Introdução: Há pouco mais de duzentos anos, o homem conseguiu comprovar teoricamente a existência do átomo. Nos dias de hoje, já é possível criar ferramentas que nós usamos no dia-a-dia, como os modernos chipsets de computador, que são quase tão pequenas quanto essas partículas que são o pilar da matéria. Esse é o ramo do conhecimento denominado nanociência, e dele parte a nanotecnologia, que de acordo com Melo e Pimenta (2010) podem ser definidos como o “estudo e às aplicações tecnológicas de objetos e dispositivos que tenham ao menos uma de suas dimensões físicas menor que, ou da ordem de, algumas dezenas de nanômetros.” (p. 9). Dentre os ramos da nanotecnologia, um dos mais promissores e que gera mais curiosidade e expectativa é a nanorobótica, que como o nome implica, tem como o objetivo a criação e controle de robôs nesta escala quântica. Dentre as áreas de aplicabilidade da nanorobótica, uma das que há mais expectativa é a da saúde, que será a o tema discutido neste artigo, tendo em vista que para os anos que virão, a prevenção e o combate a doenças terá provavelmente um papel importante na sociedade, em especial quando analisamos os impactos globais que a pandemia da Covid-19 vem acarretando. Objetivos: O objetivo geral deste trabalho é mostrar como a nanorobótica pode auxiliar futuramente no combate e prevenção de doenças. Como objetivos específicos, temos o intuito de entender melhor como funciona a nanorobótica; analisar outras áreas que ela pode ser empregada; debater a importância e os usos da nanotecnologia e como ela está presente no nosso dia-a-dia. Métodos: A pesquisa realizada para a elaboração deste trabalho foi de caráter exploratório, com os autores buscando compreender e se aprofundar no tema escolhido. Para isso, foram utilizados artigos acadêmicos encontrados no Google Acadêmico, bem como no Portal de Periódicos da CAPES, além da consulta em sites especializados nas temáticas. O enfoque foi em pesquisas qualitativas, com intuito de levar ao entendimento acerca da nanotecnologia e a nanorobótica, bem como está a situação destas em relação a área da saúde. Resultados: O fato de a nanotecnologia ser já parte do nosso dia-a-dia não é segredo para ninguém. A principal área de uso desta tecnologia a nível quântico é a chamada nanoeletrônica. Uma série de dispositivos eletrônico na atualidade, como chips, transistores e processadores são construídos com partículas de medidas nanométricas, principalmente as que são baseadas em placas de silício (Melo e Pimenta, 2010). Porém, a área que desperta mais interesse tendo em vista as inúmeras possibilidades que o seu domínio e aperfeiçoação poderão oferecer a humidade é a nanorobótica, que consiste no “design, fabricação e programação de robôs, com dimensões geralmente na casa dos submícrons e na manipulação de objetos na escala dos nanômetros com robôs macro ou microscópicos” (Requicha, 2003, tradução do autor). Uma das áreas que a nanorobótica pode auxiliar é o monitoramento do meio ambiente, como por exemplo no controle de poluição de rios, por exemplo. No entanto, a área que desperta mais interesse e expectativa é o uso desses pequenos robôs na medicina. Desde os primórdios, a humanidade sempre sofreu com doenças. Apesar do grande avanço da medicina nos últimos séculos, muitas enfermidades ainda continuam sendo um desafio para os pesquisadores, o câncer como o principal exemplo. Pelo fato de os nanorobôs serem em tamanho equivalentes às células, Requicha (2003) expõe as possibilidades destes dispotivos, como uma utilidade de patrulha de alguns sistemas do corpo humano, como o circulatório, com o intuito de identificar e eliminar entes causadores de patologias. Isso resultaria na possibilidade de termos um sistema imunológico programado tecnologicamente, o que mudaria os esforços de tratamento para prevenção. O autor ainda afirma que seria possível que, dependendo do tamanho dos nanorobôs, poderíamos até mesmo reparar células. São prognósticos incríveis, o que faz pensarmos até mesmo em nanorobôs que invadissem e destruíssem células cancerígenas. Com o cenário