SAÚDE FUNCIONAL DE ESTAGIÁRIAS DE FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE

SAÚDE FUNCIONAL DE ESTAGIÁRIAS DE FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE

• Autor
• Sara Jéssica Forte Viana
• Co-autores
• Ana Naira Bertine Castor , Patrícia da Silva Taddeo , Rinna Rocha Lopes , Thaís Teles Veras Nunes , Naiana Gonçalves de Bittencourt Vieira
• Resumo

• Introdução: A Política Nacional de Saúde Funcional (PNSF), pautada na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), baseia-se na funcionalidade e incapacidade dos indivíduos em condições de riscos, presença de doenças ou em sua ausência. Isso posto, a saúde funcional é definida como uma máxima condição de vida saudável contemplando aspectos motores, intelectuais, sociais, do ambiente, dentre outros inseridos, ainda, nos ciclos da vida, gênero, atividades dentre outros. Sendo assim, é significante levar em conta que em relação aos hábitos dos estudantes da saúde, existem fatores de risco associados à dor musculoesquelética que prejudicam a saúde funcional. Dentre eles estão o tempo médio de uso do telefone celular e do computador, o peso médio da mochila e o meio de transporte mais utilizado (ônibus). Também, abrangendo o aspecto social e hábitos de vida de estudantes da área da saúde, a prática de atividade física e o tempo de lazer são variáveis importantes no que tange os níveis de estresse que interferem na saúde do acadêmico. Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar a relação observada entre saúde funcional e a vivência prática de acadêmicas de fisioterapia em um estágio ambulatorial. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência baseado na vivência de um estágio ambulatorial realizado durante a disciplina de Estágio na Atenção Secundária à Saúde do curso de fisioterapia do Centro Universitário Fametro localizado na cidade de Fortaleza no Ceará. Resultados e Discussão: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem riscos psicossociais que afetam o bem-estar e a saúde do trabalhador e que estão relacionados com as demandas de trabalho. Quando as necessidades, expectativas e capacidades do trabalhador não estão organizadas no ambiente de trabalho podem ocorrer situações de risco que produzem tensão mental, que mantida ao longo do tempo, aumenta o risco de disfunções como musculoesqueléticas e psicológicas. Portanto, diante do fato do estágio fisioterapêutico na atenção secundária simular a prática profissional, pode existir um risco iminente do estagiário também está sujeito aos riscos psicossociais. Na vivência de estágio relatada nesse estudo foi observada a narrativa de influência da tensão emocional e estresse na função musculoesquelética. De acordo com Boszczowski, Pinto e Araújo Júnior (2021), estudantes de medicina devido uma vida agitada e muitas atividades diárias e acadêmica associadas a fatores psicossociais têm como risco o desenvolvimento de lombalgias que podem resultar em incapacidades funcionais. Já Miranda, Tavares, Silva, Braga, Santos e Guerra (2020), apresenta o uso de psicoestimulantes como estratégia para compensação da privação de sono ocorrida com os estudantes. Porém, o uso dessas substâncias se mostram causadoras de estresse que diminui a qualidade de vida. Houveram momentos em que algumas estagiárias declararam dor e tensão muscular advindas de demandas pessoais, acadêmicas e das práticas do estágio tais como realizar algumas técnicas, mover o paciente e realizar o atendimento em macas mal posicionadas. Outro relato encontrado foi a influência do deslocamento até o local de estágio na saúde e na fadiga. Considerações finais: Este relato foi construído como forma de relatar a influência do estágio fisioterapêutico ambulatorial na saúde funcional das estagiárias. Para isso, foram apresentadas as evidências científicas existentes sobre a temática e em seguida o que foi observado de relato entre as estagiárias. Queixas de dor musculoesquelética relacionadas a ergonomia durante os atendimentos fisioterapêutico, estresse relacionado à vida acadêmica e pessoal e a sobrecarga de tarefas acadêmicas para além do estágio foram as principais queixas. Portanto, é sugestivo que essa simulação da prática profissional revela dificuldades de adaptação à uma atuação nos atendimentos que sejam compatíveis com a saúde funcional e que a necessidade de organização de tempo e tarefas também influencia na funcionalidade das estagiárias.  Diante do que foi encontrado, recomenda-se o desenvolvimento de estudos que avaliem as variáveis sugestionadas e de estratégias para educação e promoção da saúde dos alunos ainda no meio acadêmico, dado o fato do início da jornada profissional ter o ponto de partida na graduação.

• Palavras-chave
• Dor; Desempenho Ocupacional; Saúde Funcional; Acadêmicos
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Processo de Cuidar

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