OS RISCOS DO SUICÍDIO NA PSICOSE PUERPERAL NO AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA DISCENTE DO CURSO DE ENFERMAGEM

OS RISCOS DO SUICÍDIO NA PSICOSE PUERPERAL NO AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA DISCENTE DO CURSO DE ENFERMAGEM

• Autor
• Juliana Pinheiro Freire Lima
• Co-autores
• Alícia da Costa Pereira , Diana Ross Ferreira , Carlos Manta Pinto de Araújo Junior , Ricardo Ângelo de Andrade Souza
• Resumo

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  Introdução: A psicose puerperal, também conhecida por psicose pós-parto, é uma forma de Transtorno Psicótico Breve, assim classificado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), em sua quinta edição. Apresenta-se normalmente com delírios, alucinações e estado confusional, podendo haver sintomas associados à depressão, mania ou ambos. Os delírios ou comportamento desorganizado envolvem o filho, com o apelo de lhes causar dano. Por tanto se caracteriza como um adoecimento emocional, que os sintomas iniciam depois do parto. A psicose puerperal é um quadro clínico psiquiátrico tido como grave e em grande parte tendo tratamento hospitalizado, representa riscos para a paciente e para as pessoas ao redor, em especial ao recém-nascido. Acomete mulheres logo após o parto, ao longo das duas semanas após puerpério. Normalmente atinge uma ou duas a cada mil mulheres. Os fatores que pré-dispõe a psicose puerperal podem ser variados, histórico na família, cirurgias cesarianas, medicações ou a presença de transtornos psicológicos. Normalmente o tratamento se dá com acompanhamento psiquiátrico com intervenção medicamentosa e psicoterapia. Objetivos: Deste modo o objetivo deste resumo é relatar uma experiência de uma acadêmica de enfermagem durante o estágio da cadeira de Ensino Clínico Em Saúde da Mulher, realizado na maternidade de um hospital de grande porte em fortaleza, encontramos o caso de uma paciente que havia sido transferida e encontrava-se com diagnóstico de psicose puerperal.Métodos: A paciente encontrava-se internada há algumas semanas. A transferência ocorreu devido a acontecimentos ocorridos após a cesariana, onde a paciente desenvolveu um quadro de psicose, está relatava sentir  medo continuamente, assustada, inclusive tinha ideação de que alguns profissionais queriam machucá-la, chegando  a cortar os pulsos em um episódio de crise. Em momentos de conversa com a paciente, a mesma se mostrou um pouco envergonhada e sem saber o porquê de estar naquela situação, demonstrando sinais do transtorno de desorientação e pensamento desorganizado, para ela segundo relatou o motivo que a levou aos sintomas foi o tempo que ela vinha internada, pois morava no interior e nunca tinha ficado tanto tempo fora de casa, apesar de estar acompanhada por seu marido durante todo o tempo que estava internado. Resultados: Sua internação foi realizada devido a uma hipertensão arterial no final da gestação. A paciente encontrava-se medicada e em consulta com o psicólogo do hospital. Os médicos suspeitavam que houvesse ocorrido uma formação de trombo durante a cirurgia de cesárea, e que esse trombo se deslocou para a vascularização encefálica causando privação de oxigênio, o que levou a alucinações e ao surto. Por esse motivo foi realizado na paciente a tomografia computadorizada. A equipe médica fez a prescrição dos seguintes medicamentos: Fenergam – 25mg – 1 comprimido de 12 em 12 horas – Via oral. Nifedipina – 20mg – 1 comprimido de 8 em 8 horas – Via oral. Hidralazina – 1:19 deixar correr por até 30 minutos – aplicar 4 doses se Sistólica menor ou igual a 160 ou Diastólica maior ou igual a 110 – Intravenosa. Risperidona – 1mg – 1 comprimido ao dia ás 18 horas. Via oral, a paciente foi medicada e atendida pelo psicólogo do hospital até que a ideação suicida fosse administrada, após a recuperação do pós parto seguidas de terapia e medicação a paciente foi liberada. Conclusão/Considerações finais: Esse tratamento medicamentoso junto à atenção de profissionais como enfermeiros e psicólogos atuarão como apoio e cuidado a paciente, trazendo assim o bem-estar e restabelecimento da paciente a sociedade, dessa forma conclui-se que a psicose puerperal pode ser um fator pre-disponente para a tentativa de suicídio, sendo necessária a atenção da família e dos profissionais para como a paciente está, e se sente, podendo deste modo evitar e intervir em casos de psicose, previnindo, bem como amenizando o desenvolvimento de transtornos psicológicos e o suicídio.

   

• Palavras-chave
• Mulher 1; Medicação 2; Tratamento 3.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Processo de Cuidar

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