EFEITOS DOS PROBIÓTICOS NO PRÉ-TRATAMENTO E TRATAMENTO DA MUCOSITE INTESTINAL

EFEITOS DOS PROBIÓTICOS NO PRÉ-TRATAMENTO E TRATAMENTO DA MUCOSITE INTESTINAL

• Autor
• Lailton Oliveira da Silva
• Co-autores
• Giselle Lessa Costa , Mikaelly Arianne Carneiro Leite , Emanuele Barros Domingos Vasconcelos , Camila Pinheiro Pereira , Alane Nogueira Bezerra
• Resumo

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  Introdução: A terapia anti-neoplásica com quimioterápicos é uma das formas de tratamento do cancer, as drogas utilizadas retardam ou inibem o crescimento de células tumorais. No entanto, o tratamento pode apresentar reações adversas, entre elas a mucosite, inflamação que atinge o Trato Gastrointestinal (OLIVEIRA, 2009).  A inflamação da mucosa intestinal se dá devido a rápida proliferação das células da mucosa do sistema digestório, e tornam-se especialmente vulneráveis à quimioterapia. Os sintomas mais encontrados incluem náuseas, dor abdominal, vômitos e, que podem surgir de imediato ou até vários dias após o tratamento, impactando no estado nutricional pelo comprometimento da absorção de nutrientes (DENIPOTE; TRINDADE; BURINI, 2010). Objetivo: Revisar sobre uso dos probióticos como coadjuvantes no pré-tratamento e no tratamento da mucosite intestinal por meio de uma revisão de literatura. Métodos: Utilizou-se a revisão de literatura para identificar, selecionar e avaliar criticamente as pesquisas consideradas relevantes, resumindo evidências associadas à eficácia e segurança das intervenções. A busca dos artigos foi realizada nas bases eletrônicas Medline, Lilacs e Scielo com as palavras-chaves: “mucosite intestinal”, "probióticos“, “microbiota” publicados de 2008 a 2018. Os critérios de inclusão foram estudos que usaram probióticos para resposta da mucosite na terapêutica em humanos e experimentais em animais. Foram excluídos os artigos que não apresentavam a resposta à terapêutica clínica e probióticos não referenciados para emprego clínico.  Resultados: O uso de probióticos foi capaz de substituir a limpeza colônica pré-cirúrgica tradicional, auxiliando no aumento de fibrinogênio (fator ligado às cascatas de coagulação), na elevação de interleucina 6 (IL-6) associada à resposta inflamatória, além de diminuir o tempo de interação nos pacientes que utilizaram apenas prebióticos isolados (THOMSEN; CLARKE; VITETTA, 2018). Dados compilados em estudo para avaliar o uso pré-operatório de probióticos e simbióticos em pacientes submetidos à cirurgia do Câncer Colorretal, sugerem uma redução nas infecções pós-operatórias aliadas à diminuição da morbidade, tempo de terapia antibiótica e tempo de internação hospitalar. Estas e outras observações sobre as mudanças na microbiota levaram ao conceito de administração de probióticos como uma intervenção adjuvante para a redução dos efeitos colaterais da quimio-radioterapia, como, náuseas, vômito, mucosite, dentre outros nutrientes (DENIPOTE; TRINDADE; BURINI, 2010). Logo, as bactérias probióticas encorajam o corte da microbiota intestinal a restaurar a homeostase local no eixo epitélio-macrófago intestinal prevenindo a translocação assistida por macrófagos de patógenos e / ou antígenos, que são conhecidos por promover efeitos adversos como mucosite que precedem um intestino permeável (ICHIM; KESARI; SHAFER, 2018). Conclusão: A administração de probióticos para mucosite intestinal é biologicamente plausível e mostra-se promissora no tratamento com quimioterapia e/ou radiação. Os probióticos podem ser administrados para prevenir alterações induzidas pelo tratamento ou podem ser usados ??como um adjuvante que estimula especificamente efeitos fisiológicos benéficos significativos através da modulação intestinal. Assim, a administração de probióticos pode ter como alvo a prevenção ou tratamento da mucosite intestinal induzida por quimio-radioterapia.

   

• Palavras-chave
• Mucosite Intestinal, Probióticos, Microbiota.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Alimentos, nutrição e saúde

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