Introdução: O câncer é a proliferação desornada das células fugindo do padrão biológico que geralmente se é encontrado nas mesmas – crescimento, multiplicação e morte. Assim, pode-se observar dois tipos de proliferação dentro do organismo: o controlado, onde se tem uma limitação e localização sem mudança morfológica e funcional exacerbada, gerando assim um efeito reversível após a finalização dos estímulos que o provocaram, sejam estes fisiológicos ou patológicos; e o não controlado, onde há um crescimento das células sem limitação formando uma massa anormal dos tecidos podendo assim continuar mesmo com a finalização dos estímulos. As neoplasias em si seguem o padrão de proliferação de células não controlado podendo se dividir em neoplasia benigna e maligna. As neoplasias malignas são aquelas onde se tem um rápido crescimento das células que podem realizar metástases em outros tecidos além daquele a qual diagnosticado anteriormente, podendo levar o paciente a óbito por muitas vezes serem resistentes ao tratamento. Objetivo: A partir da informação de que as neoplasias malignas são capazes de causar a morte ao portador se teve como objetivo observar o número de óbitos e taxa de mortalidade de pacientes com neoplasias malignas específicas no tecido mamário, nas Macrorregiões do Estado do Ceará no período de 5 anos. Metodologia: Foi realizado um estudo epidemiológico observacional e descritivo. Os dados foram coletados na plataforma do DATASUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) em setembro de 2021. A linha geográfica que foi determinada foram as Macrorregiões de Saúde do Estado do Ceará, trazendo informações do período escolhido - Janeiro de 2015 a Dezembro de 2020. Para a busca foram selecionados: capítulo IX da CID-10 “Neoplasias (tumores)” e a lista de morbidade da CID 10 “Neoplasia maligna da mama”. Não houve restrição de idade, sexo ou raça. Resultados e Discussão: Foram registrados um total de 558 óbitos durante o período do estudo, sendo a Macrorregião que registrou maior número de casos foi a de Fortaleza com 309, seguida por Cariri com 110, Sobral com 64, Litoral Leste/ Jaguaribe com 46 e Sertão Central com 29. Por outro lado, a taxa de mortalidade registrou um total de 4,84% no período do estudo, sendo a Macrorregião que registrou a maior taxa foi a de Cariri com 6,10%, seguido por Litoral Leste/ Jaguaribe com 5,86%, Sobral com 4,98%, Fortaleza com 4,47% e Sertão Central com 3,89%. A faixa etária mais acometida em relação aos óbitos por neoplasias malignas de mama foi de 50 a 54 anos apresentando um total de 99 casos sendo a Macrorregião mais atingida a de Fortaleza registrando 53 casos, seguida pela faixa etária de 55 a 59 anos apresentando um total de 65 casos, sendo Fortaleza a Macrorregião mais atingida com 37 casos, por fim a terceira faixa etária mais atingida foi a de 45 a 49 anos com 64 casos registrados, apresentando a Macrorregião Fortaleza como mais atingida com 40 casos. Levando em conta a taxa de mortalidade, a faixa etária mais acometida foi de 80 anos e mais com 11,85%, com Cariri sendo a Macrorregião mais atingida com 20,63%, seguido pela faixa etária de 75 a 79 anos com 6,10%, apresentando a Macrorregião mais atingida a de Cariri com 7,59% e em terceiro a faixa etária de 50 a 54 anos com 5,87% sendo a Macrorregião de Litoral Leste/ Jaguaribe mais atingida com 10,48%. O sexo mais afetado em relação a óbitos foi o feminino registrando um total de 549 casos, seguindo pelo masculino com 9 casos, sendo a Macrorregião de Fortaleza com mais casos em ambos os sexos, apresentando respectivamente 304 e 5 casos. Em relação a taxa de mortalidade o sexo mais afetado foi o masculino registrando 8,82% sendo Sertão Central a Macrorregião a apresentar maior índice com 16,67%, ademais Jaguaribe não houve porcentagem resultante, em relação ao sexo feminino houve registro de 4,80% sendo Cariri a Macrorregião que registrou maior porcentagem com 6,10%. O ano que contabilizou mais óbitos foi 2019 com 114 casos, sendo Fortaleza a Macrorregião que registrou maior índice com 58 casos. Perante a taxa de mortalidade o ano mais acometido foi 2018 sendo a macrorregião de sobral a mais preponderante com 7,14%. Considerações finais: No período de Janeiro de 2015 a dezembro de 2020, houve um número considerável de óbitos causados por neoplasia maligna de mama. A região que apresentou mais casos foi a de Fortaleza, quanto a taxa de mortalidade, a Macrorregião que apresentou a maior taxa foi a do Cariri com 6,10%. Já a faixa etária mais atingida por óbitos foi a de 50 a 54 anos e quando levado em conta a taxa de mortalidade a faixa etária mais acometida foi de 80 anos ou mais. Ainda em relação a taxa de mortalidade o sexo mais afetado foi o masculino sendo o Sertão Central a Macrorregião a apresentar o maior índice, mas quando levado em consideração o número de óbitos o sexo mais atingido foi o feminino sendo a Macrorregião de Cariri a apresentar maior número de óbitos. O ano que foi registrado mais óbitos foi o de 2019 com 114 casos e o ano onde se teve maior taxa de mortalidade foi 2018 sendo Sobral a Macrorregião com mais índices. Esse estudo é de grande valia para a população uma vez que pode ser utilizado como fonte de pesquisa para obter conhecimentos sobre os índices de óbitos, faixa etária, sexo e regiões mais afetadas pela neoplasia maligna de mama, podendo também despertar no leitor o desejo de se prevenir e propagar informações acerca do assunto aos seus amigos e familiares.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2021!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VIX Encontro de Iniciação à Pesquisa, VIX Encontro de Monitoria e Iniciação Científica, XI Encontro de Pós-graduação e II Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2021
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas neste link.
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Douglas Joca Paiva
Francisco Igor da Costa Meneses
Juliana Pereira Pessoa
Letícia Feitosa de Almeida
Nicoly França Filgueiras
Raphaela Alves Eleuterio Sobral
Sérgio Murilo Costa
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.