direta apresenta na clínica (BARATIERI, 2001).
Objetivo: O objetivo desse trabalho é mostrar que é possível o uso de resina composta em restaurações extensas, nas quais o isolamento absoluto é de difícil realização, mantendo as qualidades mecânicas e estéticas da resina composta, realizando assim restaurações de longa duração.
Metodologia: Foi selecionada uma paciente, sexo feminino, normosistemica, no complexo odontológico da Unifametro, com a necessidade de uma restauração extensa em um dente posterior (45), onde o mesmo possuía uma grande lesão por carie e ja havia sido realizado o tratamento endodôntico no elemento em questão. foi realizada a moldagem com moldeira parcial no dente 45, com alginato, em seguida o modelo foi vazado com silicona leve e pesada, esperou-se o tempo de presa do material. Em seguida foi realizada a restauração indireta no modelo, usando resina composta A2, escolhida previamente usando a escala de cor (Vitta). Após ser feita toda a restauração indireta no modelo, foi realizado um isolamento relativo, com cuidado para deixar a região livre de umidade, aplicou-se cimento resinoso no dente e na restauração, em seguida foi realizada a colação da restauração no dente. Com o foto polimerizado foi polimerizada todas as faces do dente durante 40 segundos.
Imagem da cavidade bucal da paciente, onde é possível visualizar o dente 46 (primeiro molar inferior direito) preparado para receber a restauração.
Imagem da cavidade bucal da paciente antes da cimentação da restauração semi-direta.
Resultados e discussão: Uma semana depois a paciente retornou a clinica para acompanhamento e polimento da restauração, que se encontrava perfeitamente estética, sem infiltrações e com o ajuste oclusal correto, a paciente relatou bastante satisfação com a restauração realizada. É possível observar diversas vantagens do uso da técnica indireta em restaurações de difícil isolamento, pois a estética e anatomia é de mais fácil realização longe de umidades e fora da boca é possível ter uma melhor visibilidade, porém, o profissional deve ter conhecimento de todos os detalhes anatômicos e estéticos dos dentes para sua adequada realização, outra desvantagem é o fato de a resina sobre aumento de tamanho após a polimerização, o que pode dificultar o encaixe da peça no dente, caso isso ocorra o profissional deve desgastar a peça para o correto encaixe, no caso em questão foi necessária a realização de desgaste para o encaixe da restauração, em seguida colou-se a mesma com cimento resinoso, e nas regiões de encaixe aplicou-se a mesma resina composta e realizou-se os ajustes oclusais com auxílio de uma fita de carbono. Na semana seguinte a realização da restauração, foi realizado o polimento da mesma com uso de pontas de silicone.
Imagem da restauração após a cimentação na cavidade bucal.
Imagem da restauração no dente 46 (primeiro molar inferior direito) após a cimentação da restauração com tecnica semi direta.
Considerações finais: O conhecimento da técnica de restauração indireta ainda é pouco difundido entre os estudantes e profissionais de odontologia, o que dificulta a sua realização, porém, é uma técnica com bons resultados, que quando bem realizada economiza tempo e aumenta as qualidade mecânica e estéticas das resinas compostas, prolongando a duração das restaurações e aumentando a satisfação dos pacientes, além de evitar o estresse ao qual o paciente é submetido ao passar longos períodos de boca aberta ou usando isolamento absoluto.
Referências:
Longhi, D. G. K. ONLAY DE RESINA COMPOSTA PELA TÉCNICA SEMI-DIRETA. Faculdade Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, 2013.
Langoni, A. C. et-al. TÉCNICA RESTAURADORE SEMI DIRETA: REVISÃO DE LITERATURA. Revista Psicologia e Saúde em Debate, 4(Suppl1), 99-99. Minas Gerais, 2018.
Rank, R. C. I. C. et-al. TÉCNICA RESTAURADORA SEMI-DIRETA EXTRA-BUCAL DE MOLAR DECÍDUO EM ÚNICA SESSÃO. (ACOMPANHAMENTO CLÍNICO E RADIOGRÁFICO DE 2 ANOS). Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde, Ponta Grossa, 9 (3/4): 15-20, set./dez. 2003.
Monteiro, R. V. et-al. TÉCNICA SEMIDIRETA: ABORDAGEM PRÁTICA E EFICAZ PARA RESTAURAÇÃO EM DENTES POSTERIORES. Revista Ciência Plural. 2017; 3 (1): 12-21.
Rodrigues, P. S. H. AVALIAÇÃO CLÍNICA DE RESTAURAÇÕES CLASSE V RESTAURADAS COM A TÉCNICA DIRETA E SEMIDIRETA. Tese (doutoeado) Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2013.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2019!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VII Encontro de Iniciação à Pesquisa, VII Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e IX Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da Conexão Unifametro 2019 foi “Diversidades tecnológicas e seus impactos sustentáveis”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, reforçando a demanda da sustentabilidade como eixo norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação com uso da tecnologia e seus impactos sustentáveis.
Boa leitura!
Drª. Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2019
As normas para submissão e apresentação de trabalhos foram dispostas neste edital.
Comissão Organizadora
Renata Eugênia de Almeida Duarte (coordenação)
Ailton Pereira da Silva
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
André Macedo de Oliveira
José Jerisvaldo Uchoa Pinto Filho
Maria Nataline da Silva Rocha
Rafael Santana da Silva Azevedo
Rita Maria Lima Rebouças
Sérgio Murilo Costa Ribeiro
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques (Coordenação)
Representações docentes
Ana Carolina de Oliveira e Silva
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Moisés Maia Neto
Patrícia da Silva Taddeo
Pedro Diniz Rebouças
Solange Sousa Pinheiro
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.