Introdução: O tacacá é um prato típico da região Norte do Brasil (iguaria da região amazônica, em particular do Pará, Acre, Amazonas, Rondônia e Amapá). Sua origem provém do mani poi, que é constituído por uma mistura de tucupi, de beiju de mandioca esmigalhada (uma espécie de tapioca) e de suco de frutas, saboreado quente. A região Norte, de onde o tacacá é predominante, preserva hábitos alimentares indígenas, sendo um dos menos influenciados por outros povos do tripé cultural (indígena, africano e português). Porém, sua origem é difusa devido à colonização. Contudo, é possível identificar elementos portugueses e africanos como, por exemplo, o alho que provém do Mediterrâneo. Seu preparo tem como base a mandioca brava (Manihot esculenta), de onde se extrai o tucupi que é um caldo amarelado aromatizado com chicória e alfavaca. Os nortistas o servem em uma cuia (Crescenta cujete) ou a cuia pitinga bem quente com goma e jambú (Spilanthes acmella) que é uma planta que traz uma sensação de dormência e formigamento na boca e camarão seco. Objetivo: Apresentar o tacacá como uma comida histórica e a importância de seus insumos para a sociedade. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa qualitativa, por meio de uma busca bibliográfica em artigos científicos, livros e outros materiais de grande relevância acadêmica a partir de 2009 até o ano atual (2022) utilizando plataformas como Google Acadêmico. Foram usadas as palavras-chaves “ Tacaca”, “A origem do tacacá” e “Mandioca”. Resultados e Discussão: O tacacá possui origem indígena e seus insumos são todos oriundos da “terra”, ou seja, da natureza, pois era sua fonte de alimentação, que em algumas tribos persiste até hoje. Dentre todos os insumos que o tacacá leva, o mais importante deles é a mandioca dela, pois dela se extrai o tucupi que é o liquido que provem do resultado da sua prensagem. Também se extrai a fécula ou goma, como é popularmente comercializada, e que funciona como espessante e é usado para dar consistência ao caldo (em algumas regiões mais pobres do Pará é utilizado essa goma com água nas mamadeiras de algumas crianças). Essa preparação faz com que o indivíduo possua uma experiência gastronômica, no momento de tentar denominar este alimento que acumula paradoxos: “Uma bebida que se come, um caldo quente que refresca”. A montagem do sabor do tacacá está ligada diretamente aos seus insumos que são muito valorizados culturalmente, socialmente e historicamente. Os ingredientes devem ser retirados de recipientes distintos em uma ordem precisa. A produção do tacacá inicia-se com a tacacazeira (pessoa que realiza o preparo do tacacá) misturando os ingredientes na frente do cliente e nas proporções que o mesmo desejar. Todavia o modo de preparo do tacacá é: é adicionada na cuia a goma mistura incolor pastosa, em seguida o tucupi e os demais temperos da preferência da cozinheira, não esquecendo de inserir o jambu (que são folhas cozidas faz com que sejam “entorpecidos” os lábios de quem o consuma, e, consequentemente, a boca fica anestesiada por determinado momento), cujas folhas são preparadas separadamente e acrescentadas no momento de servir com o camarão seco. O consumo do tacacá, para moradores da Região Norte, é comum em lugares e momentos bem específicos, e sempre associado a uma comensalidade extrafamiliar. Os pontos de venda de tacacá podem ser encontrados nos lugares mais frequentados da cidade, na periferia, em esquinas, cruzamentos, e também em lugares mais turísticos como a Estação das Docas que é uma das estruturas mais emblemáticas de Belém (Pará). Considerações finais: O tacacá é um alimento de origem indígena e que até a atualidade possui força no cenário gastronômico da Região Norte. Seus consumidores preservam o seu modo de preparo e consumação. Esta preparação tem como um dos seus principais insumos a mandioca brava, que é um símbolo brasileiro importante. O tacacá possui um peso cultural, histórico e social muito relevante na culinária do Brasil, tornando-se um prato emblemático para os nortistas.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos
Comissão Organizadora
Juliana Pereira Pessoa
Thalita Rodrigues
Thaiane Bezerra
Arlan Diego Alencar Freitas
Ricardo Junior
Fábio Júnior Braga
Murilo Costa
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Laiza Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Lucas Souza
Roberta Mable Rabelo Sampaio Mapurunga
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018