Introdução: Durante séculos o cuidado à saúde foi focado em uma assistência mais centrada na doença, não levando em consideração fatores biopsicossociais, que é específico de cada paciente, o que consequentemente ocasiona um desconforto e insatisfação a quem procura atendimento. Nos dias atuais o atendimento humanizado é algo que vem sendo abordado dentro das instituições de ensino, no processo de formação de novos profissionais fisioterapeutas e outras áreas da saúde. Formas de mudar a realidade vivenciada pelos usuários do sistema de saúde começaram a ser debatidas no Brasil, surgindo a Política Nacional de Humanização (PNH), com o objetivo de despertar e incentivar uma nova forma do cuidar. Frente a necessidade de se recuperar pacientes mais graves que careciam um atendimento com profissionais mais especializados e com tecnologias mais avançadas surgiram as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), um ambiente hospitalar que é visto por muitos com pavor por remeter a ideia de que seja o fim, o que acaba por gerar nos pacientes que necessitam desse cuidado mais especializado, uma sensação de medo, insegurança e ansiedade. É nesse contexto que se faz necessário, dentro da UTI, uma visão mais humanizada daquele paciente. O fisioterapeuta é parte fundamental da equipe multiprofissional que atua dentro da UTI, sua atuação junto aos pacientes vai além da aplicação de técnicas que garantam a funcionalidade do paciente, para que se tenham bons resultados o fisioterapeuta precisa ter um bom vínculo com o paciente enxergando-o como um todo e não apenas o físico. Objetivo: Caracterizar as principais atuações do fisioterapeuta na assistência humanizada em uma unidade de terapia intensiva. Metodologia: O estudo trata-se de uma revisão integrativa, pesquisada nas bases de dados PubMed, SciELO, BVS, onde foram encontrados um total de 12 artigos. Foram utilizados como critérios de exclusão trabalhos que não condizem com o tema abordado ou duplicados, sendo somente quatro deles utilizados. Os critérios de inclusão foram artigos que condizem com o tema abordado, publicados entre os anos de 2009 e 2022, em língua portuguesa e inglesa. Utilizando os descritores: humanização da assistência, unidade de terapia intensiva, fisioterapia. Resultados e Discussão: Diante dos fatos encontrados nos quatro artigos selecionados para este estudo, ambos obtiveram resultados satisfatórios. Nos estudos de Mondadori et al (2016) e Lopes et al (2009), que falam sobre humanização do fisioterapeuta com o paciente, foram usados questionários com questões fechadas, os quais foram construídos e padronizados especificamente para os estudos e feitos mediante entrevistas face a face. Os pacientes relatam que os fisioterapeutas são profissionais que apresentam postura de respeito, cordialidade, apreço pelas necessidades individuais dos pacientes, tem uma agradável comunicação, transmitem confiança, realizam os métodos de forma cuidadosa, explicando como serão realizados os procedimentos, mantém um bom diálogo com ele e com sua família, estando em sintonia com toda a equipe. Nos dois artigos citados está presente o tratamento humanizado, os pacientes relatam alto índice de satisfação nos quesitos empatia, confiabilidade, comunicação, assistência. Em todos os tópicos os níveis de satisfação são sempre maiores de 95%. Já no estudo de Almeida Neto et al (2012), foi aplicado um questionário aos acompanhantes de pacientes da UTI como recurso de pesquisa para avaliar os serviços prestados pelos profissionais fisioterapeutas. Foram observados que poucos acompanhantes conheciam a atuação do fisioterapeuta, entretanto, os familiares que tinham conhecimento, relataram satisfação aos serviços prestados pelos profissionais, boa comunicação, realizam uma boa assistência e pontuaram com dez os cuidados com os seus parentes internados. Como uma forma de ajudar aqueles que não tinham conhecimento, foi criado um folder para explicar o que era realizado dentro da UTI, uma estratégia humanizada para com os familiares que não conheciam a atuação do profissional de fisioterapia. Por fim, no artigo de Moura e Aragaki (2020), os participantes são fisioterapeutas que trabalham na UTI neonatal, o recurso utilizado na pesquisa foram entrevistas durante alguns meses no qual se obtinham informações sobre a vivência deles com a humanização para com os pacientes. Foram divididos em quatro categorias, nas duas primeiras, sentidos de humanização e atores sociais da humanização, os profissionais relatam o ponto de vista sobre a humanização e destacam pontos importantes, como o respeito para com os pacientes, a boa relação interprofissional e tentar trazer os familiares para mais próximo dos pacientes. Ressaltam também os cuidados com os colegas profissionais, melhores condições de ambiente de trabalho e acolhimento para todos, incluindo gestores, usuários e profissionais. O terceiro tópico nota-se uma falha no percurso da graduação, no qual a humanização não é muito trabalhada com esses profissionais no período da sua formação. O Método Canguru foi citado pelos entrevistados com maior relevância na formação dos mesmos, alguns enfatizaram como a melhor forma de humanização e o quanto mudaram depois do conhecimento da técnica. Por fim, o último tópico são as práticas alinhadas à humanização, e o Método Canguru volta ser citado como a maior mudança na prática desses profissionais e que apesar das falhas na formação, as práticas dentro da UTI neonatal são humanizadas, pensando sempre em todos os envolvidos nesse processo. Considerações finais: As considerações finais desta revisão evidenciam resultados satisfatórios. Os participantes alvos dos estudos retratam os atendimentos fisioterapêuticos como humanizados e sempre respeitando a dignidade do próximo. Entretanto, se faz necessário que durante o processo de graduação o tema humanização seja abordado de maneira mais enfatizada, para que se formem profissionais mais comprometidos com o modelo biopsicossocial. Devido a pouca quantidade de material coletado, fica claro a necessidade de mais estudos e pesquisas que abordem o tema em questão, para que se saiba a que nível essa transformação no atendimento vem sendo praticada.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos
Comissão Organizadora
Juliana Pereira Pessoa
Thalita Rodrigues
Thaiane Bezerra
Arlan Diego Alencar Freitas
Ricardo Junior
Fábio Júnior Braga
Murilo Costa
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Laiza Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Lucas Souza
Roberta Mable Rabelo Sampaio Mapurunga
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018