A IMPORTÂNCIA DA EQUOTERAPIA COMO RECURSO TERAPÊUTICO

A IMPORTÂNCIA DA EQUOTERAPIA COMO RECURSO TERAPÊUTICO

• Autor
• Alice Aguiar Pereira
• Co-autores
• Renan Carlos De Souza Lima , Paula Bittencourt Vago , Manoelise Linhares Ferreira Gomes
• Resumo

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  Introdução: Desde a domesticação, os equinos auxiliam o homem nas realizações de atividades com transporte, serviços no campo, práticas de esporte e lazer. A equoterapia é uma prática terapêutica, utilizando cavalos, adotada para auxiliar pessoas portadoras de deficiência e/ou de necessidades especiais. Tratando-se de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação. Foi fundada em Brasília, no ano de 1989, a ANDE (Associação Nacional de Equoterapia), validando a importância da equitação, não somente para lazeres e modalidade esportiva, mas também como um método terapêutico, tendo o objetivo de melhorar o desenvolvimento social, psicológico de pessoas deficientes, por meio de exercícios com estes animais. É indicado o uso da equoterapia para disfunções neuro-musculoesqueléticas, alterações de tônus muscular, coordenação diminuída, comunicação inadequada, função sensório-motora alterada, assimetria postural, controle postural corporal, diminuição da atenção e distúrbios do comportamento. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi relatar a importância do uso da equoterapia na vida de pessoas que apresentam necessidades especiais, relacionando o seu desenvolvimento pós-terapia. Metodologia: Para realização desta revisão bibliográfica, foi feita uma busca na plataforma Google Acadêmico, por estudos (revistas acadêmicas, artigos publicados em anais de congressos, relatos de casos e do site American Hippoterapy Association) com as seguintes palavras chaves: Equoterapia, Necessidades especiais, Equitação. Um total de 10 artigos acadêmicos sobre o assunto foram consultados a partir do ano de 2008 a 2021. Resultados e Discussão: Em um estudo recente de 2020 foi relatada a eficiência da equoterapia em uma criança, que devido a uma constrição intrauterina do ducto arterioso, apresentava retraso no desenvolvimento global. Após dez sessões de fisioterapia, o paciente apresentou uma melhora significativa em sua locomoção, no controle na região de tronco, comportamento de endireitamento, movimento de marcha, equilíbrio, e força muscular. Em outro relato, também no mesmo ano, constatou-se que após duas semanas de sessões equoterápicas realizadas por um educador físico, em paciente com transtorno do espectro autista, observou-se um avanço comportamental relacionado a cumprimento de ordem, e ao se movimentar quando solicitado. Entre a terceira e quarta semana houve também uma melhora considerável na realização de movimentos estereotipados. Na 4°semana, o paciente demonstrou-se menos ansioso comparado ao início das sessões terapêuticas, evoluindo na fala, capacidade de raciocinar, percepção da quantidade de força que precisava utilizar para se manter em pé no cavalo, como para apreender objetos por um bom tempo, apresentou menor medo de animais, abraçando rapidamente o animal que o assistiu durante todas as sessões, do qual tinha medo no começo da terapia, e em sua casa, relatou as diversas brincadeiras com o cachorro que ganhou, sendo que antes tinha grande temor ao se aproximar ou tocar em cães. Um terceiro estudo de caso relatou que, depois de 12 sessões equoterápicas, um jovem de 18 anos de idade com síndrome de Down, mostrou um bom desenvolvimento na sua caminhada, aumentando o comprimento, o ritmo e a velocidade de suas passadas, como também o seu sustentamento. Em outra pesquisa, foram avaliados os benefícios resultantes da prática da equoterapia em pacientes idosas. Dentre as cinco selecionadas, três apresentaram uma evolução quanto a mobilidade global, no equilíbrio e na estrutura corporal. Em relação ao TEA (Transtorno do Espectro Autista), foi observado um resultado significativo na avaliação terapêutica de uma criança, a qual demonstrou avanço na reiteração do contato visual, na percepção dos profissionais que fizeram parte da sua avaliação, obteve também uma melhora na comunicação social, aumentou a resposta a orientações simples verbais, redução da ecolalia, melhora na postura e no conhecimento do corpo, na gesticulação de palavras para iniciar uma conversa, e também diminuiu a repulsão ao contato físico social. Considerações finais: Diante do estudo feito, é possível concluir o intuito deste, reafirmando a devida importância da equoterapia como medida terapêutica para pessoas que apresentam determinadas limitações psicológicas, sociais, ou neurológicas, dentre outros fatores. Diante dos relatos de casos clínicos citados, todos os pacientes obtiveram resultados satisfatórios e contribuintes para a sua vida, progredindo então, em sua maioria, na motricidade, falas, comportamentos, postura, marchas, nos relacionamentos sociais, no autodomínio da força.  

   

   

• Palavras-chave
• Cavalo; Equitação; Necessidades especiais
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Bem-estar animal, medicina veterinária preventiva e saúde pública veterinária

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