ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PESSOA COM DIABETES MELLITUS E ÚLCERA NEUROPÁTICA: ESTUDO DE CASO CLÍNICO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PESSOA COM DIABETES MELLITUS E ÚLCERA NEUROPÁTICA: ESTUDO DE CASO CLÍNICO

• Autor
• Rebeca Malveira Moura
• Co-autores
• Layrla Carolina Nascimento Rodrigues , Larissa Torres Veras , Luciana Catunda Gomes de Menezes , Mirian Ferreira Coelho Castelo Branco
• Resumo

• Introdução: O Diabetes Melittus (DM) é um adoecimento que acomete grande parte da população, sendo um enorme problema de saúde pública, pois há impactos tanto para o paciente quanto para a economia, visto que é indispensável a utilização de uma terapêutica de uso crônico para a prevenção e para o tratamento, profissionais enfermeiros habilitados e demanda de tempo para dedicar-se a essa condição complexa. As pessoas com DM devem realizar o Autocuidado (AC), por meio das seguintes ações: uso dos medicamentos diariamente prescritos pelo médico, prática de exercícios, alimentação adequada e os cuidados com os pés, a fim de evitar as complicações crônicas. Dentre das complicações crônicas, tem-se a Neuropatia Periférica (NP). A NP é uma das principais causadoras da úlcera neuropática, pois há uma diminuição drástica da sensibilidade a dor e a temperatura, com isso, as lesões nos membros inferiores (MMII) passam mais despercebidas. Nesse contexto, os cuidados de enfermagem a essas pessoas são de fundamental importância, por meio das ações de Educação em Saúde (ES) e nos cuidados com a úlceras neuropáticas, a fim de diminuir a recorrência das úlceras e CONEXÃO UNIFAMETRO 2021 XVII SEMANA ACADÊMICA ISSN: 2357-8645 amputações. Objetivo: Descrever a assistência de enfermagem a uma pessoa com diabetes mellitus e úlcera neuropática. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso clínico de uma pessoa com diabetes mellitus e úlcera neuropática acompanhado no Ambulatório de Estomaterapia em uma Clínica Escola Integrada de um Centro Universitário privado em Fortaleza-Ceará-Brasil, no mês de março de 2021. Os dados coletados foram através da: 1) Anamnese e dos dados do prontuário; 2) Avaliação e cuidados com a úlcera neuropática e 3) Prática de ES. A análise se deu por meio da literatura pertinente sobre o assunto. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o CAAE nº 08284019.4.0000.5618. Resultados e Discussão: 1) Anamnese e dos dados do prontuário: Dados sociodemográficos: A.T.C.S, 60 anos, gênero masculino, casado, ensino médio completo, desempregado, reside em Fortaleza. Dados clínicos: Diabético e hipertenso, tempo de diagnóstico 3 anos. Glicemia instável. Faz uso dos seguintes medicamentos: Metformina 500mg e Losartana 50mg. Avaliação neurológica: sente dormência, formigamento, mantem preservada a sensação de frio e calor, não possui sensibilidade tátil (algodão no dorso do pé), não possui sensibilidade dolorosa (pino no dorso do pé). 2) Avaliação e cuidados com a úlcera neuropática: Avaliação inicial: dia 31/03/2021 relatava que havia realizado limpeza cirúrgica em uma instituição hospitalar. Paciente apresentava lesão em ambos os membros. No Membro Inferior Direito (MID), localizava na porção lateral e no dorso do pé, com presença de tecido desvitalizado. No Membro Inferior Esquerdo (MIE), apresentava três lesões na lateral da perna próximo a panturrilha, região medial e terço inferior próximo ao calcâneo. Conduta de enfermagem em todas as lesões: limpeza com soro fisiológico a 0,9% na lesão e peri-lesão, e clorexidina 0,2% para limpeza das pernas e pés. Realizou o desbridamento instrumental conservador e autolítico com cobertura a base de iodo e hidrogel nos esfacelos de coloração amarela-amarronzada. Ademais as lesões apresentavam intenso exsudato, porém não tinha odor fétido. Avaliações subsequentes, dias 16/07/2021, 20/08/21 e 02/09/21, paciente comparece ao ambulatório sem queixas, lesão em MID sem odor, apresentado 70% aproximadamente de tecido de granulação, pouco esfacelo e presença de biofilme. Foi realizado limpeza com SF 0,9% e desbridamento instrumental conservador na pequena quantidade de esfacelos. Para acelerar a epitelização da lesão foi utilizado cobertura com hidrofibra e Ácido Graxos Essenciais (AGE), e por fim, realizado o enfaixamento dos membros com atadura de crepom e instalado gaze acolchoada como curativo secundário. Até o envio do resumo, as úlceras ainda não haviam entrado em remissão. 3) Prática de ES: foram reforçados em todos os atendimentos a importância da troca de curativos secundários, do comparecimento a clínica para CONEXÃO UNIFAMETRO 2021 XVII SEMANA ACADÊMICA ISSN: 2357-8645 avaliação e acompanhamento das úlceras com os enfermeiros e cuidados de enfermagem com foco nas ações de AC. Quanto as orientações do AC o paciente relata que faz: higiene diária, secagem dos espaços interdigitais, exame diário dos pés, inspeção dentro do calçado antes de usá-lo; conhece sobre a doença; as orientações quanto ao AC proporcionam condições para o não agravamento das ulcerações atual e o não surgimento de novas. Considerações finais: Os resultados mostram que com a utilização de uma boa terapêutica há o surgimento de tecido de granulação, diminuição do esfacelo e diminuição do exsudato, evoluindo para a remissão das ulcerações. Associado a terapêutica, reforçar-se a importância das ações de AC a fim de melhorar a ulceração e evitar novas úlceras e/ou amputação

• Palavras-chave
• Diabetes, Estomaterapia, Úlcera neuropática.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação

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