da pandemia da Covid-19, podemos mencionar o estudo de Cavalcanti et al., que discorre dos usos desses nanodispotivos em cenários pandêmicos, mencionando até mesmo o já conhecido naquele ano, o vírus SARS. Através destes dispositivos, poderíamos colher dados em tempo real, monitorias casos, e entender melhor como os vírus funcionam. Apesar desse cenário positivo e deslumbrante, alguns atores pregam que a nanorobótica ainda está longe de ser realidade, e apontam vários problemas. Kostarelos (2010) indica três dos principais obstáculos: o energizamento desses dispositivos, que precisariam de grande quantidade de energia para funcionar, pois iriam atuar em meios onde as propriedades da matéria funcionam de maneira diferente, dificultando a locomoção; tecnologias de comunicação para realizar ações, que requerem técnicas ainda não possíveis; e, por fim, a segurança da própria pessoa, onde os dispositivos teriam que ser feitos de componentes não tóxicos e de fácil expelição pelo organismo. Muitos ainda discutem sobre a possibilidade de tais métodos serem utilizados para disputas e possíveis guerras, com nanorobôs invadindo sistemas e até mesmo inimigos. Conclusão/Considerações finais: As possibilidades são muitas, e os desafios também. A nanotecnologia já é uma realidade, porém sua subdivisão robótica ainda dá os primeiros passos. É um ramo que vale muito a pena ser estudado e abordado, tanto por profissionais da área das tecnologias, como pelos médicos cientistas. Um futuro onde a humanidade possa controlar as doenças, evitando perdas e prejuízos é um grande combustível para dedicar tempo e investimentos. Porém, as consequências éticas devem ser levadas em conta, e nesse aspecto precisamos avançar mais.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2020!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VIII Encontro de Iniciação à Pesquisa, VIII Encontro de Monitoria e Iniciação Científica, X Encontro de Pós-graduação e I Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. A Conexão Unifametro 2020 teve como tema Virtualize-se, trazendo o convite ao olhar das potencialidades que esse novo mundo nos apresenta, o que se reflete na produção científica compartilhada em nossos Encontros Científicos.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima CONEXÃO.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2020
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas neste link.
Comissão Organizadora
Unifametro
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques
Thalita Rodrigues
Juliana Pereira Pessoa
Denise Moreira Lima Lobo
Pedro Henrique Teixeira Cruz
Rita Maria Lima Rebouças
Pedro Convertte
Douglas Joca Paiva
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Ana Cileia Pinto Teixeira Henriques - Coordenação de Pesquisa e Monitoria
CURSO REPRESENTAÇÃO
Administração – Fortaleza Cristiane Madeiro Araújo
Administração - Maracanaú Ana Carla Cavalcante das Chagas
Análise e Desenvolvimento de Sistemas Marcondes Josino Alexandre
Arquitetura e Urbanismo Simone Menezes Mendes
Ciências Contábeis Allan Pinheiro Holanda
Direito Rogério da Silva e Souza
Educação Física Raíssa Fortes Pires Cunha
Enfermagem - Fortaleza Antônio Adriano Rocha Nogueira
Enfermagem – Maracanaú Renato Carneiro da Silva
Engenharia Civil/ Engenharia de Produção - Fortaleza Eliezer Fares Abdala Neto
Engenharia de Produção - Maracanaú Karol Wojtila Chaves Lima
Estética e Cosmética Solange Sousa Pinheiro
Farmácia Felipe Rodrigues Magalhães
Fisioterapia Denise Moreira Lima Lobo
Gastronomia Larissa Pereira Aguiar
Gestão (Tecnólogos) Ana Carla Cavalcante das Chagas
Medicina Veterinária Ana Karine Rocha de Melo Leite
Nutrição Leonardo Furtado de Oliveira
Odontologia Pedro Diniz Rebouças
Pedagogia Webster Guerreiro Belmino
Psicologia Olivia Lima Guerreiro de Alencar
Serviço Social Evania Maria Oliveira Severiano
Sistemas de Informação Marcondes Josino Alexandre
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Devido a pandemia, seguimos com agendamento de atendimento presencial ou via Meet.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.