Formação identitária na adolescência

Formação identitária na adolescência

• Autor
• Luane Veras Aragão
• Co-autores
• Sara Lourenço Mota
• Resumo

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  FORMAÇÃO IDENTITÁRIA NA ADOLESCÊNCIA

   

  Introdução: O presente trabalho trata de experiências do estágio básico II, do curso de Psicologia. Relatando sobre intervenções realizadas com um grupo de adolescentes do segundo ano do ensino médio, de uma escola pública do estado do Ceará. Inicialmente foram realizadas observações na escola, visando perceber demandas nas quais poderiam ser trabalhadas durante o estágio. A partir da coleta de informações e observações realizadas, foi proposto para a coordenação da escola, a criação de um grupo no qual seria trabalhado questões relacionadas à construção identitária na adolescência. A partir do discurso dos alunos da escola, foi percebido a necessidade de abordar alguns temas no grupo, como: família, valores pessoais, autoestima e sexualidade.

  Segundo Ferreira, Farias e Silvares (2003) a formação de identidade se dá por influência de razões intrapessoais, que são as capacidades inatas e as características obtidas da personalidade; por razões interpessoais, que são identificações com outras pessoas e também por razões culturais, que são os valores sociais que uma pessoa está submetida. Trabalhar esses processos de identidade proporcionou aos adolescentes conhecer mais sobre quem são e quem estão se tornando, levando em conta a grande importância de sua própria identidade, pois revela sobre o modo de pensar, agir e se comportar de cada indivíduo.

  Carvalho (2012) afirma que, as instituições sociais as quais estamos inseridas apresentam um significado importante no processo de formação de identidade, visto que se constituem no espaço de produção de saberes, experiências, de comunicações, de interrelações. Proporcionar reflexão aos adolescentes sobre os meios que estão inseridos lhes proporciona maior entendimento sobre eles mesmos e sobre o outro.

  Objetivos: Relatar sobre contribuição no processo de formação identitária de adolescentes do ensino médio; explanar sobre a percepção dos adolescentes sobre si mesmos durante as intervenções; discutir sobre relatos de experiências adquiridas durante a vivência de acadêmicas de Psicologia ao longo do estágio supervisionado.

  Métodos: O estudo trata-se de uma pesquisa exploratória, a qual tem por finalidade desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um abiente, e/ou modificar e clarificar conceitos, relata Marconi e Lakatos (2010).

  As intervenções foram realizadas durante o semestre 2018.2, em uma escola pública de ensino médio, localizada em Fortaleza, CE. Foram realizadas intervenções com grupos de alunos do segundo ano do ensino médio, que consistiu em abordar temáticas sobre a formação identitária, onde a proposta das facilitadoras do grupo, foi trabalhar esse tema geral, mas com subtemas diferentes a cada encontro. Utilizando-se de textos, músicas, desenhos e outras ferramentas que envolveriam os adolescentes ao grupo e proporcionasse aos mesmos uma percepção sobre sua identidade, de como os mesmos se vião e como vião o meio em que estavam inseridos, assim como de como são vistos pelo meio, sendo esse meio como a família, os amigos, a escola e também  a sociedade como um todo. Acreditando que a percepção sobre si e sobre o outro tem bastante relevância para a formação e desenvolvimento de indivíduos saudáveis, foi visado proporcinar um ambiente  confortável e acolhedor, onde os participantes pudessem expressar suas ideias, pensamentos e vivências, através de atividades realizadas a cada encontro, com duração média de 1h e 30 minutos, que aconteciam em salas de aulas ou na biblioteca da própria escola, em horários disponibilizado pela coordenação da escola para o grupo, não prejudicando os horários normais de aula do estudantes. Foram realizados seis encontros com dois grupos diferentes, e  as atividades abordadas respectivamente foram: atividade para abordar a percepção dos alunos sobre ser adolescente; sobre percepção de como o adolescente é visto pelo outro; como o adolescente é visto em seu meio familiar; atividades que abordaram sobre valores pessoais; atividades para abordar sobre autoestima e reflexões sobre o ser adolescente em relação a tudo que foi abordado e tudo o que eles mesmos trouxeram em seus discursos.

  Resultados: As discussões realizadas nos encontros trouxeram possibilidades de mostrar como eles enquanto adolescentes são vistos pelas suas relações, os objetivos que visavam a percepção dos seus valores pessoais foi bem proveitoso pois todos se aplicaram bastante na atividade proposta e mesmo após a atividade, os adolescentes relataram sobre o quanto havia sido importante para eles e que tinha possibilitado que enxergassem sobre seus valores pessoais e os ajudado a se perceberem melhor. Em todas as intervenções sempre era enfatizado sobre o ser adolescente, e sempre era deixado momentos para a fala e o discurso dos adolescentes, no último dia do grupo eles puderam relatar como havia sido para eles a experiência dos encontros e os mesmos relataram o quão importante e como eles conseguiram enxergar e pensar sobre coisas que até então eles não haviam percebido.

  Conclusão: Concluímos que foi um trabalho bastante relevante, tanto para as facilitadoras do grupo, enquanto estudantes e estagiárias, como para os adolescentes participantes do grupo, onde puderam ter experiências e reflexões que possibilitassem um crescimento pessoal. Onde foi percebido que trabalhar com os adolescentes foi muito gratificante quando às vezes, os mesmos chegavam ao grupo sem ânimo, mas que no decorrer das atividades acabavam se interessando e geralmente saiam de lá bem mais animados, com outra fisionomia, isso era motivador para as facilitadoras, sendo visto como uma conquista de um trabalho bem feito.

  Por fim, consideramos relevante para a comunidade acadêmica a partilha das vivências, e das atividades realizadas na graduação, afim de visualizarmos experiências que outras pessoas estão vivenciando.

   Referências:

  Ferreira, T; Farias, M; Silvares, E. A construção da identidade em adolescentes: um estudo exploratório – Maringá, v.11, n. 2, p. 427-436, mai/ago. 2006;

  Carvalho, Mauro. A construção das identidades no espaço escolar – Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, V.20, nl, p. 209-227, jan./jun. 2012;

  Lakatos, Eva Maria; Marconi, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia cientifica. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

  Descritores: Adolescência; Identidade; Percepção.

   

• Palavras-chave
• adolescência, identidade, percepção.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Promoção da Saúde e Tecnologias Aplicadas

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