A osteíte podal é caracterizada pela desmineralização da falange distal podendo ser resultante de processos inflamatórios ou infecciosos, podendo afetar qualquer zona da falange distal, causando dor, desconforto, claudicação e afetando de maneira negativa o desempenho do animal. A osteíte podal pode ser uni ou bilateral, sendo mais frequente nos membros anteriores. Pode ocorrer devido a uma causa primária, como traumas ou devido a condições secundárias como a laminite. O diagnóstico é baseado nas alterações radiográficas como remodelação da margem solear, desmineralização acompanhada de redução da densidade óssea. O objetivo da realização deste trabalho é relatar o caso de um equino adulto com quadro de laminite com rotação da falange distal direita secundário a uma osteíte podal séptica nos membros anteriores. Foi atendido, em julho de 2020, no município de Maracanaú – CE, um equino, macho, da raça quarto de milha, de aproximadamente 9 anos de idade, 400 kg, com histórico de claudicação bilateral dos membros torácicos, que piorava após o animal ser submetido a exercícios. Durante a anamnese, o proprietário relatou que o animal já havia sido submetido a diversos procedimentos, porém não obteve melhora do quadro clínico. No exame físico o animal apresentava pulso forte na artéria digital palmar, hipertermia na região da coroa dos membros torácicos, reação dolorosa no teste de pinçamento do caso, fragilidade da sola, alternância no apoio dos membros torácicos e claudicação grau 4 de 5. Com base nesses achados, foi solicitado o exame radiográfico dos membros torácicos direito e esquerdo. O animal foi submetido a avaliação radiográfica nas projeções latero-medial e dorso proximal-palmar distal obliqua dos membros torácicos direito e esquerdo. Na radiografia foram observadas alterações ósseas (irregularidade das margens da sola da falange distal, diminuição da densidade óssea, desmineralização da margem solear e remodelação óssea presença de bactéria, rotação de 3ª falange). O diagnóstico de osteíte podal séptica e laminite foi conclusivo mediante aos achados radiográficos. Após resultados radiográficos, optou-se por intervenção cirúrgica visando a melhora do quadro clínico (rotação de terceira falange). A tenotomia do tendão flexor digital profundo (TFDP) é uma das técnicas cirúrgicas empregadas para o tratamento de algumas anormalidades osteomusculares, como as deformidades flexurais e a laminite em equinos. A perfusão regional foi efetuada nos dois membros torácicos, utilizando ceftiofur (1mL/kg), intramuscular (IM), SID, durante 10 dias, e antissepsia prévia do local com solução de álcool 70%. Como terapia adjuvante foi indicado o casqueamento corretivo, com o objetivo de deslocar o apoio dos membros para a região da ranilha e foi recomendado que o animal permanecesse em cama macia. Previamente ao casqueamento, o casco foi higienizado com álcool 70%. O apoio para a ranilha é um dos métodos mais efetivos de fornecer suporte para a falange distal e normalmente é instituído na tentativa de se diminuir o estresse geral sobre o dígito, reduzir a pressão na parte mais afetada do casco e evitar a pressão na sola pelo apoio de peso na superfície da falange distal. Após o presente relato pode-se concluir que exames radiográficos auxiliam o diagnóstico da osteíte podal séptica, sendo necessário haver um controle radiográfico periódico para uma melhor análise do quadro clínico do animal. A tenotomia do tendão flexor digital profundo mostrou-se efetiva e pode ser indicada em casos de rotação de terceira falange e outras afecções que causem anormalidades flexurais do sistema locomotor. O casqueamento corretivo visa distribuir uniformemente o peso do animal, além de promover uma remodelação da falange distal, auxiliando na correção de doenças do sistema locomotor.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2021!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VIX Encontro de Iniciação à Pesquisa, VIX Encontro de Monitoria e Iniciação Científica, XI Encontro de Pós-graduação e II Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2021
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas neste link.
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Douglas Joca Paiva
Francisco Igor da Costa Meneses
Juliana Pereira Pessoa
Letícia Feitosa de Almeida
Nicoly França Filgueiras
Raphaela Alves Eleuterio Sobral
Sérgio Murilo Costa
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.