Segundo Santos (2004) em 1987 a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), criada pela ONU (Organização das Nações Unidas), divulgou o relatório “Nosso Futuro Comum”, definindo como desenvolvimento sustentável aquele que satisfaz as necessidades das gerações presentes ao mesmo tempo em que permite atender as das gerações futuras. Para Leff (2012) o desenvolvimento sustentável consiste em enxergar o mundo sob novo prisma, buscando a harmonia entre o crescimento econômico e a preservação da natureza, assegurando um meio ambiente equilibrado para a posteridade. Já para Silva e Rodriguez (2011) a sustentabilidade abrange questões ambientais, sociais e econômicas, buscando amenizar as desigualdades sociais e favorecer o acesso igualitário de todos ao equilíbrio ecológico, social e econômico.
Conforme Roos e Becker(2012) são inúmeros os problemas econômicos, sociais e ambientais acarretados pelo modelo de desenvolvimento vigente na atualidade, caracterizado pela violação de princípios fundamentais da sustentabilidade e pela degradação do meio ambiente através da poluição do ar e da água. Para os autores citados urge alterar a forma como o homem explora os recursos naturais, sendo imprescindivel a busca da sustentabilidade, sob pena de perecer a humanidade “soterrada” por seus próprios resíduos.
A problemática que suscitou a elaboração deste trabalho está relacionada ao descarte inadequado de medicamentos. Acerca deste tema a ausência de informações dos consumidores tem acarretado graves prejuízos ao meio ambiente, bem como à saúde da população. Anualmente toneladas de remédios são fabricadas e comercializadas no país, sendo que a maior parte da dosagem dos fármacos permanece sem alteração após sua excreção, sem mencionar os medicamentos vencidos que são descartados de forma irregular, acumulando-se em lixões a céu aberto, dada a falta de aterros sanitários apropriados na grande maioria dos municípios brasileiros, contaminando o solo e as águas, como comprovou uma pesquisa realizada pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Rio de Janeiros (COPPE-UFRJ), a qual verificou que grande parte dos medicamentos é descartada diretamente no esgoto doméstico. Este dado é extremamente preocupante, vez que tais substâncias são resistentes ao processo de tratamento das Estações de Tratamento de Esgoto e permanecem no meio ambiente por longos períodos. (PHARMA, 2012).
Fatta-kassinos et al. (2011) constatou a presença de medicamentos em inúmeras matrizes ambientais, notadamente ecossistemas aquáticos, em concentrações expressivas, capazes de prejudicar o desenvolvimento da flora e fauna local. Tendo em vista a importância cada vez maior das fontes de água para o planeta é de suma relevância a adoção de medidas para reduzir o impacto de poluentes de qualquer natureza sobre estes ambientes, o que evidencia a necessidade de lidar corretamente com o descarte de medicamentos vencidos ou seus resíduos.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2019!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VII Encontro de Iniciação à Pesquisa, VII Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e IX Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da Conexão Unifametro 2019 foi “Diversidades tecnológicas e seus impactos sustentáveis”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, reforçando a demanda da sustentabilidade como eixo norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação com uso da tecnologia e seus impactos sustentáveis.
Boa leitura!
Drª. Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2019
As normas para submissão e apresentação de trabalhos foram dispostas neste edital.
Comissão Organizadora
Renata Eugênia de Almeida Duarte (coordenação)
Ailton Pereira da Silva
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
André Macedo de Oliveira
José Jerisvaldo Uchoa Pinto Filho
Maria Nataline da Silva Rocha
Rafael Santana da Silva Azevedo
Rita Maria Lima Rebouças
Sérgio Murilo Costa Ribeiro
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques (Coordenação)
Representações docentes
Ana Carolina de Oliveira e Silva
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Moisés Maia Neto
Patrícia da Silva Taddeo
Pedro Diniz Rebouças
Solange Sousa Pinheiro
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.