EXPOSIÇÃO ARTÍSTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

EXPOSIÇÃO ARTÍSTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

• Autor
• Raquel Pessoa Morano
• Resumo

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  Introdução: As Metodologias Ativas facilitam o processo ensino-aprendizagem, promovendo a reflexão, apresentando diversas estratégias participativas e propondo novas relações entre os sujeitos presentes na sala de aula. Dessa forma, o objetivo deste artigo é relatar a experiência de uma atividade que teve como resultado uma Exposição Artística como ferramenta de Metodologia Ativa na disciplina de Elementos de Programação Visual na UNIFAMETRO em Fortaleza e como esta contribuiu na formação crítica e analítica dos estudantes. Sobre as metodologias ativas, Morán (2015), relata que conduzem a processos mais refinados de reflexão, de integração e interpretação cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas práticas. O autor defende ainda que atividades bem planejadas contribuem para mobilizar diversos tipos de consequências, como: intelectuais, emocionais, pessoais e comunicacionais, e ainda traz a reflexão de quanto mais próximo da realidade for a atividade, mais significativos serão os resultados. Assim, o que se busca neste formato de ensino é que o aluno consiga unir temáticas abordadas durante a disciplina aos diversos desafios encontrados na experiência prática e que ultrapassam o conteúdo didático. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo partilhar a experiência do uso de uma Metodologia Ativa – Exposição de Trabalho Artístico – desenvolvido na disciplina de Elementos de Programação Visual do curso de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário FAMETRO – Fortaleza (CE) – e como esta contribuiu na formação e autopercepção dos alunos. É importante ressaltar que, por ser uma disciplina do primeiro semestre, introduz conteúdos como Comunicação Visual, Gestalt, Psicologia das Cores, Tipografia, Diagramação etc. e proporciona uma melhor qualidade visual à todas as disciplinas seguintes do curso. Metodologia: O curso de Arquitetura e Urbanismo da Unifametro visa privilegiar, desde os períodos iniciais, a integração teoria-prática, buscando a adoção de metodologias ativas como formas inovadoras de transmitir o conteúdo teórico com estratégias de ensino centradas no estudante. A disciplina de Elementos de Programação Visual, ministrada no primeiro semestre abrange uma série de conteúdos relativos à Comunicação Visual, assuntos que certo entusiasmo, por tratar de assuntos com caráter mais lúdico do que as outras disciplinas, porém causa certo receio por grande parte dos alunos pelo seu conteúdo ser aprofundado e consolidado com atividades inteiramente práticas. Nessa perspectiva, com o intuito de motivar e elevar a autoestima dos alunos, bem como incentivar o capricho no desenvolvimento das atividades, utilizou-se, dentre outras ferramentas de metodologia ativa, a Exposição de Trabalho Artístico – prática objeto do presente relato. Como atividade, o aluno deveria escolher uma Edificação de relevância para a Arquitetura de um arquiteto admirasse. Após isso, deveria imprimir a fotografia num tamanho A5 em preto e branco e representar a imagem por meio de Pontos – elemento visual básico para compreensão de todas as imagens, para isto, deveriam sobrepor um Papel Vegetal em cima da imagem e nos locais em que a imagem fosse mais escura, deveriam preencher com mais pontos e quando mais clara, preencher com menos pontos, de tal forma que a imagem fosse sendo construída e que fosse possível sua visualização. Ao final, as Obras de Arte foram expostas durante duas semanas no campus da Unifametro. Resultados e Discussão: Apesar de muitos alunos nunca terem vivenciado criar uma obra e expor, a estratégia de ensino-aprendizagem foi bem recebida pelos estudantes. Isso pôde ser observado logo no início, durante a explicação da atividade, momento de euforia e entusiasmo, bem como durante a confecção da obra, cujo processo aconteceu de maneira intuitiva e divertida. Foi interessante observar que, apesar da empolgação, houve medo de expor suas obras. Relatos como: “Não está bonito”, “Não consigo” ou “Precisa mesmo expor?” estiveram presentes ao longo da confecção, entretanto após orientações e estímulos realizados pela docente, os grupos conseguiram ultrapassar esta barreira. Além do enfoque educacional, a exposição como ferramenta de Metodologia Ativa fomentou diversas reflexões – por parte dos alunos – sobre conteúdos sentimentais, como por exemplo: a vergonha, a baixa autoestima, a ausência de confiança em si, a capacidade de produzir algo que pudesse ser exposto e apreciado por outras pessoas. Pode ser percebido que esta atividade não só ajudou a consolidar o conhecimento passado em sala de aula, mas também estimular o aluno a confiar mais em si e no seu potencial, quebrando barreiras de vergonha e medo de críticas. Considerações finais: Foi observado que o aluno quando estimulado a ser agente ativo exerce papel fundamental na construção do conhecimento. Além disso, quando estimulado a passar seu conhecimento, mesmo que de forma lúdica – como relato no presente trabalho, quebra diversos paradigmas internos, modificando positivamente a sua percepção de si. Percebeu-se que o professor é fundamental para promoção das estratégias de ensino-aprendizagem incorporando-as no planejamento da disciplina. Observou-se também que a relação de confiança e suporte proporcionada pelo docente ajudou a conduzir os estudantes, a partir de seu papel passivo, a estudantes ativos e orgulhosos com suas produções.

   

• Palavras-chave
• Metodologia Ativa; Exposição Artística; Arquitetura e urbanismo.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação

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