MORBIMORTALIDADE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO ESTADO DO CEARÁ: UMA ANÁLISE DOS ÚLTIMOS 10 ANOS (2010 - 2020)

MORBIMORTALIDADE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO ESTADO DO CEARÁ: UMA ANÁLISE DOS ÚLTIMOS 10 ANOS (2010 - 2020)

• Autor
• Larissa Pinheiro Ferreira
• Co-autores
• Franciely Moura Costa , Denise Moreira Lima Lobo
• Resumo

• Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) as doenças
  cardiovasculares representam uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo.
  Além disso, com o envelhecimento há aumento das doenças crônicas não transmissíveis;
  dentre elas se destaca a insuficiência cardíaca que é caracterizada como uma disfunção
  cardíaca, ou seja, o coração não é capaz de realizar o bombeamento sanguíneo adequado para
  suprir as demandas metabólicas. Esta, normalmente, surge posteriormente a outras patologias
  cardiovasculares e apresenta como principais sintomas dispneia e intolerância progressiva ao
  esforço físico, o que pode desencadear aumento do sedentarismo e, consequentemente, piora
  da doença e da saúde geral do indivíduo. Desta forma, torna-se relevante o conhecimento dos
  dados de morbimortalidade para que sejam aprimoradas políticas públicas voltadas para a
  promoção em saúde com o intuito de reduzir esses casos. Objetivo: Investigar os dados
  epidemiológicos de morbimortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca no Estado do
  Ceará no período de 10 anos (2010 a 2020). Metodologia: Foi realizado um estudo
  epidemiológico, a partir de dados coletados na plataforma DATASUS - Sistema de
  Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Foram obtidas informações sobre internação
  hospitalar e óbito de indivíduos de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, registradas no
  período de 2010 a 2020. A linha geográfica determinada foram as Macrorregiões de Saúde do
  Estado do Ceará, sendo selecionado o capítulo IX da CID-10 que abrange “doenças do
  aparelho circulatório” e a lista de morbidade da CID-10 “insuficiência cardíaca”. Resultados
  e Discussão: Foram registradas 88.904 internações por insuficiência cardíaca no Estado do
  Ceará, totalizando 775.987 dias de permanência em unidade hospitalar, o que representou
  uma média de 8,7% dias e 7.343 óbitos (taxa de mortalidade = 8,26%). O maior número de  internações hospitalares foi na Macrorregião de Fortaleza (n = 50.575 casos), totalizando
  543.567 dias de permanência (média = 10,7%) e 3.885 óbitos (taxa de mortalidade = 7,68%).
  A Macrorregião que catalogou maior taxa de mortalidade foi Jaguaribe com 10,40%. No
  Estado do Ceará, o maior número de internações ocorreu no ano de 2011 (n = 10.017) e o
  maior número de óbitos ocorreu no ano de 2019 (n = 826). O sexo masculino foi o mais
  acometido tanto em número de internações hospitalares quanto em óbitos (n = 50.419 e n =
  3.852, respectivamente), assim como indivíduos com 80 anos ou mais (n = 20.837 e n =
  2.595, respectivamente). Esses dados foram mais prevalentes na cidade de Fortaleza: sexo
  masculino (n = 28.908 e n = 2.073, respectivamente) e indivíduos com 80 anos ou mais (n =
  10.365 e n = 1.240, respectivamente). Considerações finais: Com base no exposto,
  conclui-se que indivíduos do sexo masculino e com idade igual ou superior a 80 anos foram
  os mais acometidos pela insuficiência cardíaca no Estado do Ceará, no período de 2010 a
  2020. A Macrorregião de Fortaleza foi a que registrou maior número de internações, óbitos,
  dias de permanecia e média permanência na unidade hospitalar, porém a Macrorregião de
  Jaguaribe registrou maior taxa de mortalidade no período delimitado pelo estudo.
   

• Palavras-chave
• Insuficiência cardíaca, Epidemiologia, Indicadores de Morbimortalidade.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Doenças Crônicas Não-transmissíveis

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