Introdução: A Neuralgia do Trigêmeo (NT) é caracterizada por episódios de dores crônicas, semelhantes a choques elétricos, provocados por estímulos leves, onde se manifestam por todo nervo trigêmeo, o quinto par dos doze pares de nervos cranianos. A NT é geralmente idiopática, mas pode se apresentar como consequência de compressões vasculares, tumores, danos físicos ao nervo e esclerose múltipla. A princípio, é evidente que o uso de medicamentos é uma das formas mais comuns de terapia clínica desta condição, tendo em ênfase a prescrição de antiepilépticos, carbamazepina e oxcarbazepina, como a primeira linha de tratamento a longo prazo da Neuralgia do Trigêmeo. A farmacodinâmica dos medicamentos supracitados ocorre por meio do bloqueio dos canais de sódio, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitadas e na inibição dos disparos repetitivos, ocasionando a diminuição das dores persistentes nos pacientes acometidos pela Neuralgia do Trigêmeo. Objetivo: Discutir e constatar os principais medicamentos utilizados na terapia farmacológica da Neuralgia do Trigêmio. Metodologia: Através revisão de literatura, foram realizadas buscas bibliográficas no portal eletrônico PubMed e base de dados EbscoHost, utilizando as palavras-chave: “Drugs”, “Trigeminal Neuralgia" e “Therapy” associados ao operador booleano “AND”. Com isso, os critérios de inclusão estabelecidos foram: a) estudos publicados nos últimos cinco anos; b) estudos na língua inglesa; c) artigos publicados na íntegra; d) estudos originais, clínicos, relato de caso, estudos in vivo. E como critérios de exclusão: e) artigos de revisões; f) artigos duplicados; g) artigos que não atenderam a questão norteadora acerca da terapia farmacológica da Neuralgia do Trigêmio. Após leitura de títulos, resumos e textos completos, respeitando os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados seis artigos para compor este trabalho. Resultados e Discussão: Na literatura, o tratamento da Neuralgia do Trigêmeo não é unânime, devido aos diferentes segmentos terapêuticos e às possíveis complicações, que variam também, em relação a cada paciente. Nesse contexto, estudos demonstram que os efeitos colaterais da carbamazepina são mais recorrentes do que os da oxcarbazepina, desencadeando a interrupção ou abandono do manejo farmacológico, como também a redução da dosagem a um nível insatisfatório, o que torna ineficaz o tratamento do distúrbio. Ademais, a administração farmacológica para pacientes acometidos pela Neuralgia do Trigêmeo tornou-se bastante diversificada, uma vez que existem outros meios para inibir os sintomas da doença. Além disso, o uso de medicamentos de segunda linha é bastante relevante pela maior tolerabilidade a essas drogas, a exemplo da gabapentina e a pregabalina, em que ambos possuem efeitos colaterais similares aos medicamentos de primeira escolha e atuam como bloqueadores dos canais de cálcio, diminuindo a liberação de neurotransmissores excitatórios na fenda sináptica. A intervenção cirúrgica também é uma forma de tratamento, sendo eficiente na maioria dos casos e utilizado após a ineficácia do manejo farmacológico, ocasionando, em certas situações, a imprescindível reintrodução farmacológica no pós-operatório para auxiliar a redução da nocicepção nos pacientes. Considerações finais: Dessa forma, as possibilidades farmacológicas da terapia da Neuralgia do Trigêmeo são amplas, utilizando-se como primeira linha de escolha os fármacos Carbamazepina e Oxcarbazepina, por apresentarem na literatura um elevado índice de sucesso no tratamento das dores crônicas, ocasionadas por essa disfunção. No entanto, essa não é a única forma terapêutica da NT, possibilitando o uso de outros medicamentos e até de intervenções cirúrgicas em casos mais agudos para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes acometidos por essa doença.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2021!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VIX Encontro de Iniciação à Pesquisa, VIX Encontro de Monitoria e Iniciação Científica, XI Encontro de Pós-graduação e II Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2021
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas neste link.
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Douglas Joca Paiva
Francisco Igor da Costa Meneses
Juliana Pereira Pessoa
Letícia Feitosa de Almeida
Nicoly França Filgueiras
Raphaela Alves Eleuterio Sobral
Sérgio Murilo Costa
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.