BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA PARA DESENVOLVIMENTO DA FUNCIONALIDADE DE PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN

BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA PARA DESENVOLVIMENTO DA FUNCIONALIDADE DE PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN

• Autor
• Nathália Batista da Costa Dias
• Co-autores
• Aryane Silva Chaves , Nadson Alexandre Rodrigues da Silva , Thais Santos Marreiros , Patricia da Silva Taddeo
• Resumo

• Introdução: A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética bastante comum causada por uma alteração na distribuição cromossômica, ou seja, presença de um cromossomo extra, chamada “Trissomia do cromossomo 21”. Tem como características próprias a deficiência no aspecto intelectual e cardíaco, hipotonia muscular, hipermobilidade articular e alterações no controle postural e equilíbrio dinâmico, além das suas particularidades estéticas. Portanto, tais domínios desencadeiam alterações no desenvolvimento neurofisiológico, que contribuem para um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor significativo em crianças. As habilidades específicas, a marcha, e as atividades motoras finas são exemplos de laborações prejudicadas nessa doença. Devido a deficiência intelectual e o déficit de força muscular, há dificuldade em realizar algumas atividades ocupacionais, profissionais, ou até mesmo, da vida diária dessas pessoas, ocasionando assim, um afastamento social pelas mesmas e acarretando distúrbios psicológicos, reduzindo sua qualidade de vida em diversos âmbitos. Atualmente, a intervenção tem seu aspecto interdisciplinar e deve ser realizado o mais precocemente possível, por possibilitar uma evolução eficaz do quadro. Assim, o tratamento fisioterapêutico busca reestabelecer, de acordo com as necessidades do paciente, o posicionamento físico e postural adequado, fortalecimento da musculatura respiratória e estimulação do Sistema Nervoso Central (SNC) e Periférico (SNP) com atividades laborais ou de aprendizagem, promovendo, estímulos neuromusculares para o desenvolvimento e evolução global visando a independência e (re)inserção do mesmo nas atividades sociais, entre outras. Objetivos: Avaliar e reunir os benefícios da fisioterapia para ganho de funcionalidade dos pacientes com SD, afetados pelas decorrências neurofisiológicas típicas dessa condição genética. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, onde foram reunidos artigos pesquisados no diretório de revistas Scielo, no portal Pubmed e na base de dados Medline. Na pesquisa, utilizando os seguintes descritores: Síndrome de down, Fisioterapia, Funcionalidade e Atividades. Foram incluídos os artigos publicados nos últimos 10 anos (2010-2020), em português e em inglês, e foram excluídos os artigos que não tinham acesso livre ao texto completo, os que tinham a temática focalizada em outra patologia específica, os que não abordavam o objetivo desejado, além das revisões, as dissertações, os trabalhos de conclusão de curso e as teses. Foram selecionados 18 artigos para verificação. Resultados: Após análise criteriosa, restaram apenas 9 artigos. De acordo com os estudos, sabe-se que a Síndrome de Down possui várias deficiências motoras, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, hipotonia muscular, diminuição de força muscular, e deficit de equilíbrio estático e dinâmico, entre outros distúrbios que influenciam no convívio social. De acordo com os estudos reunidos, foi comprovada que algumas intervenções da fisioterapia podem melhorar esses atrasos motores causados por alguns déficits da doença. A intervenção mais citada foi o conceito bobath que teve resultados satisfatórios e reduziu significativamente esses déficits, ajudando a reduzir o atraso motor, melhorando, também, as interações da criança com o meio ambiente. Concomitantemente, a equoterapia comparada a fisioterapia convencional foi melhor para aumentar a ocupação e interação na vida diária. Os pacientes com Síndrome de Down apresentam hipotonia generalizada e isso pode também comprometer a respiração, com isso, a fisioterapia aquática se mostrou eficaz e positiva no aumento do tônus, melhorando a capacidade respiratória. Algumas intervenções visaram também melhorar o controle postural, equilíbrio estático e dinâmico e, consequentemente a funcionalidade e a qualidade vida. Os exercícios lúdicos de força muscular não tiveram efeito positivo na marcha. Por fim, evidencia-se que o déficit do controle motor junto com a força muscular diminuída foram as principais causas para os atrasos motores. Contudo, a fisioterapia com suas intervenções terapêuticas tiveram resultados positivos na melhora do controle motor, controle de postura, equilíbrio, regulação de tônus, funcionalidade e qualidade de vida. Conclusão/Considerações finais: A fisioterapia tem influência positivamente em pacientes com Síndrome de Down. Foi constatado que pacientes submetidos à intervenção precoce, principalmente nos primeiros meses de vida, obtiveram resultados mais eficazes, pois é o período que a plasticidade neural tem sua maior intensidade, assim como há maior facilidade para aquisição de habilidades motoras, de linguagem e de funções cognitivas. Por fim, vale ressaltar a necessidade de continuidade de intervenções fisioterapêuticas durante toda a vida, para que a funcionalidade seja sempre mantida, garantindo, assim, controle postural e de marcha, integração sensorial, cognição, entre outros fatores, garantindo, assim, a funcionalidade dos pacientes nas suas atividades de vida diária. 

• Palavras-chave
• Síndrome de Down, Fisioterapia, Funcionalidade, Atividades.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Promoção da Saúde e Tecnologias Aplicadas

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