SÍFILIS CONGÊNITA E DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE: REVISÃO DE LITERATURA

SÍFILIS CONGÊNITA E DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE: REVISÃO DE LITERATURA

• Autor
• Ymna Maria Andrade Correa da Cunha
• Co-autores
• Ana Beatiz da Costa Batista , Fernanda Rocha Honório de Abreu
• Resumo

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  Introdução: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), que acomete o organismo de forma sistêmica e tem sua transmissão por via sanguínea, vertical ou sexual. É caracterizada em três estágios, apresentando fases clínicas de forma sequenciada. A sintomatologia pode ser comumente apresentada por úlceras genitais, lesões cutâneas, síndromes neurológicas, doença aórtica, cegueira. A mesma é diagnosticada através de testes rápidos, sorologias e estudos associados com fundamentação na fase clínica da patologia. A Sífilis Congênita (SC) ocorre pela transmissão vertical ao feto através da placenta e tem sua causa por uma sífilis materna não tratada. O risco de transmissão vertical depende do estágio da infecção e da idade gestacional na qual a exposição fetal ocorreu. Observou-se que cerca de 70 a 100% dos índices de transmissão vertical identificada é em gestantes com sífilis recente, nesses casos, estima-se que aproximadamente 25% das gestações, findem em aborto tardio ou óbito fetal, 11% em óbitos neonatais de RN a termo, 13% em partos prematuros ou baixo peso ao nascer e 20% exibindo sinais clínicos. Objetivo: Identificar na literatura evidências que relatem os desafios no tratamento e diagnóstico da sífilis materna resultando na sífilis congênita. Metodologia: Realizada revisão bibliográfica da literatura, por meio de consulta à base de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no mês de setembro de 2021, nos quais foram selecionados artigos acerca da temática, publicados na íntegra, em português e do ano de 2017 a 2021. A amostra da pesquisa foi composta por seis artigos. Resultados e Discussão: Constatou-se a partir das pesquisas científicas que a SC é uma infecção potencialmente evitável, todavia, os fatores relacionados os desafios característicos da assistência influenciam intensamente na incidência e prevalência da mesma. De acordo com as evidências, cerca de 43% das gestantes com sífilis realizaram o mínimo de 6 consultas de pré-natal, dentre essas, 62,4% das gestantes foram diagnosticadas apenas no momento do parto ou da curetagem, nenhum desses casos foi tratada adequadamente. Cerca de 33,3% não recebeu nenhum tratamento e em sua totalidade, considerou-se que foram tratadas inadequadamente, principalmente pelo não tratamento do parceiro. Observou-se também que o aumento dos índices de diagnóstico está associado à acessibilidade para a realização dos testes rápidos realizados pelo enfermeiro. Assim, fatores como realização de pré-natal de qualidade com abordagem de sorologias, testes rápidos, identificação de parceiros e tratamento adequado são desafios enfrentados na SC. Considerações finais: Conclui-se que a prevenção da transmissão vertical permanece no diagnóstico e tratamento precoce, necessitando de promoção a saúde, sensibilização aos profissionais de saúde e efetivação de políticas de saúde, tendo em vista os danos possíveis ao neonato.

• Palavras-chave
• Sífilis congênita, Sífilis materna, Infecção sexualmente transmissível.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Processo de Cuidar

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