Introdução: A prática da anatomia e seu domínio se faz cada vez mais necessária na inserção de técnicas e intervenções terapêuticas, onde, a relação entre estrutura anatômica, mecanismo da lesão e propósito da mediação se insere no cumprimento eficaz das habilidades do terapeuta acerca do seu prognóstico idealizado. Os dispositivos de órteses funcionais são mecanismos facilitadores no ganho de autonomia das pessoas com disfunções físicas, sejam elas provisórias ou definitivas. O seu uso, possui o propósito de conter lesões, nas quais, tenham suas causas por patologias ou eventos adversos, com o intuito de estabilizar ou imobilizar, corrigir ou impedir a evolução de deformidades e assistir a disfunções congênitas. Dessa forma, são válidas no auxílio da manutenção de postura e funcionalidade nas atividades essenciais do cotidiano, com adaptações ajustadas conforme evolução da estrutura e material utilizado na confecção. De acordo com o Decreto 7.612, de 17 de Novembro de 2011, da Presidência da República, fica instituído o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite, onde esse, visa a finalidade de promover, por meio da integração e articulação de políticas, programas e ações, o exercício pleno e equitativo dos direitos das pessoas com deficiência, garantindo acesso à educação, à inclusão social, acessibilidade e atenção à saúde. Sabendo disso, os dispositivos são classificados como órteses estáticas, capazes de manter os tecidos em uma única posição, promovendo posicionamento adequado e reparação de estruturas, ou órteses dinâmicas, onde promovem controle do movimento e função, buscando manter o equilíbrio muscular, assim, sendo possível a confecção por meio de matéria sustentável mostrando vantagens para profissionais e usuários, tendo como destaque a leveza e conforto na adesão ao tratamento. Objetivo: Relatar a experiência de discentes ao produzir órteses com materiais sustentáveis e de baixo custo. Metodologia: O presente estudo trata-se de um relato de experiência na produção de órteses com materiais reciclados e de baixo custo vivenciada na disciplina de prótese e órtese. A atividade possuía alguns requisitos, e o principal era construir seu material da forma mais sustentável e com menor custo possível. Foram elaborados 3 órteses para pé e tornozelo (AFO), duas que abrangem o público infantil e uma para pacientes adultos. Os materiais utilizados foram cano PVC, EVA, cola, algodão, tesoura e velcro. Ambos foram de rápida produção, levando apenas um dia para a montagem e obteve a participação de quatro integrantes para confecção. Resultados e Discussão: As órteses produzidas eram estáticas e para a região de pé e tornozelo (AFO), duas com o objetivo de imobilizar a região e uma para fascite plantar. Os materiais utilizados foram: cano de PVC, cola, tesoura, EVA, algodão e velcro, houve prioridade para materiais que os integrantes já possuíssem ou fosse de fácil acesso. Para moldar o cano de PVC o mesmo foi aquecido com fogo e foram utilizadas algumas ferramentas como alicates e panos para evitar queimaduras nos envolvidos, após o material estar com a curvatura adequada foi colado algodão e coberto com EVA para a órtese ficar macia e evitar arranhar ou machucar o paciente, para a fixação adequada foi colocado velcro. Em relação ao custo, a órtese A custou: 4,80, órtese B: 4,00 e ortese C: 9,00. Após a confecção, o material foi apresentado em sala de aula para os demais colegas e para a professora da disciplina. O início da produção foi visto como um desafio para os alunos, pois além de nunca terem feito algo parecido, ainda precisavam ter o menor custo possível, por isso, depois de reuniões para alinhar o objetivo do trabalho, muitas ideias surgiram e os mesmos perceberam que era possível produzir a órtese com materiais reutilizáveis e de fácil acessibilidade, sendo a maioria dos materiais artefatos que já possuíam em casa. Para DIAS et.al, que fez um estudo experimental na produção de órtese estabilizadora lombar na redução de lombalgias, foi concluído redução de dor na escala EVA, e uma eficiência muito satisfatória a respeito da órtese, quando comparada com as que já são comercializadas, trazendo a reflexão de viabilizar estes dispositivos para qualquer paciente. Ademais, a experiência se mostrou desafiadora e enriquecedora, algumas dificuldades surgiram durante o processo por ser a primeira vez que os envolvidos realizavam tal atividade, porém ao concluírem a órtese todos assumiram ser prático e acessível, a vivência proporcionou reflexão acerca da população que pode ser beneficiada com a popularização das órteses de baixo custo. Ademais o estudo de LEMES et. al, aborda a produção de órteses com a impressora 3D, mostrando assim sua viabilidade, praticidade e baixo custo na produção de órteses funcionais que auxiliam os pacientes e propõe aos mesmos uma melhor qualidade de vida e um acesso mais fácil a esses materiais.
Considerações finais: Concluímos, dessa forma que, muitos materiais que descartamos podem ser reutilizados para a construção de órteses de baixo custo, assim, possibilitando que pessoas de baixa renda tenham acesso a essas ferramentas que proporcionam uma melhor qualidade de vida, além de conscientizar os profissionais sobre o impacto dessa ação no meio ambiente. As ferramentas utilizadas para a construção das órteses foram todas de fácil acesso e de baixo custo, assim democratizando e facilitando que mais pessoas possam usufruir desse recurso. A vivência foi de extrema riqueza e auxiliou os discentes a pensarem em novas formas de auxiliar seus pacientes e o meio ambiente.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos
Comissão Organizadora
Juliana Pereira Pessoa
Thalita Rodrigues
Thaiane Bezerra
Arlan Diego Alencar Freitas
Ricardo Junior
Fábio Júnior Braga
Murilo Costa
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Laiza Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Lucas Souza
Roberta Mable Rabelo Sampaio Mapurunga
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018