O USO DO RESVERATROL PODE TER EFEITO BENÉFICO NO TRATAMENTO DA PERIODONTITE?

O USO DO RESVERATROL PODE TER EFEITO BENÉFICO NO TRATAMENTO DA PERIODONTITE?

• Autor
• Larissa Lara de Sousa Avelino
• Co-autores
• Amanda Sampaio Freitas , Debora Aguiar Silva , Mikaelly Arianne Carneiro Leite , Camila Pinheiro Pereira , Alane Nogueira Bezerra
• Resumo

• Introdução: Polifenóis tem propriedades conhecidamente antioxidantes, com destaque para o resveratrol tendo a uva e o vinho como fontes mais pertinentes1.  Dentre seus benefícios conhecidos, destaque-se seu efeito anti-inflamatório, além de ter atividade cardio e neuroprotetora por sua ação antioxidante2. A periodontite é uma doença inflamatória crônica e infecciosa com ativação de respostas imune3. Diante disso, estudos investigam a possível relação entre a capacidade de o resveratrol diminuir expressão inflamatória decorrente da periodontite4. Objetivos: Realizar uma revisão sobre os possíveis efeitos benéficos da utilização do resveratrol na periodontite. Métodos: A pesquisa teve como base de dados o Pubmed, Lilacs e SciELO. Foram selecionados somente artigos publicados nos últimos 10 anos (2010-2020), em inglês e português.  Foram utilizadas na pesquisa as palavras-chave: Periodontite (Periodontitis) e Resveratrol (Resveratrol) pesquisados em março e outubro de 2020. Não foram inclusos na pesquisa estudos experimentais in vitro, nem revisões de literatura. Resultados: Estudos mostram que utilização do resveratrol expressa efeito positivo no tratamento da periodontite, como Tamaki et al. (2014)5 em seu estudo demonstrou que a ingestão oral do resveratrol (1,2 mg) e derivados como o melinjo resveratrol (10 mg/kg) em animais com periodontite pôde conter a progressão da doença, aumentou as vias de defesa promovendo ação antioxidante, assim como melhorou o estresse oxidativo e inibiu vias de inflamação em tecidos gengival inflamados. A administração diária de resveratrol (10 mg/kg) mostrou níveis diminuídos de citocinas pró-inflamatórias (interleucina-4 e interferon-?) no tecido gengival de ratos com periodontite em relação ao grupo tratado com placebo, assim como a associação entre resveratrol (10 mg/kg) e curcumina (100 mg / kg) também demonstrou resultados benéficos6. Já Casati et al. (2013)7 em seu estudo com animais randomizados em grupos placebo e administração de resveratrol (10 mg/kg) por 11 dias, mostrou efeito na redução de citocinas pró-inflamatórias (IL-17) em tecidos com periodontite, assim como apresentou efeito benéfico contra a perda óssea alveolar. Observou-se que um grupo de animais com periodontite diabética tratados com resveratrol (20 mg/kg) diariamente por 4 semanas demonstrou diminuição na expressão de citocinas pró-inflamatórias (L-1?, IL-6, IL-8 e TNF-?) no tecido gengival e diminuição da perda óssea alveolar associada à periodontite8. Em contrapartida, estudos com humanos, como o de Javid et al. (2017)9, em seu ensaio clínico duplo-cego com 43 participantes acometidos com diabetes mellitus que apresentavam periodontite crônica, divididos em grupo intervenção e controle que receberam 480mg/dia de resveratrol ou cápsulas de placebo (2 comprimidos) durante 4 semanas, observou-se que a suplementação dessa substância melhorou o estado periodontal, como também, a resistência à insulina. Identificam-se os efeitos benéficos e múltiplos do resveratrol possivelmente associados a sua capacidade antioxidante. Conclusão/Considerações finais: Diante dos estudos, verifica-se o benefício do uso do resveratrol no tratamento da periodontite, apresentando melhoria na inflamação tecidual gengival e na perda óssea alveolar presentes na periodontite, demonstrando um possível uso do resveratrol como terapia nas patologias periodontais. Apesar disso, mostram-se necessárias mais pesquisas com seres humanos na investigação do uso terapêutico com o resveratrol.

• Palavras-chave
• Resveratrol; Periodontite; Inflamação.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Alimentos, nutrição e saúde

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