PRINCIPAIS ZOONOSES EM RÉPTEIS CRIADOS COMO PETS

PRINCIPAIS ZOONOSES EM RÉPTEIS CRIADOS COMO PETS

• Autor
• Renan Carlos De Souza Lima
• Co-autores
• Wládia Patricia Cavalcante Cunha , Giovanna Cândido Carvalho Lima , Renata Tempski Fiedler , Bárbara Mara Bandeira Santos
• Resumo

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  Introdução: Os pets não-convencionais possuem grande papel no crescimento do mercado brasileiro de animais de estimação, entre estes, destacam-se os répteis. Segundo dados coletados pelo IBGE e atualizados pela inteligência comercial do Instituto Pet Brasil, esses animais registram um crescimento anual de 5,7%, totalizando cerca de 2,3 milhões presentes em lares brasileiros. Entre as principais espécies de répteis criados como animais de estimação, temos: Tupinambis merianae (teiú) e Iguana iguana (iguana) como os representantes da ordem Sauria, os Chelonoidis carbonaria (jabuti-piranga) e Trachemys dorbigni (tigre d’água) entre os Testudines e Epicrates crassus (jiboia arco-íris) e Boa constrictor (jiboia-constritora) como espécies silvestres de serpentes permitidas como pet. Esse crescente interesse na aquisição de répteis, no geral, facilita a disseminação de agentes infecciosos e parasitários com potencial zoonótico de transmissão para o ser humano. Objetivos: O objetivo do presente trabalho é relatar quais são as principais doenças com potencial zoonótico encontradas em répteis criados como pet. Métodos: Para realização desta revisão bibliográfica, foi feita uma busca em plataformas acadêmicas, por estudos (avaliações de ocorrência e relatos de casos) com as seguintes palavras chaves: Zoonosis, Reptiles, Pet. Os relatos obtidos foram compilados por: (1) ano de publicação; (2) zoonose; (3) espécie de réptil; (4) área de amostragem. Um total de 22 artigos acadêmicos sobre o assunto foram consultados a partir do ano de 1972 a 2017. Resultados: Os principais patógenos zoonóticos de interesse foram: Salmonella spp. (28,57%), Cryptosporidium spp. (20%), Mycobacterium spp. (11,42%), seguidos por Toxoplasma gondii, Rickettsia honei, Aeromonas spp. e Pseudomonas spp. de semelhante prevalência (5,71%) e, por fim, Pentastomídeos, Aspergillus spp., Candida spp, Cryptococcus spp., Pichia spp. e Chlamydia spp. com a menor prevalência de 2,85% cada espécie. Em território nacional foram encontrados trabalhos que relatavam apenas Salmonella spp., Cryptosporidium spp., Toxoplasma gondii e Pentastomídeos. A Salmonelose se destaca como a principal zoonose transmitida por répteis tanto no Brasil, quanto no restante do mundo e, quando transmitida para o homem, este pode apresentar febre tifoide e gastroenterites. Répteis com salmonelose costumam ser assintomáticos, o que exige uma atenção maior do tutor para profilaxia e controle. O Cryptosporidium spp. assim como a Salmonella spp., causa gastroenterites em humanos contaminados, e em répteis, pode levar a quadros de caquexia e regurgitação. A Mycobacterium spp também teve uma grande prevalência entre as zoonoses e, seres humanos e répteis, quando infectados, podem apresentar lesões granulomatosas no local da infecção. Vale ressaltar que a principal forma de contágio do homem com zoonoses oriundas de répteis é durante o manejo e contato próximo com o animal. Devendo-se tomar cuidado para o uso de luvas e higienização das mãos. Conclusão/Considerações finais: Portanto, conclui-se que levar répteis criados como pets para avaliações de rotina por um médico veterinário especializado pode prevenir ou detectar possíveis patógenos de potencial zoonótico e combatê-los antes de haver transmissão. Além disso, enfatiza-se que é de extrema importância tomar medidas de higiene durante e após qualquer contato com répteis pet.

• Palavras-chave
• Répteis; Saúde pública; Pets não-convencionais
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Bem-estar animal, medicina veterinária preventiva e saúde pública veterinária

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