Introdução: A procura por tratamentos odontológicos tem se tornado cada vez mais comum, não apenas para realização de acompanhamento da saúde bucal, mas para melhoria da aparência do sorriso com finalidade estética. Com isso, cresce o interesse em busca da harmonia na estética do sorriso que envolve alinhamento dental, proporção em relação aos dentes, aspectos periodontais, anatomia, cor dos elementos dentários, disposição dentária em relação aos lábios e face. O crescimento exponencial de procedimentos estéticos torna essencial o desenvolvimento de novos materiais e técnicas com base em evidências sólidas. Nos últimos anos, com a melhoria das técnicas para restaurações de facetas anteriores foram introduzidas restaurações adesivas utilizando resinas diretas, materiais cerâmicos que combinam estética e resistência e materiais de polímero/cerâmica para restaurações indiretas fabricadas com a tecnologia CAD/CAM realizadas em uma única sessão. Objetivo: Descrever, analisar e apresentar um resumo das evidências de produções científicas nacionais e internacionais disponíveis na literatura relacionadas a diferenças no tratamento estético utilizando facetas em resina composta e laminados cerâmicos. Metodologia: O estudo é caracterizado como uma revisão de literatura, em que foram utilizados métodos de pesquisa de dados através da busca de artigos em ferramentas de informações científicas como PUBMED, utilizando as seguintes palavras-chave: “Ceramic”; “Composite Resin” e “Dental Aesthetics”. Os critérios de inclusão para este resumo foram: estudos publicados nos últimos 5 anos; publicados na língua portuguesa e inglesa e estar disponível eletronicamente na íntegra. Dessa maneira, foram obtidos 5 artigos que correspondiam com os critérios de seleção. Resultados e Discussão: As restaurações diretas de resina composta são indicadas para pequenos defeitos, enquanto as restaurações indiretas geralmente são propostas em dentes com defeitos maiores onde o manejo clínico direto seria desafiador. Estudos mencionam que facetas diretas são uma opção mais conservadora para alguns casos clínicos do que casos planejados para facetas de porcelana. Ao contrário das resinas compostas, os materiais cerâmicos requerem fase laboratorial ou etapa de projeto e fabricação de consultório o que torna necessário realizar etapas adicionais durante a sequência restauradora até o procedimento de cimentação. Na interface adesiva na resina a junção é simples, camada adesiva “sanduíche” entre a estrutura do dente e a resina composta. O tratamento é reversível para os casos em que não houve remoção da estrutura dentária, em geral, a longevidade estética relacionada à estabilidade de tonalidade e brilho é razoável e tem necessidade de manutenção periodicamente para aumentar a longevidade da restauração, especificamente cor e brilho. O reparo da resina é fácil e rápido usando o mesmo material restaurador que proporciona um resultado estético, a substituição ocorre tecnicamente fácil, sem necessidade de materiais sofisticados, removendo camadas finas de resina residual. Os Folheados indiretos (cerâmicas de vidro): Geralmente requerem 3 consultas quando realizada sem a tecnologia CAD/CAM e o clínico precisa de treinamento específico e destreza técnica para preparar os dentes além de estar familiarizado com técnica de cimentação e respectivos materiais. Raramente o tratamento pode ser realizado sem preparação da estrutura dentária, facetas “sem preparação” podem induzir alterações periodontais. A junção é complexa com duas camadas adesivas; um “sanduiche” entre a estrutura do dente e o cimento composto, enquanto o segundo está “espremido” entre o cimento composto e o entalhe da restauração. Tanto a espessura quanto a tonalidade da cerâmica afetam sua translucidez e a cor final também depende do cimento compósito cimentante. Na maioria dos casos, o tratamento é irreversível como resultado do preparo. Em geral, a longevidade relacionada a estabilidade do brilho é excelente, a manutenção periódica é necessária apenas se o cimento ou adesivo sofrerem descoloração. A reparação não pode ser realizada com o mesmo material do qual a restauração é feita podendo comprometer o resultado estético. A técnica geralmente envolve um adesivo e uma resina composta, condicionamento com ácido fluorídrico (HF) que melhora a força de ligação. A substituição é mais complexa para facetas indiretas e mais caro do que a técnica utilizada para diretas. Um estudo in vitro mostrou que as facetas laminadas parciais podem apresentar valores de resistência à fratura semelhantes às restaurações de resina composta direta ou facetas laminadas cerâmicas, os três procedimentos apresentaram valores clinicamente aceitáveis de resistência à fratura. Considerações finais: Apesar das técnicas digitais e o sucesso das facetas laminadas, a resina composta direta clássica ainda é muito popular entre os clínicos e ensinada em escolas de odontologia e cursos de pós-graduação. As facetas diretas são geralmente mais acessíveis, menos invasivas a estrutura do dente e mais fáceis de reparar, porém, são suscetíveis a alterações do brilho superficial e potencial descoloração da resina. Por outro lado, a preparação para facetas cerâmicas é geralmente mais invasiva e as respectivas restaurações são mais difíceis de reparar. Além disso, o resultado de restaurações cerâmicas depende do comportamento adesivo e do cimento resinoso utilizado para unir a restauração à estrutura do dente. No entanto, considerando durabilidade e preservação da estrutura do dente em vez de durabilidade da restauração, as resinas compostas proporcionam tratamentos restauradores mais conservadores. Consequentemente, a abordagem mais conservadora com compósitos diretos pode resultar em maior longevidade do dente.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos
Comissão Organizadora
Juliana Pereira Pessoa
Thalita Rodrigues
Thaiane Bezerra
Arlan Diego Alencar Freitas
Ricardo Junior
Fábio Júnior Braga
Murilo Costa
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Laiza Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Lucas Souza
Roberta Mable Rabelo Sampaio Mapurunga
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018