Introdução: Observando a orla marítima do município de Fortaleza, capital do estado do Ceará, onde é possível encontrar lixo, esgotos indo em direção ao mar através da rede de drenagem urbana, ratos e baratas; e com o conhecimento da grande quantidade de praias não balneáveis nessa cidade, principalmente no litoral oeste, fica a indagação referente às causas da poluição hídrica no mar fortalezense. Existem galerias pluviais que escoem líquidos fétidos em dias em que não ocorrem chuvas nas praias de Fortaleza, assim percebe-se que são fontes não pontuais de poluição hídrica, podendo gerar um impacto negativo de maneira significativa na qualidade do ambiente. As praias de Fortaleza são locais que proporcionam o desenvolvimento turístico, lazer, práticas de esportes, alimento e sustento para pescadores e a ocorrência da poluição de suas águas gera a interrupção desses benefícios desse. Este argumento justifica a realização dessa pesquisa ao identificar a contribuição das galerias pluviais na poluição das praias de Fortaleza. Objetivos: Esta pesquisa tem como objetivo geral identificar a contribuição das galerias pluviais como fonte de poluição hídrica nas praias do município de Fortaleza-Ceará e como objetivo específico averiguar relatos sobre poluição marinha a partir de galerias pluviais nos litorais leste, central e oeste do município de Fortaleza. Métodos: Para a realização dessa pesquisa foi feita uma revisão bibliográfica e documental sobre a poluição hídrica e balneabilidade das praias de Fortaleza. Resultados: Há pesquisas com estudos de campo, análises físico-químicas e bacteriológicas da água do mar das praias de Fortaleza, como Praia de Iracema, Praia do Meireles, Praia do Mucuripe, Praia Formosa, Caça e Pesca, Praia do Futuro e Praia da Sabiaguaba. Eles demonstram que um dos principais veículos de contaminação, se não o maior, são as galerias pluviais. As galerias pluviais são tubulações subterrâneas que captam água das chuvas e transportam esta água para lagoas, rios e mar. Em Fortaleza, são observadas ligações clandestinas de esgoto de casas que são conectadas de forma irregular a essas galerias chegando ao mar sem nenhum tratamento, transportando os mais diversos tipos de poluentes. Realidade que vem de muitas décadas, decorrente de uma urbanização realizada de forma não estruturada e de um sistema de saneamento básico ineficiente em alguns bairros de Fortaleza. Nas praias do lado oeste da Ponte Metálica, ponto turístico de Fortaleza, Silva, Silva, Vieira (2014) identificaram concentrações de coliformes totais de até 1.975.000 NMP/100 mL, de coliformes termotolerantes de até 1.020.000 NMP/100 mL e de Escherichia coli de até 92.269 NMP/100 mL, sendo que a Resolução CONAMA 274/2000 estabele o limite de concentração para os parâmetros bacteriológicos anteriores para classificar uma praia como balneável em 1000 NMP/100 mL. Destaca-se que nessa pesquisa apenas um ponto de coleta de amostra de água conseguiu ter concentração de Coliformes termotolerantes e Escherichia coli abaixo de 1000 NMP/100 mL, todos os outros 5 pontos foram acima. No litoral leste, a Praia do Futuro se caracteriza por ser em média uma praia balneável, mesmo tendo galerias pluviais que se apresentam como fontes de poluição por terem efluentes domésticos e pela existem da foz do rio Cocó, rio que dado a sua poluição carreia impurezas ao mar. A realidade da praia do Farol é bem diferente das outras praias do litoral leste. No seu entorno se constituiu um processo de urbanização altamente desestruturado, com casas construídas de forma irregular e sistema de esgoto precário, ocorrendo liberação de esgoto não tratado no mar. No litoral central localiza-se a Praia do Meireles onde também há o deságue de galerias pluviais ligadas diretamente ao mar que se caracterizam por serem fontes de poluição de origem fecal, conforme pesquisas que analisaram suas composições bacteriológicas. Conclusão/Considerações finais: Portanto, verifica-se que as galerias pluviais da rede de drenagem urbana são fontes de poluição hídrica não pontuais nas praias de Fortaleza, principalmente nas praias do litoral oeste onde a falta de balneabilidade ocorre durante todos os meses do ano. Assim, é necessária a realização de ações que revertam essa realidade, como o reparo de ligações clandestinas de esgotos nas galerias pluviais; o monitoramento das praias e fiscalização de ações geradoras de poluição hídrica; educação ambiental de porta em porta e nas praias a fim de contribuir para que as pessoas tenham consciência da necessidade e dos benefícios da conservação e preservação do meio ambiente; e aplicação de multas às pessoas responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto e de outras ações de degradação ambiental.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2020!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VIII Encontro de Iniciação à Pesquisa, VIII Encontro de Monitoria e Iniciação Científica, X Encontro de Pós-graduação e I Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. A Conexão Unifametro 2020 teve como tema Virtualize-se, trazendo o convite ao olhar das potencialidades que esse novo mundo nos apresenta, o que se reflete na produção científica compartilhada em nossos Encontros Científicos.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima CONEXÃO.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2020
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas neste link.
Comissão Organizadora
Unifametro
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
Thalita Rodrigues
Juliana Pereira Pessoa
Denise Moreira Lima Lobo
Pedro Henrique Teixeira Cruz
Rita Maria Lima Rebouças
Pedro Convertte
Douglas Joca Paiva
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques - Coordenação de Pesquisa e Monitoria
CURSO REPRESENTAÇÃO
Administração – Fortaleza Cristiane Madeiro Araújo
Administração - Maracanaú Ana Carla Cavalcante das Chagas
Análise e Desenvolvimento de Sistemas Marcondes Josino Alexandre
Arquitetura e Urbanismo Simone Menezes Mendes
Ciências Contábeis Allan Pinheiro Holanda
Direito Rogério da Silva e Souza
Educação Física Raíssa Fortes Pires Cunha
Enfermagem - Fortaleza Antônio Adriano Rocha Nogueira
Enfermagem – Maracanaú Renato Carneiro da Silva
Engenharia Civil/ Engenharia de Produção - Fortaleza Eliezer Fares Abdala Neto
Engenharia de Produção - Maracanaú Karol Wojtila Chaves Lima
Estética e Cosmética Solange Sousa Pinheiro
Farmácia Felipe Rodrigues Magalhães
Fisioterapia Denise Moreira Lima Lobo
Gastronomia Larissa Pereira Aguiar
Gestão (Tecnólogos) Ana Carla Cavalcante das Chagas
Medicina Veterinária Ana Karine Rocha de Melo Leite
Nutrição Leonardo Furtado de Oliveira
Odontologia Pedro Diniz Rebouças
Pedagogia Webster Guerreiro Belmino
Psicologia Olivia Lima Guerreiro de Alencar
Serviço Social Evania Maria Oliveira Severiano
Sistemas de Informação Marcondes Josino Alexandre
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Devido a pandemia, seguimos com agendamento de atendimento presencial ou via Meet.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.