Introdução: A Tuberculose (TB) é uma doença milenar infectocontagiosa e transmissível que afeta principalmente os pulmões, trazendo danos não somente ao sistema pulmonar, mas acometer também outros órgãos e sistemas. A sua transmissão ocorre através da inalação de aerossóis, que podem ser expelidos pela tosse, espirro e fala. Os sintomas são bem característicos, pacientes costumam apresentar tosse seca ou produtiva por mais de 3 semanas, emagrecimento, sudorese noturna e febre vespertina baixa. Os grupos mais vulneráveis para infecção por TB são: indígenas, pessoas privadas de liberdade (PPL) e imunossuprimidos. Vale ressaltar, que o Brasil possui uma das maiores populações prisionais, e que os encarcerados têm uma probabilidade de contaminação até 28 vezes maior do que a população considerada não privada de liberdade. Objetivo: Desta forma, o objetivo deste trabalho foi relatar a experiência vivenciada por graduandas de enfermagem frente a pessoas privadas de liberdade e os fatores que causam o alto risco de infecção do trato respiratório. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, realizado em 22 de setembro de 2021, em população privada de liberdade em uma Delegacia no Município de Fortaleza, Ceará. Não haverá relato de informações da população privada de liberdade, somente a vivência das alunas com a experiencia inovadora. Resultados e Discussão: Percebeu-se que existem alguns motivos que influenciam os altos índices de disseminação de TB nos presídios, a literatura destaca sendo: higiene precária, ambiente não arejado, superlotação, desinformação e dificuldade ao acesso aos serviços de saúde higiene. As alunas se sentiram numa realidade impactante com celas pequenas com excesso de pessoas, num ambiente fechado e sem iluminação. Houve uma reflexão neste aprendizado que os policiais, inspetores e todos os que frequentam e trabalham podem ter risco de transmissão da tuberculose. Foi de grande valia a organização da roda de conversa educativa sobre tuberculose, com o intuito de repassar para os policiais os aspectos clínicos da doença, bem como a forma de transmissão. Além disso, foi orientado a importância do uso intensivo de máscaras. Percebeu-se que os policiais estavam atentos sobre o assunto e na explicação sobre a forma de prevenção. Foi uma experiência única para o grupo, ver de perto um lugar incomum do cotidiano e ter ciência de como é um ambiente de vulnerabilidade a saúde. Não é sem motivo que as prisões são consideradas lugares extremamente insalubres e capazes de serem centros epidêmicos de diversas doenças como HIV/Aids, dengue, tuberculose, hepatite etc. Isso pode se dever justamente porque as instituições prisionais são deficitárias em fazer a promoção de saúde, principalmente quando se refere a prevenção, devido a superlotação há uma dificuldade em atender de forma qualificada os detentos. Tais fatores se apresentam como um risco tanto à população carcerária, quanto à população extramuros, uma vez que esses presos têm contato direto e indireto com outras pessoas por meio de visitas, visitas íntimas e em situação de regime semiaberto. Em consequência de um ambiente tão adverso, a preocupação pela saúde, tanto dos detentos quanto dos agentes, acaba ficando em segundo plano. Considerações finais: Para as graduandas foi de suma importância esta experiencia como forma de enxergar uma realidade por nós ainda não vista, e pensado formas de diminuir o avanço da TB nos presídios, mesmo ainda sendo um desafio, acreditamos que com o investimento na educação em saúde, foco na testagem para diagnóstico precoce e o tratamento completo diminuiria demasiadamente os casos nas agencias penitenciarias, porém para tanto se faz necessário planejamento.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2021!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VIX Encontro de Iniciação à Pesquisa, VIX Encontro de Monitoria e Iniciação Científica, XI Encontro de Pós-graduação e II Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2021
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas neste link.
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Douglas Joca Paiva
Francisco Igor da Costa Meneses
Juliana Pereira Pessoa
Letícia Feitosa de Almeida
Nicoly França Filgueiras
Raphaela Alves Eleuterio Sobral
Sérgio Murilo Costa
Thalita do Nascimento Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018.