A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA E SEU APOIO AO PACIENTE ACOMETIDO PELO CÂNCER

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA E SEU APOIO AO PACIENTE ACOMETIDO PELO CÂNCER

• Autor
• Elisângela Regina da Silva Pimentel
• Co-autores
• Sara Carlos da Silva , Valdir de Aquino Lemos , Luís Sérgio Sardinha
• Resumo

• Introdução: Na família o indivíduo começa suas relações afetivas, gera vínculos e internaliza valores. No cenário atual da saúde a família vem sendo cada vez mais responsável pelo apoio emocional e físico aos familiares com câncer. O câncer tem implicações psicossociais significativas, relacionadas ao impacto da doença e em seu tratamento em diversas dimensões, bem como nas dimensões das relações interpessoais e sociais. Essas implicações tanto para os pacientes quanto para suas famílias são de suma importância na oncologia (GIRGIS et al, 2013). Por meio do cotidiano vivido durante o tratamento de um familiar acometido pelo câncer, a família passa a ser agregada dentro de um mundo desconhecido e que causa medo, diferente do qual ela está acostumada, que é o mundo da doença. Tendem a sofrerem de maneira semelhante às conseqüências diretas que a doença de seu familiar produz, dessa forma, os familiares também exercem uma relevante influência no tratamento do câncer desse paciente (FERREIRA et al, 2010). Por conseguinte, escolher alguém da família que possa cuidar da pessoa acometida pelo câncer é uma tarefa difícil, exige uma reorganização familiar e muitas vezes o cuidador precisa ser alguém próximo do paciente, que tenha um bom relacionamento com ele e compreenda seu papel nessa função, bem como em muitas situações, faz-se necessário dedicação exclusiva ao familiar internado. Sendo assim, cada família tem seu modo peculiar de lidar com os desafios postos a eles na condição de cuidadores e que tem um papel importante durante o tratamento podendo ter influência positivas significativas para que o seu familiar tenha êxito em sua reabilitação (ABREU, 2019). Dessa forma, a adaptação da família torna-se essencial, uma vez que esta observa o estado de saúde/doença de seus familiares, auxilia na tomada de decisões, acompanha, analisa, busca orientações que o capacite a cuidar e se fazer presença junto ao seu familiar aprimorando seus conhecimentos (SOUZA, GOMES, BARROS, 2009). Deste modo, admite-se que as relações familiares são partes constituintes das redes de apoio social, seu envolvimento no plano terapêutico contribui para fortalecer vínculos e trocas de saberes, auxilia na melhoria da qualidade de vida e permite que esses consigam enfrentar tal situação (ALMEIDA, 2018). Objetivos: O objetivo deste estudo foi descrever e discutir a importância do apoio familiar ao paciente acometido pelo câncer. Métodos: Para esse estudo foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, sendo utilizados 169 artigos e 28 livros, num total de 197 publicações consultadas, pesquisados nas bases de dados Bireme, Google Acadêmico, Lilacs, Pepsic, Pubmed e Scielo, publicados entre 1990 a 2019. Resultados: Os principais resultados apontam que a família tem papel fundamental para dar apoio ao familiar adoecido, em razão das inúmeras modificações causadas pelo câncer, contribuindo para a construção de novas formas de enfrentamento, melhora da autoestima e a possibilidade da reinserção social (CETOLIN et al, 2013). No contexto das diversas formas de comunicação interpessoal, a companhia do familiar pode ser considerada uma maneira figurativa do cuidado, por meio do contato não verbal com o ente querido em tratamento, pois o simples estar junto contribui significativamente para reduzir a solidão do doente e o medo de estar sozinho. Essa presença constante do cuidador também aproxima a relação de ambos e exprime no paciente a sensação de amparo (FERNANDES, 2013). Por fim, como a família enfrentará esta situação, dependerá da sua estrutura, dos tipos de relações desenvolvidas, da natureza individual, bem como, da flexibilidade entre seus integrantes e do papel do doente nesse contexto (CARTER; MCGOLDRICK, 2001). Conclusão: Pode-se concluir que os familiares de pessoas acometidas pelo câncer apresentam flexibilidade para mudanças de papéis, a fim de cumprirem as tarefas que eram esperadas, em especial as de fornecer apoio e proteção a seus membros. Esse fato aponta para uma estrutura familiar saudável, onde os membros da família são capazes de mudar para enfrentar as dificuldades e os desafios inerentes à doença e tratamento, o que contribui positivamente para o sentimento de pertença a esse núcleo familiar. As famílias criam novas regras, papéis e hábitos para se adaptarem à nova realidade e garantir uma melhor qualidade de vida a seus familiares acometidos pelo câncer. Dessa forma, a assistência dada ao paciente oncológico pela sua família o motiva e melhora a adesão ao tratamento, na adaptação psicossocial, nos recursos psíquicos de enfrentamento e pode gerar uma melhora geral aos pacientes. 

   

   

   

   

   

• Palavras-chave
• Câncer, tratamento, relacionamento familiar.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Doenças Crônicas Não-transmissíveis

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