Introdução: No Brasil, estima-se que cerca de 12 milhões de pessoas apresentam algum grau de insuficiência renal e calcula-se que a incidência de insuficiência renal crônica (IRC) aumente em torno de 8% ao ano. A IRC é uma doença que causa a perda lenta e progressiva da quantidade e da função dos néfrons, ocasionando a diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG). Tais modificações fisiológicas causam limitações na vida dos pacientes, interferindo na qualidade de vida. No entanto, estudos apontam possíveis melhoras no tratamento da doença através da terapia nutricional. Objetivo: Analisar os efeitos da terapia nutricional na IRC. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura, através das bases de dados Scielo e PubMed, utilizando os descritores “chronic kidney disease”, “doença renal crônica” e “terapia nutricional”. Foram adotados critérios para a seleção dos estudos, incluindo os artigos publicados em inglês e em português, entre 2017 e 2021. Foram excluídos estudos de revisão. No total, três artigos foram utilizados. Resultados e Discussão: Um estudo realizado com 27 pacientes portadores da Doença Renal Crônica (DRC) avaliou a ingestão alimentar, a ingestão proteica e os níveis plasmáticos de produção de toxinas urêmicas como sulfato de p-cresil (PCS). Destacou-se a importância da dieta como moduladora dos níveis plasmáticos de toxinas urêmicas produzidas pela microbiota intestinal, visto que foi encontrada uma correlação positiva entre a ingestão dos aminoácidos tirosina (Tyr) e fenilalanina (Phe) e os níveis plasmáticos de PCS em pacientes com DRC não dialisados. Além disso, a adoção de dieta hipoprotéica reduz o aporte de compostos nitrogenados para o intestino. Além disso, as fibras alimentares importantes substratos para a bactéria simbiótica do cólon (FERNANDES et al.,2021). Uma pesquisa realizada em camudongos visando analisar os benefícios de uma dieta pobre em aminoácidos aromáticos (AA) trouxe um olhar sobre uma possível estratégia nutricional. Ao reduzir os AA como tirosina, triptofano e fenilalanina, precursores das principais toxinas urêmicas, tanto uma dieta com baixa ingesta protéica quanto uma com AA reduzidos obtiveram resultados semelhantes, retardando a progressão da DRC, reduzindo os riscos de desnutrição (BARBA et al, 2021). Em estudo onde foram avaliados 140 pacientes com DRC, associando o distúrbio do metabolismo mineral ósseo (DMMO) com o conhecimento da ingestão de proteína, fósforo e sódio, foi identificado que dietas com baixas quantidade proteínas, fósforo e sódio contribuem com o melhor perfil clínico e nutricional da doença renal crônica (DRC) e favorecendo o controle do metabolismo mineral ósseo (MMO). Todavia, observou-se baixo conhecimento por parte dos participantes sobre alimentos fontes de proteínas e fósforo, mas um conhecimento significativo sobre o consumo de sódio. Considerações finais: Uma dieta hipoprotéica possui resultados consideráveis enquanto terapia nutricional para pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador. Há o desconhecimento por parte dos pacientes sobre fontes alimentares de proteínas e fósforo, evidenciando necessidades de uma educação nutricional. Novas pesquisas buscam estratégias que visem a redução da ingesta de proteína e que beneficiam pacientes que estejam em hemodiálise e desnutrição. Entretanto, maiores estudos tornam-se necessários para o teste de eficácia de novas estratégias.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2021!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VIX Encontro de Iniciação à Pesquisa, VIX Encontro de Monitoria e Iniciação Científica, XI Encontro de Pós-graduação e II Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2021
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas neste link.
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Douglas Joca Paiva
Francisco Igor da Costa Meneses
Juliana Pereira Pessoa
Letícia Feitosa de Almeida
Nicoly França Filgueiras
Raphaela Alves Eleuterio Sobral
Sérgio Murilo Costa
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.