Introdução: A Disfunção Temporomandibular (DTM), é uma desordem de etiologia multifatorial que acomete a articulação temporomandibular, causando alterações nas estruturas que compõe o sistema estomatognático. No grupo das DTM’s de etiologia musculoesquelética, destacam-se as mialgias, na qual as dores miofasciais fazem parte. A dor miofascial é caracterizada por se apresentar como bandas endurecidas nas faceas musculares, também chamados de trigger point ou pontos gatilhos. Esse tipo de mialgia apresenta grande potencial de referir dor para outros locais que não corresponde aos locais de origem, que por muitas vezes dificultam o seu diagnóstico. A dor referida pode ser do mesmo lado de origem, na qual chamamos de ipsilateral ou para o lado oposto classificada como contralateral. Quando não diagnosticadas incialmente, a dor referida pode cronificar. Isso acontece quando ocorre uma sensibilização nos neurônios dos centros superiores, alterando a excitabilidade da membrana e deficiência na modulação dos estímulos. Desse modo, faz-se necessário um minucioso exame para correto diagnóstico e terapêuticas eficazes em desativar os pontos gatilhos e reduzir a algia. Objetivo: Realizar uma busca na literatura sobre a dor miofascial referida e quais terapêuticas podem ser utilizadas no tratamento e correto diagnóstico da odontalgia. Metodologia: Trata-se de um estudo de desenho de pesquisa exploratório, descritivo e qualitativo realizado no mês de outubro de 2022. Com base nisso, o acrônimo PICO, descrito inicialmente por Santos, Pimenta e Nobre (2007), onde P=População, I= Intervenção, C= Controle e O= Outcomes (desfecho) foi utilizado para a idealização da seguinte pergunta norteadora: Quais as atuais ferramentas terapêuticas, farmacológicas ou não farmacológicas no tratamento da dor miofascial, bem como a sua influência no correto diagnóstico da odontalgia? Os descritores cadastrados no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH) “Toothache” OR “Myalgia” AND “Temporomandibular Joint” foram aplicados nas bases de dados da PubMed/Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) em um recorte temporal de 10 anos (2012 a 2022). Apenas ensaios clínicos randomizados que realizavam por meio de seus grupos avaliativos a mialgia foram incluídos nesta presente RI. Os estudos deveriam abordar medidas terapêuticas no tratamento dessa alteração, bem como evidenciar em seus testes a odontalgia. Foram localizados um total de 38 estudos que após a remoção de duplicatas, obteve-se 32 estudos selecionados. Após isso, empregou-se os critérios de inclusão na qual foram selecionados 14 estudos para serem incluídos. Como critérios de exclusão, estudos piloto, transversais, revisões de literatura, relatos de caso, anais de evento, dados inconclusivos, documentos editoriais, estudos duplicados, indisponíveis nas bases consultadas e dissertações de mestrado foram desconsideradas. Ensaios clínicos relacionados a outros campos da saúde também foram removidos da amostragem final deste estudo. Todos os dados qualitativos extraídos por meio dos estudos incluídos foram tabulados por meio da ferramenta Microsoft Excel versão 2021, sendo destacadas informações como o autor/ano de estudo, grupos avaliados e resultados obtidos. Como ferramenta auxiliar, o gerenciador de referências Mendeley foi consultado para remoção de estudos duplicados entre as bases de dados selecionadas. Resultados e Discussão: As terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas revisadas no presente estudo promovem resultados positivos na redução da intensidade da dor, limiar de dor à pressão nos triggers points (PPT) e mapeamento da sensibilidade mecânica. Resultados como ganho de abertura bucal e amplitude de movimentos mandibulares não foram promissores na maioria dos estudos. Diante as terapêuticas revisadas, destacam-se a utilização de laser de baixa potência, empuxo de alta velocidades e baixa amplitude na coluna cervical, fibrólise dicutânea, antidepressivos tricíclicos e gabapentina. Dentre os estudos inclusos na revisão, 36% dos estudos tem por objetivo avaliar o efeito da terapia de fotobiomodulação nos processos de redução da dor, amplitude de movimentos e sensibilidade mecânica. Esses resultados foram positivos nas pesquisas que utilizaram um comprimento de onda igual ou superior a 810 nm. Quanto ao empuxo e a fibrólise dicutânea tem-se por objetivo a desativação das bandas endurecidas presentes nas fasceas musculares. Essa terapêutica mostrou resultados positivos na redução da dor e abertura de boca. Além das terapias supracitadas anteriormente, pode-se observar também a utilização de fármacos antidepressivos tricíclicos. Esse estudo demonstrou boa resposta farmacoterapêutica da dor miofascial persistente. Considerações finais: As terapias supracitas anteriormente podem promover resultados positivos na redução da dor, sensibilidade mecânica, amplitude dos movimentos, desativação dos triggers points e relaxamento muscular. Contudo, devido não haver um padrão quanto aos comprimentos de ondas, medicamentos específicos e técnicas bem estabelecidas, faz-se necessário mais pesquisas na área, principalmente resultados relacionados a longo prazo.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos
Comissão Organizadora
Juliana Pereira Pessoa
Thalita Rodrigues
Thaiane Bezerra
Arlan Diego Alencar Freitas
Ricardo Junior
Fábio Júnior Braga
Murilo Costa
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Laiza Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Lucas Souza
Roberta Mable Rabelo Sampaio Mapurunga
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018